A história do plástico é mais recente do que você imagina! E em pouco tempo esse material foi de grande herói do cotidiano, para grande vilão do meio ambiente.
Quer saber mais sobre as origens do plástico e como ele se inseriu no nosso dia a dia? Continue a leitura e descubra!
Qual a origem do plástico?
O plástico não é um recurso natural. Ou seja, ele não está presente na natureza de forma pronta.
Ele é derivado do petróleo e foi criado no início do século XX.
A história do plástico começa em 1900
Nesta época, diferentes pesquisadores buscavam por um novo material, impermeável, rígido e leve, a fim de substituir o marfim dos elefantes, cascos e chifres bovinos, entre outras matérias-primas.
Neste contexto, surgiram diferentes tipos de plásticos e inovações em relação a este material.
O plástico descartável, por exemplo, já surgiu em 1909. Ele serviu para atender uma demanda da legislação americana, que proibiu o uso de xícaras comunitárias em trens, para evitar a disseminação de doenças.
1930 – 1950: o início da era de ouro do plástico
Nos anos 30, fabricantes conseguiram produzir poliestireno, polímeros acrílicos e poli.
E em 1938, o nylon (Poliamida) foi inventado, rendendo um novo capítulo para a história do plástico.
A partir daí, o material foi integrado também na indústria da moda, algo que se popularizou ainda mais na década de 50, com o uso da Lycra.
Entre os anos 40 e 50, com a Segunda Guerra Mundial, a produção de plástico nos Estados Unidos decolou de vez. Pois o material inovador era necessário para diversas funções e setores na sociedade e no campo de batalha.
E no pós-guerra, a mesma infraestrutura foi usada para criação de bens de consumo e colaborar com o crescimento econômico.
Ainda na década de 1950, os laminados de Fórmica e a melamina-formaldeído foram introduzidos na vida doméstica dos americanos, e logo tomaram o mundo.
Assim, utensílios de plástico e descartáveis ficaram cada vez mais comuns no dia a dia de todos nós.
1960 – 1980: O plástico nas artes plásticas e no espaço
Entre as décadas de 60 e 80, o material plástico ocupou espaços estéticos e visuais. No movimento modernista, ele foi um dos protagonistas, simbolizando tecnologia e inovação no Brasil e no mundo.
Na mesma época, Estados Unidos e União Soviética realizaram a corrida espacial. Essa exploração, por sua vez, só foi possível graças ao plástico.
O material estava, ao mesmo tempo, indo para o espaço e ocupando espaço no nosso cotidiano, nas embalagens de produtos, nos brinquedos das crianças, nas fotografias sendo reveladas, nos CDs, e por aí vai.
1990 – Atualidade: plástico nas indústrias e seus impactos no meio ambiente
Por ser um material que é ao mesmo tempo rígido e leve, o plástico passou a ser utilizado em diferentes indústrias, como a automotiva e a de alimentos.
Paralelamente, aos poucos fomos percebendo que seus impactos no meio ambiente não são positivos — Muito pelo contrário! Por ser um material sintético, o plástico não é biodegradável e demora séculos para se decompor na natureza.
Para tentar contornar a situação, desde o fim da década de 1990 e nos anos 2000 já começaram a surgir grandes iniciativas e tecnologias para recuperar e reciclar os plásticos.
Leia também: Tijolos ecológicos e a nova maneira de construir com plástico
Como o plástico foi de mocinho para vilão?
Como vimos, o plástico surgiu aproximadamente em 1909. São apenas 112 anos de história. E nesse pouco tempo, o material foi de grande solução para entrave no meio ambiente.
É inegável que o plástico possibilitou grandes avanços, mas estamos pagando um preço alto demais por isso.
A reciclagem ainda é escassa. No Brasil, por exemplo, menos de 2% do plástico consumido é reciclado.
Enquanto isso, pesquisas apontam que até 2050, haverá mais plástico que peixes nos oceanos.
Após o descarte indevido, o plástico reage com a natureza e se desfaz em pedacinhos microscópicos, os microplásticos, chegando a se integrar na cadeia alimentar de diferentes espécies — Inclusive o ser humano!
Entre os plásticos, os mais perigosos para a natureza são aqueles que chamamos de uso único, ou descartáveis. Como vimos, eles passaram a se popularizar ainda nos anos 1950, causando impacto negativo no meio-ambiente desde então.
Leia também: Multirão oceano limpo
Usar uma vez um material que dura séculos
Convenhamos, não faz muito sentido usar um material que dura 500 anos apenas uma vez, não é mesmo?
Então por que fazemos isso com o plástico?
Repensar as aplicações do plástico de uso único e descartável é essencial para acabarmos com essa ameaça ao meio ambiente.
Isso inclui escolhas individuais, preferindo por produtos e embalagens feitas de outros materiais, por exemplo, e também medidas sociais e políticas.
Por isso, pressionar nossos governantes para fazerem escolhas mais conscientes e ecológicas também é essencial!
Um novo capítulo na história do plástico
Atualmente, contamos com diversas inovações que visam diminuir o consumo de plástico e otimizar sua reciclagem.
A criação e produção de plásticos biodegradáveis, por exemplo, é cada vez mais viável. Além disso, iniciativas privadas como o eureciclo também são muito bem vindas para incentivar a reciclagem.
Algumas empresas também já partem para iniciativas zero plástico, oferecendo produtos sem plástico em sua composição e embalagens. Ou ainda, trabalhando com embalagens de plástico recicláveis e reciclados.
Este, inclusive, é o caso da Positiv.a! A grande maioria das nossas embalagens são livres de plástico, ou ao menos feitas de material reciclado e reciclável 😉
Esperamos que você tenha gostado de conhecer mais sobre a história do plástico! E você pode fazer parte dos novos capítulos ao optar por soluções mais ecológicas na hora de consumir! Isso leva ao consumo sustentável.
Quer saber mais sobre o tema? Confira nosso artigo especial aqui: Consumo Consciente: O que é e quais as vantagens?