Tudo o que você precisa saber sobre o Lauril Vegetal

Lauril sulfato de sódio vegetal

O lauril sulfato de sódio (SLS) é um tensoativo amplamente empregado em produtos de limpeza e cosméticos devido à sua capacidade de produzir espuma e remover óleos e impurezas.

Existem diferentes tipos de lauril, sendo o lauril vegetal uma alternativa mais sustentável, pois não apresenta os mesmos riscos à saúde humana e ao meio ambiente associados ao lauril sintético.

Neste artigo, explicaremos detalhadamente as diferenças entre esses componentes.

O Que é o Lauril Vegetal?

O Lauril Vegetal refere-se ao lauril obtido de fontes vegetais. Isso inclui o SLS Natural, que é derivado do óleo de coco ou óleo de palma, e o SLES 100% Natural, que é derivado do óleo de palma, mas sua etoxilação acontece através do eteno proveniente da cana-de-açúcar.

Estes tipos de lauril são preferidos por serem biodegradáveis e terem uma menor pegada de carbono, especialmente quando a matéria-prima é cultivada de maneira sustentável.

Quais são os tipos de Lauril e suas origens?

1. SLS Natural (SLS: sodium lauryl sulfate / LSS: lauril sulfato de sódio) | (Cadeia C12-C14 Natural) :

  • Origem: Vegetal.
  • Características: Obtido a partir de fontes vegetais, como óleo de coco ou óleo de palma.
  • Desempenho: boa capacidade de formação de espuma e excelente poder de limpeza, semelhante ao SLS sintético.
  • Impacto ambiental: Altamente biodegradável. Além disso, depende da origem das matérias-primas vegetais. Em alguns casos, o uso de óleo de palma pode estar associado a questões de desmatamento e perda de biodiversidade.

2. SLS Sintético (SLS: sodium lauryl sulfate / LSS: lauril sulfato de sódio) | (Cadeia C12-C14 Sintética):

  • Origem: Derivados do petróleo.
  • Características: Produzido a partir de matérias-primas petroquímicas.
  • Desempenho: Excelente capacidade de formação de espuma e forte poder de limpeza.
  • Impacto Ambiental: É moderadamente biodegradável e em algumas ocasiões, a produção envolve derivados de petróleo, contribuindo para a pegada de carbono e a dependência de recursos não renováveis.

3. SLES 100% Natural (SLES: sodium laureth sulfate./ LESS: lauril éter sulfato de sódio) | (Cadeia C12-C14 Natural, EO Biomassa):

  • Origem: Vegetal.
  • Características: Obtido a partir de fontes naturais, incluindo o eteno derivado da cana-de-açúcar (não disponível no Brasil).
  • Desempenho: Boa capacidade de formação de espuma, mais suave que o SLS e é eficaz na limpeza, menos irritante comparado ao SLS.
  • Impacto Ambiental: É altamente biodegradável e sua produção ocorre a partir de fontes renováveis como a cana-de-açúcar, tem uma menor pegada de carbono comparado a derivados de petróleo.

4. SLES 75% Natural (SLES: sodium laureth sulfate./ LESS: lauril éter sulfato de sódio) | (Cadeia C12-C14 Natural, EO Petroquímico):

  • Origem: Mista (parte vegetal, parte petroquímica).
  • Características: A cadeia C12-C14 é natural, mas o óxido de etileno usado no processo é de origem petroquímica.
  • Desempenho: Boa capacidade de formação de espuma, similar ao SLES 100% natural e é eficaz na limpeza, menos irritante que o SLS.
  • Impacto Ambiental: Altamente biodegradável e a presença de componentes petroquímicos aumenta a pegada de carbono.

5. SLES 100% Sintético (SLES: sodium laureth sulfate./ LESS: lauril éter sulfato de sódio) | (100% Não Natural):

  • Origem: Petroquímica.
  • Características: Produzido a partir de derivados do petróleo. Normalmente esse lauril é importado.
  • Desempenho: Excelente capacidade de formação de espuma e forte poder de limpeza.
  • Impacto Ambiental: Moderadamente biodegradável e sua produção envolve derivados de petróleo, contribuindo para a pegada de carbono e a dependência de recursos não renováveis.

O LAS sintético (Alquilbenzeno Sulfonato Linear), é outro tipo de surfactante aniónico amplamente utilizado em detergentes e produtos de limpeza.

  • Nomes declarados em rótulos: Sulfonato de Alquilbenzeno Linear / Alquil benzeno Sulfonato de Sódio / Linear Alquil Benzeno Sulfonato de Sódio
  • Origem: Derivados do petróleo.
  • Características: Produzido a partir de matérias-primas petroquímicas.
  • Desempenho: Boa capacidade de formação de espuma, embora não tão alta quanto a do SLS e tem um excelente poder de limpeza, especialmente eficaz na remoção de óleos e gorduras.
  • Impacto ambiental: Moderadamente biodegradável e a produção envolve derivados de petróleo, contribuindo para a pegada de carbono e a dependência de recursos não renováveis. Além disso, a produção de LAS pode gerar subprodutos que requerem manejo adequado.

Qual Lauril devemos evitar?

Devemos evitar o SLS Sintético, o SLES 100% Sintético e o SLES 75% Natural (Cadeia C12-C14 Natural, EO Petroquímico) devido ao seu impacto ambiental. Esses Lauris possuem em sua formulação ingredientes derivados do petróleo, o que contribui para a pegada de carbono e a dependência de recursos não renováveis. Além disso, a biodegradabilidade desses componentes é apenas moderada, o que pode causar problemas ambientais a longo prazo.

Infelizmente, não há nenhuma exigência ou norma da ANVISA que obrigue a clareza dessas informações nos rótulos. Por isso, nós da positiv.a estamos incluindo detalhes sobre a origem e a função dos ingredientes em nossos rótulos para garantir transparência aos consumidores.

Qual é a finalidade do ingrediente Lauril Sulfato de Sódio nas formulações?

O Lauril Sulfato de Sódio (LSS) é utilizado em formulações devido à sua excelente capacidade de formação de espuma e forte poder de limpeza. É um agente surfactante que ajuda a remover a sujeira e o óleo das superfícies, tornando-se um ingrediente comum em produtos de limpeza e cuidados pessoais, como shampoos, detergentes e sabonetes.

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Por que optamos por incluir LSS Vegetal em nossas fórmulas?

Optamos pelo LSS Vegetal devido aos seus benefícios ambientais e menor potencial de irritação, alinhando nossos produtos com nossos valores de sustentabilidade e cuidado com a saúde dos consumidores.

Além disso, é um componente altamente biodegradável (95,8% após 28 dias) e é obtido de fontes renováveis, como óleo de coco ou palma, o que diminui a pegada de carbono e a dependência de recursos não renováveis, contribuindo com a redução do impacto ambiental.

Compreender as diferenças entre os tipos de Lauril, especialmente o Lauril Sulfato de Sódio Vegetal, é essencial para fazer escolhas conscientes e seguras.

Por Daiane Ribeiro, Coordenadora de P&D da positiv.a

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