O ano começou e, infelizmente, nos deparamos com diversas notícias sobre os recentes desastres ambientais.
Quando falamos sobre o tema, é normal muitas dúvidas surgirem. Como acontecem os desastres ambientais? Devemos tomar como “normais” esses eventos?
No post de hoje, falaremos sobre o porquê desses desastres acontecerem e como nosso consumo está diretamente ligado ao tema!
O que são desastres ambientais?
São chamados de desastres ambientais os acontecimentos que provocam alteração negativa no meio ambiente como, por exemplo, o desequílibrio da fauna e da flora, a morte e a deslocação de pessoas.
Além disso, os desastres ambientais podem ter origem natural ou ocorrer a partir da interferência humana.
São exemplos de desastres ambientais de causas naturais: tempestades, terremotos e furacões.
Por outro lado, casos em que há derramamento de petróleo no mar, acidentes nucleares, rompimentos de barragens, entre outros, são exemplos de desastres que ocorrem a partir da interferência humana.
Além disso, ponto importante a ser destacado é que o desmatamento, principalmente a longo prazo, é uma das intervenções humanas mais prejudiciais à sustentabilidade, podendo resultar, além do desequilíbrio físico, químico e ecológico, em desastres ambientais.
Por que acontecem os desastres ambientais
Em primeiro lugar, existem os fenômenos naturais que por si só acabam gerando algum tipo de impacto para os outros seres vivos. São os exemplos de terremotos e furacões que mencionamos.
Além disso, há anos somos alertados sobre os perigos das mudanças climáticas em decorrência do desmatamento e de outras interferências humanas.
Uma delas, entretanto, merece destaque quando falamos sobre desastres ambientais: a negligência.
A negligência leva à falta de planejamento urbano, à falha nos alertas ambientais e ao foco em medidas no curto prazo. E isso foi o que vimos nas ações do governo frente à recente tragédia em Petrópolis (RJ).
A seguir, veja casos emblemáticos de desastres ambientais que aconteceram no Brasil nos últimos anos.
Mariana (MG)
A tragédia ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, em Mariana (MG), quando a barragem do Fundão rompeu e causou um dos principais desastres ambientais da história do país.
Mais de 50 milhões de m³ de resíduos atingiram a bacia hidrográfica do Rio Doce. Quem operava a estrutura era a mineradora Samarco, que faz parte da Vale.
A lama causou a morte de 19 pessoas e mudou a vida de outras 500 mil das mais de 40 cidades entre Minas Gerais e o Espírito Santo atingidas pelo vazamento.
Vimos toneladas de peixe morrerem e a qualidade da água nas regiões próximas sendo prejudicada.
Brumadinho (MG)
Você se lembra da tragédia em Brumadinho?
No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem controlada pela mineradora VALE, em Brumadinho (MG) rompeu e a lama varreu toda a cidade.
Em menos de 1 hora, 9,7 milhões de m³ de lama atingiram uma área de mais de 2 milhões de m², a uma velocidade média de 80km por hora.
O desastre deixou 270 mortos, 6 desaparecidos, comunidades destruídas, sem contar as vegetações arrasadas.
Além disso, a mineradora lançou resíduos de mineração diretamente nas águas do Rio Paraopeba.
Segundo relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, indicadores de qualidade revelaram que a água está imprópria e sem condições de uso por todos os 365 km de rio percorridos.
Bahia
Em dezembro de 2021, em poucas horas, temporais concentrados atingiram dezenas de cidades no sul da Bahia.
No total, 72 municípios declararam situação de emergência por causa das enchentes e mais de 430 mil pessoas foram atingidas.
Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 19,5 mil precisaram deixar suas casas temporária ou definitivamente por causa das fortes chuvas.
Mas o que está por trás disso?
Especialistas associam pelo menos menos três fatores à alta intensidade das chuvas na Bahia: o fenômeno La Niña, a depressão subtropical e o aquecimento global.
Petrópolis (RJ)
Por fim, o mais recente desastre ambiental teve início na terça-feira (16) em Petrópolis (RJ), após uma intensa tempestade que provocou deslizamentos na cidade.
Até o momento, as autoridades registraram 111 mortes e muitas pessoas tiveram suas casas destruídas pela força da água. Morros vieram abaixo, vias foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
Essa é mais uma tragédia ambiental que o governo poderia ter evitado com planejamento urbano e alertas ambientais.
Você pode ajudar Petrópolis, o desastre ambiental mais recente em solo brasileiro, através das seguintes organizações:
- SOS Serra
- CDDH – Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis
- CUFA Petrópolis
- Instituto Corrente do Bem
Qual a relação entre consumo e desastres ambientais?
Como falamos, o desmatamento está intimamente ligado aos desastres ambientais, e sabemos que o mesmo acontece para atender à demanda da sociedade do consumo.
Por isso a relação direta entre consumismo e o meio ambiente, já que para atender a demanda da produção e do consumo é necessário retirar matérias-primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer grande uso de energia elétrica, entre outros.
Além disso, tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente, a destruição de ecossistemas.
Entende como é importante repensar a forma como consumimos?
O que podemos fazer para mudar o cenário?
Se você chegou até aqui, é porque sabe que é preciso mudar o cenário!
Enquanto sociedade, precisamos nos conscientizar cada vez mais sobre os reais motivos que causam os desastres ambientais.
De fato, existem fenômenos naturais que não podemos (e nem devemos) interferir.
Porém, precisamos cobrar das lideranças políticas um planejamento para emitir alertas ambientais a tempo da evacuação segura do local, bem como um plano de apoio às pessoas que se deslocam de suas casas e deixam uma vida para trás.
Além disso, um planejamento urbano com moradia digna a todas as pessoas é fundamental. Muitas ocupações em lugares irregulares, principalmente morros, se dão por falta de políticas públicas que dêem acesso à moradia.
Por fim, cabe a nós, enquanto pessoas cidadãs, adotar pequenas mudanças no dia a dia, mas que geram um grande impacto a longo prazo.
As empresas que você consome estão alinhadas com a natureza? A cadeia de produção respeita o meio ambiente?
Essas são reflexões fundamentais para que possamos repensar a forma como consumimos.
O seu consumo é um manifesto
Na hora de consumir, não esqueça: o seu consumo é um manifesto!
Por isso, compre de empresas que produzem com responsabilidade, sempre pensando em ter o menor impacto ambiental possível.
A Positiv.a leva as questões socioambientais muito a sério e isso é um dos pilares na hora de pensarmos a cadeia de produção dos nossos produtos.
Cada atitude conta.
Sozinhes, somos uma gota.
Juntes, somos oceano.