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O Gergelim da maior comunidade quilombola do Brasil

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Os Kalungas são descendentes de africanos escravizados fugidos e libertos das minas de ouro do Brasil central que, ao conquistarem a liberdade, formaram comunidades autossuficientes – os chamados quilombos. Nas regiões remotas no entorno da Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás, se estabeleceram há quase 300 anos. Hoje ocupam três municípios: Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás. Reflexos das diásporas Os negros escravizados eram obrigados a apagar suas origens: língua pátria, religião, identidade, para assumirem o trabalho forçado e não pago. Com jornadas de longas horas sob sol quente, ainda eram castigados com torturas: tronco, chicote, entre muitas outras formas perversas de dominação dos brancos senhores de escravos. Mas onde existia escravidão, existia também formas de resistência. A mais intensa delas era a fuga individual ou coletiva. Essas fugas foram gradualmente ocasionando na formação dos quilombos (termo banto que significa ‘acampamento guerreiro na floresta’). Esses quilombos foram peça fundamental para a abolição da escravidão e o resguardo da população negra. Existem comunidades quilombolas espalhadas até hoje Brasil adentro. E a maior delas, reconhecida formalmente pelo Governo Federal, pertence aos Kalungas – que na língua banto significa ‘lugar sagrado, de proteção’. Os Kalungas hoje Seus conhecimentos ancestrais, passados de geração para geração, permitiram que eles sobrevivessem e se adaptassem ao ecossistema do Cerrado. Hoje, vivem – principalmente – do cultivo das roças e na preservação da natureza. São mais de 262 mil hectares, reconhecidos há quase vinte anos pelo governo federal, com aproximadamente 1.500 famílias espalhadas por, pelo menos, 39 comunidades diferentes. Estimativas internas apontam que 8 mil quilombolas vivam no território. O território sobre constante ameaça do agronegócio, da mineração e da pesca ilegais, dos grileiros e, hoje, é cercado por plantação de soja em monocultura. A produção agrária dos quilombolas é reconhecida em todo Brasil por seus produtos orgânicos, como o arroz kalunga, a pimenta de macaco e o Gergelim. Os kalungas são verdadeiros protetores de inúmeras espécies vegetais, graças à preservação das chamadas sementes crioulas, isso é, sementes que não passaram por nenhuma modificação genética e são verdadeiros tesouros para o futuro. Os quilombolas são os grandes responsáveis pelo trato da terra e pela conservação do Cerrado, mesmo diante de tantas investidas do agronegócio.   O Gergelim dos Kalungas Desde o início do quilombo, os kalungas plantam gergelim juntamente com a roça de mandioca. Ao longo dos anos, selecionaram as sementes das variedades que mais se adaptaram à região. O Gergelim que serve de matéria-prima para o Óleo Hidratante da Positiv.a é fruto da produção dos Kalungas! E, além de fomentar o trabalho dos guardiões do Cerrado, nosso Óleo é todo produzido de forma ecológica! Em fábrica de bioconstrução, com teto de Bambu, gerando só impacto positivo pro nosso país. É maravilhoso contribuir para a maior comunidade quilombola do Brasil! E transformar o Gergelim produzido com toda sabedoria e cuidado, com as sementes mais especiais e selecionadas, em um produto tão especial quanto para seu uso diário. Você sabe de onde vem os produtos que você consome? Você sabe que tipo de produção e indústria está fomentando? Pelas comunidades quilombolas, pelo respeito à terra, à vida e ao trabalho digno, fazemos escolhas conscientes! Vem com a gente e com os Kalungas! Fonte: De Olho nos Ruralistas: Observatório do Agronegócio no Brasil e Slow Food Brasil.

Dia Mundial da Alimentação: veja a importância da data

Nos últimos cinco anos, o número de pessoas em situação de fome grave aumentou 43,7% no Brasil. E mais de um terço da população do país teve dificuldades para garantir sua alimentação nos anos de 2017 e 2018. Mais de um terço! É mais que tempo de trazer essa pauta à tona. A fome não espera. É questão de sobrevivência. É preciso não só debater e resolver o problema do fome como colocar em jogo o que se come no Brasil. Do quê se alimenta o brasileiro? A fome é um problema crônico em sua maioria nas grandes cidades. Em asfalto não se planta. É tempo de nos reaproximarmos da terra. De valorizar aquilo que a terra nos dá. Lembrar que somos Natureza e de Natureza vivemos. É a Natureza que nos alimenta. É de Natureza que devemos nos alimentar. Industrializados, ultraprocessados, açúcares, conservantes isso tudo é veneno, não alimento. Um cuidado, uma conquista O Guia Alimentar para a População Brasileira foi lançado em 2014 e reconhecido mundialmente por seus avanços. Fez parte de uma das estratégias para implementação da diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. O Guia vem recebendo inúmeras ameaças de reformulações e edições, por pressão do agronegócio e dos interesses da bancada ruralista. Fiquemos atent@s para proteger nossas pequenas conquistas. Neste dia que paramos pra refletir sobre a comida no prato, e na comida que falta no prato de muita gente, relembramos que alimentação é generosidade, solidariedade, cultura, natureza, cuidado e direito à vida. Tudo isso pensando no planeta como nossa grande casa em comum! Convidamos cada um de vocês a oferecer uma marmita para alguém em situação de rua. Hoje e sempre que possível. Quem tem fome não sonha, e é preciso sonhar pra construir o futuro. Vamos junt@s! Pela agroecologia, pelo prato colorido e cheio de cada um nesse Brasil! (Acesse aqui o Guia Alimentar para a População Brasileira) — Em tempo, o Comitê Nobel Norueguês concedeu no último dia 9 o Prêmio Nobel da Paz de 2020 ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Roma. Não à toa… Fonte: IBGE

Dia Nacional da Abelha: veja a importância da data

Dia 3 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Abelha. Estes insetos fascinantes ganharam essa data como homenagem e reconhecimento pela sua importância não só para os seres humanos, mas para toda a vida no planeta. Quando se pensa em abelhas, a primeira imagem que vem à cabeça é quase sempre da Apis mellifera, aquela clássica abelha listrada amarela e preta com ferrão, que vivem em colmeias numerosas e produzem mel. No entanto, o universo das abelhas é muito mais amplo. São conhecidas cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo todo, contando com abelhas de tamanhos que variam desde a cabeça de um fósforo até 6 cm de comprimento; abelhas de diferentes formatos, algumas peludas, outras lisinhas; algumas têm listras amarelas e pretas, outras são verde e azul metálico; e há até mesmo abelhas sem ferrão. No quesito diversidade de abelhas, o Brasil é campeão, com uma estimativa de 2500 espécies de abelhas ao todo em território nacional – dentre essas, 300 espécies de abelhas sem ferrão –, a grande maioria se alimentando basicamente de pólen e néctar. Nem todas são de colmeia como os desenhos mostram… Mais de 80% das abelhas não são sociais, ou seja, não formam colmeias, vivendo assim em ninhos individuais construídos em restos de madeira, principalmente, e não produzem mel, cera ou própolis. Porém, isso não diminui sua importância para o funcionamento ideal do planeta, visto que todas participam no processo de polinização. A polinização é um processo ecológico indispensável: é por meio dela que a maioria das plantas, em especial as angiospermas (aquelas que têm flores e frutos), se reproduzem. Essa reprodução gera os “filhos” dessas plantas, que por sua vez dão origem às flores que tanto apreciamos e às frutas e legumes que comemos. Sendo assim, a “meliofilia”, como é chamada a polinização por abelhas (tanto sociais quanto solitárias), é um importante mecanismo para a produção de alimentos. Elas são responsáveis por polinizar cerca de 70% das espécies de plantas, gerando assim, aproximadamente, 35% da produção de alimentos global. Além disso, elas são os únicos polinizadores de certas plantas, logo, sem elas frutas como maçã, maracujá, cacau, morango, pimentão, amêndoas e castanhas desapareceriam. As ameaças Apesar de sua importância, as abelhas vêm enfrentando diversas ameaças que contribuem para o rápido declínio no número de indivíduos e espécies. E, por consequência, de outros animais e plantas. Uma das maiores ameaças é a perda de habitat natural, muitas vezes decorrente do desmatamento para plantio de monoculturas, resultando na diminuição de oferta de alimento, água e abrigo. Além disso, o uso de agrotóxicos está diretamente relacionado à morte de abelhas. E pode ocasionar desde desorientação até envenenamentos que afetam o sistema nervoso destes insetos, acarretando sua morte. O comércio desregulamentado de colmeias e abelhas rainha é outra séria ameaça, pois favorece a propagação de doenças que enfraquecem as colmeias e o aparecimento de espécies invasoras (não nativas). Um exemplo foi o surgimento das vespas mandarinas, que atacaram enxames de abelhas melíferas (as abelhas “comuns”) no começo do ano de 2020. Por fim, as mudanças climáticas, que originam eventos climáticos extremos, afetam em demasia estes animais, que são especialmente vulneráveis a grandes períodos de seca e temperaturas excessivamente altas ou baixas.   A união desses fatores pode levar ao chamado “Distúrbio de Colapso de Colônias” (CCD, do inglês: “Colony Collapse Disorder”). Que vem ocorrendo em diversos países como Brasil, Estados Unidos, China, França, Alemanha e Reino Unido. Onde diversas colmeias são encontradas vazias ou com todas as abelhas dentro mortas. A hipótese de origem do CCD seria a junção do envenenamento por agrotóxicos e o estresse causado pela crescente dificuldade de acesso a alimento e água. Assim levando à morte de centenas de milhares de abelhas em um período tão curto quanto uma noite. Pela sobrevivência das abelhas Há diversas atitudes que podem ser tomadas para ajudar na sobrevivência das abelhas. Entre elas: o consumo de alimentos de origem orgânica, preferencialmente agrobiodiversa (isto é, diversas culturas interagindo entre si, em contraposição às monoculturas), assim garantindo diversidade de alimentos para elas e para nós; ter jardins com muitas flores e com períodos de floração diferentes, criando corredores verdes urbanos e diminuindo as distâncias que elas devem percorrer até seu alimento; fomentar a criação e ajudar na manutenção de hortas urbanas e coletivas em seu bairro; optar, sempre que possível, por frutíferas nativas na alimentação, visto que estas já estão adaptadas à polinização por abelhas nativas, assim fortalecendo a fauna e flora nacional; construir abrigos para abelhas solitárias feitos de argila, madeira, bambu e tijolos; e evitar consumo de mel e derivados, como cera e própolis de abelha, principalmente quando não há conhecimento da procedência dos mesmos. Curiosidades – Em 2009 foram consideradas os seres vivos mais importantes do mundo; – Cada uma visita, em média, entre 50 e 1000 flores diariamente; – Elas podem carregar até 300x o próprio peso; – Cerca de 85% das espécies de abelhas não vivem em colmeias; são as chamadas solitárias. Nestes casos a mãe cuida de seu ninho e suas crias por conta própria; – As abelhas são animais matriarcais. Nas colmeias, os machos (zangões) são expulsos; já entre as solitárias, o macho parte logo após fecundar a fêmea, que então permanece no ninho com as crias; – Espécies de abelhas maiores acordam e vão trabalhar mais cedo, enquanto as espécies menores saem para voar mais tarde. Desta forma, existe uma espécie de abelha popularmente conhecida como mirim-preguiça (“pequena preguiça”) por conta do seu tamanho e de seu hábito de acordar tarde; – São fundamentais, também, na produção de óleos, como de girassol, mamona e canola, e na produção de algodão não sintético; – As abelhas estão presentes em crenças e religiões de diversas culturas ao redor do mundo, como na Grécia e Egito antigos, Irlanda, México e Brasil; – São símbolos para diversas características como organização, reencarnação ou alma, pureza e virgindade, lirismo e vida eterna. Texto por: Stefano Montellato, educador e gestor ambiental em Irayá Ambiental

Autocuidado Positiv.a: conheça a nova linha para cuidar de você!

                                                                                     Mais uma atitude da Positiv.a para cuidarmos de NÓS de nosso planeta.  Desde o nosso início, em 2016, temos como propósito, colocar no mercado apenas produtos que sejam de real necessidade, multifuncionais, criados com os princípios da economia circular, que fortaleçam pequenos produtores locais e brasileiros, e que sejam à base do que a nossa natureza nos oferece de melhor. Baseado nestes valores principais, nasce a linha de autocuidado da Positiv.a. Madura e com ainda mais carinho envolvido, estreia junto com a Primavera. São 18 produtos mais 6 Kits e no próximo mês serão mais 6 itens e 9 kits ao catálogo. Entre os lançamentos estão: Óleos Essenciais Orgânicos de origem agroflorestal, produzidos no Brasil, Pasta de Dente natural, Escovas de Dente de Bambu, Sabonetes, Desodorante, Xampu em Barra, Óleos Vegetais, Ecopad 100% algodão, Aromatizador Elétrico e mais. Todos com ingredientes puros, base 100% vegetal, rapidamente biodegradáveis, veganos, hipoalergênicos, embalagens zero plástico ou o mais ecológicas possíveis e que fortalecem a agricultura familiar e economia local. “Lançar essa linha nova de autocuidado e higiene pessoal, neste emblemático 2020, é a realização de um sonho compartilhado – em que honramos a potência da Natureza.”  Em 2019 se tornou constante nossa base de cliente nos pedir indicação de marcas confiáveis para higiene pessoal. O que só reforçou nossa vontade de desenvolver esses produtos. Criamos exatamente o que almejamos de melhor para nosso uso pessoal. Pensamos em absolutamente todos os detalhes. Relembrar esse processo criativo me dá brilho nos olhos e um sorriso no rosto. Quando nos conectamos com a natureza simplesmente tudo flui da melhor forma possível, e aqui venho contar pra vocês uma das partes que mais amo, que é como cada fornecedor apareceu e foi selecionado para ser nosso parceiro. ÓLEOS HIDRATANTES VEGETAIS Já sabíamos que queríamos ter óleos hidratantes vegetais na linha. Em fevereiro desde ano, fui passar o carnaval na pousada Miraflores em Cavalcante – Chapada dos Veadeiros. A  Fabi, dona da pousada, é massagista ayurvedica e, aqui de SP, agendei uma massagem  e curiosamente perguntei que óleo ela usava na massagem e ela respondeu: um óleo de gergelim orgânico puríssimo produzido por “um francês figura” que veio morar aqui e montou uma fábrica de óleos prensados à frio para transformar e valorizar o gergelim que os Kalungas plantam em abundância para protegerem suas roças. Lá fomos nós em pleno carnaval conhecer o François e sua fábrica de bambu super ecológica! Fiquei encantada, voltei com várias amostras e com a certeza de que ele seria nosso fornecedor. ÓLEO DE COCO A Maitê Proença, que conhece meu sócio Alex, foi passar o carnaval de 2019 na Bahia e conheceu o incrível óleo de coco da Tetê. Cliente da Positiv.a, a Maitê nos enviou amostras do óleo para analisarmos. Quando vi a pureza daquele produto, já começamos o contato com a Tetê e sabia que nosso Óleo de Coco de autocuidado só poderia ser produzido por ela. ACESSÓRIOS EM BAMBU A Fernanda Caloi, Program Manager do Google for Startups, é prima de uma super amiga minha e incentivadora-cliente fiel da Positiv.a desde o início. Ela fundou uma fábrica de bambu com seu Marido na Ecovila que moram em Atibaia – SP. Lá, eles cultivam diversas espécies de bambu. E produzem vários objetos com esse material em uma fábrica super ecológica que tem tratamento de água e energia solar. MANTEIGA DE CUPUAÇU Quando a Gi, líder de inovação na Positiva, falou: “Cella, temos que ter uma super manteiga hidratante de Cupuaçu produzida no Brasil”, pensei direto em falar com Diego, fundador da Amma Chocolates. Foi aí que ele passou o contato do Joel, que nos contou que sua produção era super agroecológica e a fábrica sustentável com energia solar etc. Joel nos mandou amostras e amamos! Por conta da pandemia, só conhecemos a fábrica por fotos, mas assim que possível iremos lá fazer uma visita! ÓLEOS ESSENCIAIS AGROFLORESTAIS Eles entraram em contato com a gente em 2019 para apresentar os óleos. Marcamos uma visita deles em nosso escritório em SP, quando o Felipe um dos sócios chegou, na hora me reconheceu. Estudamos juntos no colégio aqui em SP quando pequenos, ele foi fazer faculdade em SC e nunca mais voltou. Quando ele contou que os óleos eram produzidos em sistema agroflorestal ficamos encantadas. Tudo a ver com o modelo regenerativo que acreditamos, e Ana, Química da Positiv.a, Gi e eu fomos visitar a produção em fevereiro deste ano. Essas são algumas das histórias por trás desses produtos maravilhosos que vêm chegando. Contaremos mais sobre elas aqui e em nossas redes sociais. A CONFIANÇA PARA ESSE MERGULHO A confiança dos sócios foi fundamental para essa nova empreitada. Nossa equipe interna então – sem ela nada seria! Um projeto desses gera bastante expectativa e ansiedade. Por outro lado é TÃO lindo ver todas as áreas trocando e pensando juntas. Sinto que a cada movimento desses que fazemos, ficamos mais fortes e unidos. Sinceramente, amo esse clima “feito em casa” e autêntico que conseguimos criar. Sócios abrem suas casas para fazermos as fotos dos produtos, parte da equipe clica, chamamos amigo fotógrafo pra somar, modelos são parceiras de outras marcas e até familiares entram no set! No fim o resultado é puro amor. SOMOS NATUREZA Aproveito esse texto para dizer um até breve, pois caminho para a quadragésima semana da minha primeira gestação – que – coincidentemente ou não – caminhou lado a lado à “gestação” dessa nova linha. Todos os produtos foram usados e testados durante esse meu processo que pede profunda consciência, pureza e autocuidado. Fortalecendo ainda mais o elo que eu e est@ bebê temos com a Natureza, e com nosso serviço nesse mundo. Espero de verdade que nossos novos produtos proporcionem ainda mais reconexão entre você e seu corpo, e nossa maior casa – o planeta. Com carinho,

As propriedades poderosas dos óleos essenciais

As plantas As plantas têm importantes funções para os humanos, como purificar o nosso organismo ao expelir toxinas, neutralizar a acidez do sangue, suprir a falta de certos alimentos nutritivos (vitaminas e sais), estimular a ação dos órgãos, normalizar o funcionamento de outros e por aí vai. Nosso corpo é um mecanismo cujas partes componentes trabalham em prefeita harmonia. Para que esse mecanismo funcione como deve e como pode, é preciso levar em consideração alguns pontos como: a alimentação, o ar puro, o movimento, os banhos, água em abundância, descanso, banhos de sol, absorção das propriedades vegetais, entre outras coisas. No reino das plantas há abundância de possibilidades de cura para muitas enfermidades do corpo humano. Tamanha sua perfeição, nos oferece tudo que precisamos. Os óleos essenciais Os óleos essenciais são o extremo concentrado da vitalidade das plantas. Obtidos por meio de técnicas de extração, como prensagem a frio ou diferentes tipos de destilação, podem ser extraídos das folhas, raízes, sementes, frutos, flores e dos troncos de plantas. Ou seja, dela todinha, a depender do óleo. Os óleos essenciais proporcionam benefícios para a saúde. E, por meio da aromaterapia, podem acalmar, estimular, conservar alimentos, cicatrizar, desinfetar e até atuar como inseticida, fungicida, bactericida, repelente e agente de limpeza natural. São perfeitos aromatizadores, ótimos para fazer compressa, massagem, inalação, limpeza, cuidar dos cabelos, banhos relaxantes, cuidado com a pele e mais! Só de ler já dá um up, né? Falaremos aqui sobre três dos óleos essenciais mais presentes nos produtos Positiv.a! LARANJA Originária do Sul da Ásia, a Laranjeira hoje cresce em diversas áreas de clima tropical e subtropical. Felizmente, estamos bem abastecidos dessa importante espécie aqui no Brasil. O óleo volátil encontrado na casca da laranja contém limoneno (terpeno utilizado em nossos produtos à base de laranja), flavonoides, cumarinas, triterpenos, vitamina C, caroteno e pectina. Com propriedades antiinflamtórias, antibacterianas, antifúngicas e antioxidantes, é um óleo que traz alegria! É perfeito para pessoas com depressão e ansiedade. Da laranjeira se usam, folhas, fruto e flores. Dá pra sentir o cheirinho fresco daqui, não dá? Uma dica: pingue umas gotinhas do óleo essencial de Laranja em pontos estratégicos da casa naqueles dias em que você estiver “borocoxô”. LAVANDIN O Lavandin é da mesma família da Lavanda e é conhecido por ser um excelente calmante e ter um cheirinho incrível, que todo mundo reconhece! A família Lavanda ficou conhecida como fitoterápica ainda na Idade Média e hoje já tem terreno seguro por todos os territórios. Possui propriedades relaxantes, antidepressivas e sedativas suaves. São ótimos calmantes para quem sofre com insônia, irritabilidade, dor de cabeça e enxaqueca. Ainda tem efeito antisséptico, ajudando a tratar queimaduras, cortes e feridas. E também ajuda no alívio da dor e inflamação de picadas de insetos. Em massagens ou escalda-pés, alivia a fadiga, relaxa e controla as emoções. Êta, calmaria boa! Uma dica: Pingue duas gotinhas do óleo essencial de Lavandin no seu travesseiro antes de dormir para uma noite de sono ainda mais relaxante. MELALEUCA (Tea Tree) O nome “melaleuca” vem da fusão do grego: melas “preto” e leukos “branco”, em referência ao tronco da árvore, que é preto e seus ramos, que são brancos. Original da Austrália, a Melaleuca hoje já está muito bem espalhada pelo mundo, em territórios pantanosos. Folhas e galhos menores colhidos durante todo o ano são desliados para obtenção do óleo essencial. O óleo retirado de suas folhas tem alto poder antisséptico, antibacteriano, antifúngico, antiviral e estimulante imunológico. É muito útil para picadas, queimaduras, feridas e infecções da pele e bocais de todos os tipos. É ideal para lavar alimentos, para o tratamento de acne, candidíase, massagens, cuidado com as unhas e muito mais! Uma dica: Pingue duas gotinhas de óleo essencial de melaleuca em sua gaveta de calcinha, cueca ou absorventes de tecido. Vai ser ótimo para matar fungos e bactérias. Produtos com óleos essenciais Limpeza é uma tarefa que ninguém escapa de fazer. Tem que fazer, é questão de autocuidado. Por isso, a gente faz de tudo para que seja um momento mais prazeroso de cuidado com tudo e com tod@s. Usar óleos essenciais em nossos produtos, em substituição às fragrâncias artificiais (essências derivadas do petróleo, com única função de perfumar), comumente utilizadas nos produtos convencionais disponíveis no mercado, é uma opção para que o cuidado seja ainda maior e torne essa tarefa de limpar mais prazerosa, potente e benéfica para nossa saúde. Limpar não combina com veneno! A gente acredita que limpeza é da porta pra dentro e de dentro pra fora, e confiamos que a Natureza nos oferece tudo que precisamos. É ela nossa fonte e nosso retorno. Ah, e sempre bom reforçar que todos os óleos essenciais usados por nós são 100% orgânicos e de pequenos produtores, que se preocupam em proteger toda a cadeia de produção. Enquanto você cuida da sua casa, as propriedades dos óleos essenciais cuidam de você! O match perfeito, né? É de Natureza que estamos falando! Quem deseja ter saúde, deve voltar à Natureza! =) A gente ama poder contar com o poder das plantas! Mas tenham cuidado: O óleo essencial puro, por mais natural que seja, dada a sua alta concentração, pode causar efeitos colaterais. Evite ingerir sem orientação médica ou de um aromaterapeuta. Use com cautela e siga as orientações da bula. Ele diluído em produtos naturais é só benefício! Desfrute do poder que a Natureza tem a oferecer! Fontes: As plantas curam, de A. Balbach. Portal Ecycle. O Grande Livro das Plantas Medicinais, de Andrew Chevallier.

Bambu: da biologia à construção e versatilidade

Você sabia que o bambu pode ser utilizado para diversas aplicações? De utensílios domésticos e itens de decoração, a tubos para condução de água e estrutura de construções e até mesmo como alimento! Bambu: biologia e abundância  Classificado como uma gramínea, o bambu é uma planta que prospera com facilidade em uma ampla gama de climas. É possível encontrá-lo em várias partes do mundo. Desde terras baixas às altitudes mais elevadas; das regiões áridas à tropicais.  Assim, não é de se espantar que, segundo o livro Bambus no Brasil: da biologia à técnica, existem mais de 1.300 espécies de bambu no mundo. No Brasil, é possível encontrar cerca de 200 espécies diferentes, sendo o país com mais ocorrência nas Américas. Uma das maiores florestas nativas de bambu do planeta está na Amazônia.  Por conta do seu sistema de rizomas, o bambu é excelente para proteger o solo. Mesmo após a colheita, o sistema permanece intacto. Isso ajuda a impedir erosão, preserva a umidade vital do solo e ajuda a reter nutrientes.  O bambu é uma planta conhecida e utilizada pelo homem há milênios. Existem sítios arqueológicos no Equador que mostram que o bambu já era utilizado há cerca de 5 mil anos na América do Sul pelos indígenas locais. Além dos usos do cotidiano, hoje ele ganha destaque pela sua sustentabilidade.     A versatilidade do bambu Após a colheita, praticamente todas as partes da planta podem ser utilizadas. Os usos são os mais diversos. Com bambu é possível fazer mobiliário, telhas, portas e janelas, papel, piso, utensílios de cozinha, objetos de decoração, embarcações, drenos, carvão, fibras etc. No Oriente, é comum até comê-lo. Nas Filipinas, por exemplo, o broto de bambu é comumente servido com leite de coco e temperado com ervas apimentadas.   A versatilidade do bambu não é novidade. O escritor-viajante do século XIX, William Edgar Geil, escreveu um livro no qual conta sua viagem de Shangai até o centro do Império de Burma (atual Myanmar) chamado A Yankee on the Yangtze. Nele, ele relata: “Um homem pode acomodar-se em uma casa de bambu sob um teto de bambu, em uma cadeira de bambu a uma mesa de bambu, com um chapéu de bambu em sua cabeça e sandálias de bambu em seus pés. Ele pode, ao mesmo tempo, ter em suas mãos uma tigela de bambu, e em outra mão pauzinhos de bambu, e comer brotos de bambu. Quando ele terminar sua refeição, que foi cozida em fogo de bambu, a mesa pode ser lavada com um tecido de bambu, e ele pode abanar-se a si próprio com um leque de bambu, tirar uma siesta em uma cama de bambu, deitado sobre uma esteira de bambu. Seu filho pode repousar num berço de bambu, brincando com um brinquedo de bambu. Ao levantar-se ele fumaria um cachimbo de bambu e, com uma caneta de bambu, escreveria em papel de bambu, ou transportaria suas coisas em uma cesta de bambu suspensa por uma vara de bambu, com um guarda-chuva de bambu sobre sua cabeça. Ele pode então fazer uma caminhada sobre uma ponte suspensa  de bambu, beber água de uma concha de bambu, e coçar-se com uma raspadeira de bambu”.   Bioconstrução: o bambu como material construtivo  É sabido que a construção civil convencional causa grande impacto ambiental. Isso se dá principalmente pela escolha dos materiais utilizados. Nesse contexto, o bambu se apresenta como uma alternativa de excelente custo-benefício. Uma construção feita de bambu tem várias vantagens para o meio ambiente. A começar, o bambu é capaz de captar grande quantidade de CO2 do ar e seu cultivo não adiciona substâncias químicas. É também um material renovável de rápido crescimento. Algumas espécies chegam a crescer 1m por dia. E, quando uma haste é cortada, outra nova rapidamente começa a crescer no lugar.  Além disso, o bambu é um material resistente e prático. Segundo Elora Hardy, fundadora da IBUKU (uma das principais empresas de pesquisa e projeto de bambu no mundo), ele tem a mesma resistência de tração que o aço e a mesma força de compressão que o concreto. Isso garante a sua versatilidade formal e estrutural. Por ser um material leve, seu manuseio e transporte são mais fáceis, reduzindo tempo de obra.  A construção com bambu também traz o conforto térmico necessário. Para países tropicais como o Brasil, é importante construir espaços com estruturas leves para permitir a circulação de ar adequada. Assim, tem-se uma construção que leva em conta o cuidado com a natureza e as pessoas, além de ser esteticamente agradável. Preste atenção na praça da sua cidade, na cerca do seu vizinho. O bambu está por toda parte. E o veremos cada vez com mais frequência. Estudos e pesquisas nas mais diversas áreas sobre essa planta estão se desenvolvendo. Viva sua abundância, resistência e versatilidade!  Escrito por Ana Carolina Medeiros

Dia de Sobrecarga da Terra: nossa real demanda por recursos naturais

O Coronavírus chegou para nos provar, a duras penas, que é possível reduzirmos a demanda por recursos naturais. Este ano, devido aos efeitos da pandemia, conseguimos atrasar quase 1 mês o Dia de Sobrecarga da Terra. Você sabe o que é isso? O Dia de Sobrecarga da Terra O dia de sobrecarga da terra (Overshoot Day, em inglês) é a data que marca o esgotamento dos recursos naturais do planeta “disponíveis” para o ano. O cálculo para se chegar ao Dia da Sobrecarga da Terra é feito pela Global Footprint Network desde 1961. Esse valor é o resultado da conta da divisão da biocapacidade do planeta pela pegada ecológica da humanidade multiplicada pelo número de dias do ano. Mas o que é isso? A Biocapacidade do planeta é a quantidade de recursos que a Terra pode gerar em um ano. Ou seja, a partir do Dia da Sobrecarga da Terra, passamos a viver com recursos emprestados de gerações futuras. A Pegada ecológica da humanidade é a quantidade de emissão de carbono (gases de efeito estufa), da geração de energia, de área construída para moradia, de produtos extrativistas, da agricultura e da pecuária para produção de alimentos e pesca. Ou seja, tudo que gera impacto na Terra. A Global Footprint Network utiliza as métricas da pegada ecológica nacional (não a individual) e a pegada de carbono é recalculada anualmente para que o resultado seja o mais preciso possível.   A mudança de data No ano passado o Dia de Sobrecarga da Terra foi em 29 de julho. Esse ano, cairá no dia 22 de agosto. Isso, em termos práticos, quer dizer que precisamos de 1,6 planeta para suprir nossas demandas. Acontece que não tem, né? No pré-Coronavírus, mais precisamente desde 2001, estávamos em uma guinada de adiantamento constante da data. A cada ano, adiantávamos uns dias. Ou seja, quanto mais tempo passava, mais degradávamos o planeta. Os efeitos da Covid-19 vieram nos provar que é possível reduzir nosso impacto. E a mudança está em nossas mãos! Efeito Coronavírus Em fevereiro, quando a pandemia começou a ganhar terreno pelo globo, o isolamento social e a desaceleração econômica foram instantâneos. Isso implicou na redução drástica das emissões de CO2 provindas da combustão de combustíveis fósseis e o extrativismo da madeira caíram drasticamente. Chegamos aos números: Redução de 14,5% na pegada de carbono global Redução de 8,4% na pegada ecológica de produtos florestais – Isso porque o desmatamento da Amazônia foi crescente. Se tivemos um ministro do meio ambiente comprometido com a sua pasta, esse número teria sido ainda maior.   A mudança deve continuar Não podemos depender de uma pandemia que arrasta a humanidade para avançarmos nas questões ambientais. É preciso que a chave da consciência vire em cada um de nós, especialmente nos detentores do poder e do dinheiro. Se cada um fizer sua parte, nós conseguiremos anular nossa dívida com o planeta. Qual impacto você quer gerar para a Terra? A gente acredita no impacto positivo e na transformação do nosso estar no mundo. Que as futuras gerações floresçam mais conscientes, mais ativas, mais ligadas à Natureza. Nossa dívida está se multiplicando. A dívida ecológica cobra juros muito altos. Escassez de alimentos, erosão do solo, acúmulo de CO2 na nossa atmosfera, catástrofes devastadoras e muito mais. A dívida é alta, mas há chance de quitar. E a Positiv.a existe pra isso, pra unir forças para essa maré de impacto positivo. Vamos junt@s? O movimento #MoveTheDate (mova a data) convida todas e todos à reflexão sobre seu próprio consumo e à adoção de hábitos com menores impactos, que reduzam a pegada ecológica.   AQUI VÃO ALGUMAS DICAS PARA VOCÊ REDUZIR SEU IMPACTO   – Compre de pequenos produtores locais – Reduza o consumo de carne – Opte por transporte público, quando o isolamento acabar. E lembre-se que bicicleta não é só lazer, é meio de transporte também! 😉 – Composte resíduos orgânicos – Recicle seus resíduos – Evite o desperdício – Sempre que tiver oportunidade, plante uma árvore – Consuma somente o necessário – Diga não ao plástico descartável – Inspire outras pessoas a adotarem hábitos mais ecológicos. Encaminhe esse texto para seus amigos! 😉   Fonte: Instituto Akatu  

Qual o mundo que quero criar (e deixar) para minha filha?

Sou pai de uma linda menina de 3 anos. E todos os dias ela me faz ter um olhar diferente sobre o mundo. Passei a enxergar todas as suas complexidades como pai de menina e não somente como homem e marido. Mas confesso que tive que passar por algumas mudanças para me tornar mais consciente e poder educá-la para um mundo que, infelizmente, traz muitos desafios às mulheres. E isso me preocupa.  Foi no dia  15 de maio de 2017, que a minha visão de mundo mudou para sempre. Por mais que os nove meses de gestação parecessem tempo suficiente para que minha ficha caísse, somente neste dia, a partir da primeira troca de olhares, foi que realmente eu entendi o quão profundo ia ser, Por coincidência, ou não, a data do nascimento da Liz, está exatamente no meio de outras duas grandes mudanças pessoais. Em 2016, já empreendendo há cinco anos, me deparei com a necessidade de tomar decisões difíceis que beiravam a tênue linha entre a sobrevivência do meu negócio e a manutenção dos meus princípios morais e éticos. Falo isso, porque alguns dos meus concorrentes deliberadamente “esqueciam” dessa “palavrinha”. Mas, graças à formação correta que obtive dos meus pais, percebi ali que não me identificava mais com esse mundo do “business as usual”. Durante uma das minhas leituras, me deparei com o conceito dos negócios sociais e de impacto positivo. E a partir dali senti uma mudança de ares profissionais para uma direção mais coerente com o que eu penso do mundo.  Na outra ponta, em abril de 2018, eu me tornava sócio da Positiv.a. E lá, meus sócios, minhas sócias e todo o time me fizeram perceber em profundidade o quanto o modelo de mundo atual não funciona mais. Esse modelo nos distanciou drasticamente da essência da vida, com suas práticas desumanas e desconectadas da nossa verdadeira natureza. Maltratamos a terra, a maior das nossas casas, desprezamos o nosso corpo, nos tornando escravos da nossa própria ganância. Produzindo efeitos desastrosos em todas as esferas do planeta.   Tornar o mundo melhor para elas poderem ser o que quiserem! Que bom que o mundo dos negócios despertou para uma nova abordagem. Não tenho dúvidas que a busca pelo propósito além do lucro, aliado ao consumo mais consciente será uma das grandes viradas que precisamos. Além dessas mudanças, acrescento aqui, a necessidade de termos um mundo com mais lideranças femininas. Será um lugar melhor para todo. E a vida me deu a chance de educar a minha filha para que ela seja consciente de todos os desafios que terá como mulher. E, para isso, meu objetivo como pai é mostrar que ela é capaz de ser o que quiser e quando ela quiser. Apesar de todos os desafios que ela enfrentará em um mundo machista e desigual. O mundo precisa de homens melhores. E esse é, talvez, meu primeiro grande passo para ajudar a construir o mundo que quero deixar para ela. Não tenho dúvidas que me cercando de pessoas boas, caridosas, de coração aberto, espiritualizadas no sentido real da palavra e através do exemplo, começando dentro de casa, a minha filha será como estas pessoas. Exemplos valem muito mais que conselhos e pretendo manter-me firme e coerente neste caminho. Por Leandro Menezes, co-CEO da Positiv.a Sobre Leandro Menezes Leandro Menezes é co-CEO da Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza. Entrou no quadro societário da empresa em 2018 após realizar uma rodada de investimento por meio da Impulsum, venture capital que fundou com foco em negócios de impacto. Atualmente, divide o posto de CEO com Marcella Zambardino, uma das fundadoras da Positiv.a. Com vasta experiência no varejo, onde empreendeu por 8 anos, em finanças corporativas e gestão de negócios, é formado em Administração de Empresas, na PUC-SP, possui MBA em empreendedorismo pela B.I. International e já passou por empresas como Novartis e Gafisa.

Você come pensando no planeta?

A gente costuma falar bastante aqui sobre o impacto do nosso consumo no planeta. Especialmente, nossa alimentação. Defendemos a dieta vegana como uma alternativa que gera menos impacto para as mudanças climáticas. E também por estimarmos todas as formas de vida do planeta. Preferimos ter os animais vivos, a virarem comida. Mas hoje, não estamos aqui pra falar sobre o veganismo. E sim, sobre uma nova forma de pensar a alimentação. Surgiu um novo termo chamado CLIMATARIAN. Você já ouviu falar sobre ele? O que é uma dieta climatarian? Consiste basicamente em se alimentar com o menor impacto possível para o meio ambiente, mais especificamente pensando nas consequências para o aquecimento global. Isso quer dizer priorizar alimentos da estação, de produtores locais, que não precisem de muito para se deslocar, que não contenham plástico na embalagem e possam ser comprados a granel. Tudo isso é uma escolha pelo meio ambiente e pelo nosso futuro. Consumir como um climatarian é consumir pensando além da sua saúde, na saúde do planeta e das futuras gerações. Um climatarian pensa no impacto de toda a cadeia de cada alimento: a pegada de carbono no processo de produção até parar em suas mãos, o desperdício, o descarte e alguns consumos mais restritos, como o da carne, por exemplo. A diferença entre um climatarian e um vegano Para um climatarian, não adianta optar apenas por legumes, frutas, verduras se esses forem sempre embalados em plástico. Ou se forem de outra estação, ou importado, pois tudo isso gera grande impacto nas mudanças climáticas. O plástico é a segunda maior fonte industrial e a que mais cresce em gases do efeito estufa. E 99% do que compõe o produto é derivado de combustíveis fósseis. Como subproduto do petróleo, do carvão mineral e do gás natural, o plástico é uma das peças-chave das emissões de dióxido de carbono (Fonte: ONG Center of International Environmental Law – CIEL). Para se produzir um alimento fora de sua estação natural é preciso investir muito mais energia e, muitas vezes estímulos agrotóxicos. E o impacto negativo do transporte de alimentos vindos de longe, nem se fala! Um climatarian até consome carne de pesca sustentável e segura, animais de criação extensiva e orgânica. Mas também sabe que a pecuária é uma das principais contribuintes para o aumento da temperatura na Terra. Para aqueles que seguem a dieta climática, o importante é saber o que está comendo e não restringir totalmente algo do cardápio. É buscar alternativas ecológicas e soluções que gerem impacto positivo para a cadeia.   A situação alimentar em meio à crise climática   “Os climas diferem e as plantas variam, mas uma regra informal básica do cultivo de cereais à temperatura ideal é: para cada grau de aquecimento, há um declínio de 10% na produção. Algumas estimativas vão mais longe. Se o planeta estiver 5ºC mais quente no fim do século, quando as projeções sugerem que poderemos ter uma população 50% maior para alimentar, também poderemos ter 50% menos grãos para oferecer a ela. Ou menos ainda, porque na verdade, quanto maior o aquecimento, mais declina a produção. E com proteínas é pior: são necessários 3,6 quilos de cereais para produzir um único quilo de carne de hambúrguer, obtida de um animal que passou a vida aquecendo o planeta com arrotos de metano” (trecho de A Terra Inabitável – Uma história do Futuro, de David Wallace-Wells.     A produção de alimentos do planeta todo já responde por cerca de um terço de todas as emissões de gases de efeito estufa. Ou seja, mudar os hábitos alimentares é um ponto crucial para conter as mudanças climáticas.   Estreitar a relação com a Natureza   É fundamental se conectar mais com a Natureza, entender seus tempos, seus fluxos e consumir a partir disso. Você pode se fazer algumas perguntas antes de consumir determinado produto: Da onde veio? Vai nutrir meu corpo? Impactou negativamente a vida de alguém? Vai deixar rastros no meio ambiente?   Exige dedicação e tempo para ser um climatarian. Mas tudo é recompensado pelo bem-estar que fazer o bem gera. Além da plenitude de fazer sua parte para deixar um bom legado para as futuras gerações. A alimentação como é hoje, não será a mesma daqui 30 anos, caso essas pequenas adaptações e essa mudança de pensamento não aconteça para já. E se você pensa: “mas o que vai fazer de diferença se só eu mudar e a indústria continuar do jeito que é?”. Nós te respondemos com uma frase da Margaret Mead: “Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo. De fato, sempre foi assim que o mundo mudou.”

O que é uma paternidade Positiv.a?

Dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe. É curioso que nunca dizem que também nasce um pai. Mas se olharmos mais a fundo, entenderemos mais por que ninguém diz isso. É porque um pai, na sociedade em que vivemos, infelizmente “pode” escolher não ser pai. E mesmo que ele tenha colocado seu nome na certidão de nascimento do próprio filho, ainda há uma distância enorme entre ser um pai ativo. Paternidade Ativa Ser pai ativo é um trabalho, uma decisão tomada. Não deveria ser, afinal, filhos deveriam ser criados por pais e mães sem distinção nenhuma, exceto, claro, pela amamentação. Mas ainda assim, muitos pais se privam (e privam seus filhos) da beleza que é estar disponível emocionalmente. Por outro lado, se olharmos para como os meninos são criados em nossa sociedade, é fácil perceber como que estamos presos nesse círculo vicioso. Uma vez que os meninos não são tradicionalmente incentivados a brincar de casinha, de cozinhar… muito menos têm bonecas ou filhos. Como se aprende a ser pai, se não se brinca de pai na infância? São motivos como esse que nos trazem a 2020, com uma necessidade ainda imensa de falarmos que é necessário quebrar o tabu do “pai que ajuda”, porque pai não deve ajudar. Deve criar. Criar junto. O pai não é um ajudante, tampouco um assistente, e muito menos “está de babá”. Ele é pai e pronto. Quando quebramos esses paradigmas, conseguimos libertar o homem para ser livre. Para ser um pai que está disposto a dar afeto aos seus filhos, e também a receber afeto. O afeto pode ser algo revolucionário. Ainda mais para homens que passaram a vida inteira ouvindo que não podiam chorar e muito menos demonstrar fraqueza. Uma escolha cheia de desafios É, portanto, na paternidade, que muitos de nós, homens, temos a oportunidade de aceitar o convite, abrir a porta e renascer. Porque se quando nasce um filho, não apenas um pai deveria nascer, e sim um homem deveria renascer completamente. Mas esse é apenas o início da jornada, uma vez que abraçar a paternidade e se transformar enquanto homem é algo que pode parecer lindo e poético no texto. Mas na prática é cheia de desafios. Um desses desafios é entender que não se trata apenas de criar um filho. Mas de dividir os cuidados de toda a casa com sua parceira (ou parceiro). É entender que um pai não deve apenas saber quanto pesa o filho, o tamanho do sapato, os remédios que toma, mas também deve saber o que está faltando na despensa, e se é preciso comprar materiais de limpeza. Esse homem precisa começar a repensar seus próprios hábitos, para cuidar da sua própria saúde e da própria família. Sabe aquele estereótipo do homem macho que nunca vai ao médico? Esse cara já deveria estar no passado. Por isso que é inevitável que, dentro de uma paternidade ativa, o homem não pense em como ele come e se relaciona com seu próprio corpo. Que tipo de alimentação ele quer oferecer para si e seus filhos? E que tipo de preocupação com o mundo ele deve ter, já que filhos são do mundo? Deveríamos utilizar produtos de limpeza que ajudam ou atrapalham a vida no mundo? Se você, pai, está lendo esse texto até aqui e já está se sentindo cansado só de ler isso tudo, parabéns! Você está mais perto de entender e praticar o que é uma paternidade ativa e real. Não feche essa porta. Texto por Thiago Queiroz, Paizinho Vírgula para o blog da Positiv.a