O Coronavírus chegou para nos provar, a duras penas, que é possível reduzirmos a demanda por recursos naturais. Este ano, devido aos efeitos da pandemia, conseguimos atrasar quase 1 mês o Dia de Sobrecarga da Terra.
Você sabe o que é isso?
O Dia de Sobrecarga da Terra
O dia de sobrecarga da terra (Overshoot Day, em inglês) é a data que marca o esgotamento dos recursos naturais do planeta “disponíveis” para o ano. O cálculo para se chegar ao Dia da Sobrecarga da Terra é feito pela Global Footprint Network desde 1961.
Esse valor é o resultado da conta da divisão da biocapacidade do planeta pela pegada ecológica da humanidade multiplicada pelo número de dias do ano.
Mas o que é isso?
A Biocapacidade do planeta é a quantidade de recursos que a Terra pode gerar em um ano. Ou seja, a partir do Dia da Sobrecarga da Terra, passamos a viver com recursos emprestados de gerações futuras.
A Pegada ecológica da humanidade é a quantidade de emissão de carbono (gases de efeito estufa), da geração de energia, de área construída para moradia, de produtos extrativistas, da agricultura e da pecuária para produção de alimentos e pesca. Ou seja, tudo que gera impacto na Terra.
A Global Footprint Network utiliza as métricas da pegada ecológica nacional (não a individual) e a pegada de carbono é recalculada anualmente para que o resultado seja o mais preciso possível.
A mudança de data
No ano passado o Dia de Sobrecarga da Terra foi em 29 de julho. Esse ano, cairá no dia 22 de agosto. Isso, em termos práticos, quer dizer que precisamos de 1,6 planeta para suprir nossas demandas. Acontece que não tem, né?
No pré-Coronavírus, mais precisamente desde 2001, estávamos em uma guinada de adiantamento constante da data. A cada ano, adiantávamos uns dias. Ou seja, quanto mais tempo passava, mais degradávamos o planeta.
Os efeitos da Covid-19 vieram nos provar que é possível reduzir nosso impacto. E a mudança está em nossas mãos!
Efeito Coronavírus
Em fevereiro, quando a pandemia começou a ganhar terreno pelo globo, o isolamento social e a desaceleração econômica foram instantâneos.
Isso implicou na redução drástica das emissões de CO2 provindas da combustão de combustíveis fósseis e o extrativismo da madeira caíram drasticamente. Chegamos aos números:
- Redução de 14,5% na pegada de carbono global
- Redução de 8,4% na pegada ecológica de produtos florestais – Isso porque o desmatamento da Amazônia foi crescente. Se tivemos um ministro do meio ambiente comprometido com a sua pasta, esse número teria sido ainda maior.
A mudança deve continuar
Não podemos depender de uma pandemia que arrasta a humanidade para avançarmos nas questões ambientais. É preciso que a chave da consciência vire em cada um de nós, especialmente nos detentores do poder e do dinheiro.
Se cada um fizer sua parte, nós conseguiremos anular nossa dívida com o planeta.
Qual impacto você quer gerar para a Terra?
A gente acredita no impacto positivo e na transformação do nosso estar no mundo. Que as futuras gerações floresçam mais conscientes, mais ativas, mais ligadas à Natureza.
Nossa dívida está se multiplicando. A dívida ecológica cobra juros muito altos. Escassez de alimentos, erosão do solo, acúmulo de CO2 na nossa atmosfera, catástrofes devastadoras e muito mais.
A dívida é alta, mas há chance de quitar. E a Positiv.a existe pra isso, pra unir forças para essa maré de impacto positivo.
Vamos junt@s?
O movimento #MoveTheDate (mova a data) convida todas e todos à reflexão sobre seu próprio consumo e à adoção de hábitos com menores impactos, que reduzam a pegada ecológica.
AQUI VÃO ALGUMAS DICAS PARA VOCÊ REDUZIR SEU IMPACTO
– Compre de pequenos produtores locais
– Opte por transporte público, quando o isolamento acabar. E lembre-se que bicicleta não é só lazer, é meio de transporte também! 😉
– Composte resíduos orgânicos
– Recicle seus resíduos
– Evite o desperdício
– Sempre que tiver oportunidade, plante uma árvore
– Consuma somente o necessário
– Diga não ao plástico descartável
– Inspire outras pessoas a adotarem hábitos mais ecológicos. Encaminhe esse texto para seus amigos! 😉
Fonte: Instituto Akatu