O ano já está acabando e começam a surgir listas e mais listas, tanto as de tarefas cumpridas quanto as por cumprir no próximo ano!
Uma das listas que mais rolam é a de livros, mas – infelizmente – pouquíssimas pessoas conseguem alcançar seus objetivos literários anuais. Quiçá traçarem objetivos.
A pesquisa mais recente do Instituto Pró-Livro indica que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano.
O baixo indicador de leitura é uma de nossas heranças de um país colonizado, que ganhou dimensões econômicas globais, tendo investido pouco em educação e mantendo-se sempre em condições subdesenvolvidas.
Os livros contribuem para o pensamento crítico do ser humano. Enriquecem uma sociedade, tornando-a mais esclarecida e, por sua vez, mais ativa.
Pensando nisso e querendo que muitas pessoas tiquem as leituras do ano (sim! Ainda dá tempo!), organizamos uma lista de recomendações literárias, que permeiam o universo da POSITIV.A!
Senta, que lá vem história!
1 – Guia Prático da Autossuficiência, de John Seymour
Esse livro nos ensina que a autossuficiência é viver com autenticamente e propõe a libertação das tarefas superespecializadas dos escritórios e das fábricas. Além disso fará você sentir que está revivendo, seu corpo se habituará de novo aos alimentos frescos e naturais, e seus músculos se desenvolverão.
2 – Corantes naturais da flora brasileira – Guia Prático de Tingimento com Plantas, de Eber Lopes Ferreira
Esse guia trata dos motivos de se utilizarem plantas no tingimento de fibras têxteis naturais. Também relata a história dos corantes naturais no mundo e no Brasil, explicando o quê eles são. Apresenta os elementos necessários para realizar o tingimento das fibras. Traz informações adicionais sobre as formas de misturar cores, modelo para reproduzir novas receitas e diferentes formas de lavar as fibras têxteis. E expõe receitas em fichas anexadas à obra, mostrando o processo de tingimento simples, a frio, quente e com mordentes.
3 – Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp
Livro inédito, resultado de 10 anos de trabalho dos autores Valdely Kinupp e Harri Lorenzi – dois dos maiores estudiosos de plantas no Brasil. Apresenta plantas nativas e exóticas (espontâneas e cultivadas no Brasil), consumidas no passado e ou em alguma região do país e do mundo.
4 – Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam.
5 – O Grande Livro das Plantas Medicinais, de Andrew Chevallier
Uma visão global do uso da botânica como recurso da medicina em tradições de todos os continentes. Das surpreendentes descobertas em tumbas pré-históricas às sociedades da Antiguidade. Dos aiurvedas a Paracelso, dos primeiros compêndios volumosos sobre o assunto na Idade Média à proibição das práticas fitoterápicas no século XIX. Até chegar ao resgate das curas holísticas nos dias atuais.
6 – Frutas brasileiras Nativas e Exóticas, de Harri Lorenzi
Trata-se da maior obra sobre frutíferas já publicada. Abrangendo cerca de 1.020 tipos diferentes de frutas cultivadas no Brasil (nativas e exóticas).
Cada planta é mostrada em uma página inteira do livro, com a descrição de suas características morfológicas, origem, época de floração e frutificação, formas de uso e propagação.
7 – Algumas Plantas Indicadoras: Como Reconhecer os problemas de um Solo, de Ana Maria Primavesi
Neste livro, Primavesi ensina, de modo simples e profundo, a observar a natureza e compreender os elementos que compõem a vida do solo. As chamadas “plantas invasadoras” são apenas as plantas que estão adaptadas ao solo e foram retiradas pelo manejo para agricultura. Sempre que possível, essas plantas voltarão a ocupar o solo em que viviam. Com elas, é possível saber como tratar as deficiências do solo para a produção agroecológica.
8 – O Renascer da Agricultura, de Ernst Götsch
A obra traz uma apresentação sistematizada dos princípios que regem os sistemas de agrossilvicultura ou agroflorestais. Em seu prefácio define o projeto como uma tentativa de harmonizar as atividades agrícolas humanas ao ecossistema natural do local. De forma a produzir um nível ideal de qualidade e de quantidade de materiais orgânicos. E tudo isto sem o uso de insumos ou de maquinário pesado. Sugere a necessidade de transformação das práticas convencionais de cultivo de plantas, resultando em um novo paradigma.
9 – Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak
Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”.
Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.
10 – A Revolução das Plantas, de Stefano Mancuso
Para o autor, o verdadeiro potencial para a solução dos problemas que nos afligem está nas plantas. Sua autonomia energética, ligada a uma arquitetura cooperativa, distribuída, sem centros de comando, faz delas seres vivos capazes de resistir a repetidos eventos catastróficos. E de se adaptar com rapidez a enormes mudanças ambientais. Ao revelar a capacidade das plantas de aprender, memorizar e se comunicar, o cientista fundador da neurobiologia vegetal, propõe um novo modelo para pensar o futuro da tecnologia, da ecologia e dos sistemas políticos.
“A leitura é libertadora transforma, informa, emociona e humaniza. Traduz e nos aproxima do que é humano em diferentes tempos, lugares, sentidos, culturas e sentimentos. É a principal ferramenta para a aprendizagem e para uma educação de qualidade, que é condição essencial para o desenvolvimento social de uma nação.”