“Nós temos responsabilidade da nossa contribuição como povo para a sobrevivência do mundo como um todo” – Uraan Anderson Suruí, Vice-líder dos Paiter Suruí.
Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade” na língua tupi-mondé. Atualmente ocupam uma área de 247 mil hectares na Terra Indígena Sete de Setembro. A comunidade liderada pelo Cacique Almir Suruí precisou se reinventar para garantir e assegurar sua existência ao longo dos anos e hoje é referência em inovação.
Em 2007, os Paiter Suruí também implementaram um Projeto de Crédito de Carbono Florestal para preservar a floresta e desenvolver um Plano de Vida para os próximos 50 anos.
O Projeto financia atividades de proteção e fiscalização através de pagamentos por serviços ambientais, como a comercialização de créditos de carbono e atividades de bioeconomia, extrativismo e economia circular.
Mas o que é bioeconomia?
A bioeconomia é uma alternativa que apresenta soluções sustentáveis para uma relação mais harmônica entre o desenvolvimento econômico e o planeta. Dentro dessa estratégia, as comunidades utilizam conhecimentos em biotecnologia, biologia sintética, química de renováveis e até conhecimentos ancestrais de outras áreas para criar produtos e serviços de menor impacto para a natureza.
Essa ciência estuda os sistemas biológicos e recursos naturais aliados à utilização de tecnologias com propósitos positivos para desenvolver produtos e serviços mais sustentáveis. Hoje, a bioconomia já está presente na produção de vacinas, enzimas industriais, novas variedades vegetais, biocombustíveis, cosméticos entre outros.
Saiba mais sobre o povo Paiter Suruí
Visite o mundo de impacto
“Visita CIVI-CO” é uma série produzida a partir de visitações às organizações e iniciativas de impacto cívico socioambiental pelo Brasil invisibilizado. Após a primeira temporada gravada em Paraisópolis (SP), a segunda traz as narrativas da comunidade do Povo Paiter Suruí e a relação deles com a natureza e a bioeconomia.
A nova temporada do “Visita CIVI-CO” desembarcou no território Indígena Sete de Setembro, em Cacoal (RO). Nessa jornada pela Amazônia, conhecemos e aprendemos com o impacto gerado por essa comunidade que possui uma extensa articulação na bioeconomia.
O objetivo é desmistificar a proposta de negócio de impacto como um modelo elitista, provando que os ecossistemas indígenas também desenvolvem soluções e inovações transformadoras. Em três episódios publicados semanalmente no YouTube, vamos ampliar essa conversa e conhecer mais essas iniciativas.
Assista ao Visita CIVI-CO: Paiter Suruí!
E De Onde Vem?
Quando o coco é colhido? Quando o cupuaçu estará no pé? Quando o algodão orgânico floresce? Quando o gergelim está no ponto para ser colhido? Você já imaginou que de uma semente é possível fazer uma manteiga super hidratante?
Esses processos são conhecimentos ancestrais que resguardam a floresta em pé e garantem emprego e renda para diversas comunidades em todo país. Por isso é necessário dar mais visibilidade a iniciativas que mantém a conscientização sobre a produção sustentável e de impacto do que consumimos.
E dando protagonismo às narrativas por trás de produtos acessíveis, a Positiv.a criou a websérie “De Onde Vem?”, para mostrar os sorrisos de quem está no campo e são os responsáveis pela primeira cadeia de produção, que cuida todos os dias da terra, da água e do ar. Essa é uma forma de ir contra o desperdício e a favor do movimento circular.
“Seu consumo é um manifesto, um voto de como você quer que seja o mundo. Garantimos que com a gente será sempre positivo!”
Marcela Zambardino, Co-fundadora e CIO da Positiv.a.
Clique aqui para saber “De onde vem” e ampliar seu conhecimento!
*Texto escrito com muito carinho pelo time de comunicação CIVI-CO