5 pilares de comunidades positivas

Pessoas, carros, consumismo, emissão de CO², resíduos… ao longo dos anos, os nossos modelos de desenvolvimento e de agrupamento social trouxeram diversos prejuízos para o planeta e para a humanidade. Porém, é preciso ressignificar isso – e o momento é agora! Gerar impacto socioambiental para tornar cidades, comunidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, é o 11º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidas (ONU) e também é um dever nosso. Repensar nossas comunidades buscando modelos de organizações sociais menos agressivas ao meio ambiente é o nosso desafio. Mas para enfrentá-los, nós devemos criar estratégias eficazes e que comecem do micro para o macro. Como podemos fazer a mudança? Além de iniciativas individuais, devemos adotar medidas coletivas para reduzir o impacto socioambiental negativo, prestando atenção à qualidade do ar, do solo, água e da gestão de resíduos e sempre atentos, principalmente, aos impactos sociais e estruturais. Criação de redes de apoio É comum estabelecer relações entre pessoas e ambientes nos momentos de crise ou mudança. Essas relações podem criar oportunidades de desenvolvimento humano através da busca por suporte e afeto. É necessário unir forças com grupos que enfrentam as mesmas dificuldades e possuem o mesmo propósito e essas redes podem ser estabelecidas de diversas formas, como: prestações de serviços, relações econômicas sustentáveis, filantropia, cooperativismos, bioeconomia e voluntariado. Colaboração Mesmo em uma comunidade onde os integrantes têm propósitos alinhados, é difícil encontrar um consenso. Por isso, é fundamental criar estratégias para incentivar o engajamento, dentro desses grupos. Todos devem entender a própria importância e saber o porquê de fazerem parte desse grupo. Cada um deve assumir suas responsabilidades e fazer sua parte para não sobrecarregar os demais. Mesmo a luta sendo coletiva, os deveres são individuais. Responsabilidade ambiental Muitos resíduos são gerados diariamente nos espaços de convivência de grupos e pessoas. É necessário criar uma cultura de conscientização que reutilize utensílios e tenha sempre guardanapos e sacolas de pano, talheres, hashis e um pote de vidro ou copo de alumínio e dispense os descartáveis correspondentes a esses produtos. Evite as compras a granel: quanto mais você comprar de uma só vez, menos embalagens e resíduos serão produzidos. E lembre-se de levar seus próprios saquinhos, potinhos ou redinhas. Estimule também as compras de “segunda mão”, trocas e compartilhamentos. Economia Circular O velho capitalismo deu origem a uma sociedade de consumo extremo, criando necessidades e aumentando o desperdício. Devemos evitar compras desnecessárias, dando preferência para produtos naturais que sejam produzidos por comunidades que possuem responsabilidade socioambiental, a exemplo dos produtos de limpeza e autocuidado. Separe materiais descartáveis do lixo orgânico da sua comunidade. Faça a coleta seletiva ou procure uma cooperativa de catadores para encaminhar os produtos para reciclagem. Se possível, tenha uma composteira para o lixo orgânico! Responsabilidade social A responsabilidade social é um conjunto de ações que uma pessoa ou empresa adota e traz algum benefício à sociedade. Pode ser através de proteção ao meio ambiente, educação da comunidade local, incentivo à prática esportiva ou mesmo pequenos gestos no dia a dia. Na prática, todas as ações que pensam em sanar e buscar soluções para questões estruturais da sociedade contemplam a responsabilidade social, como: ações afirmativas de inclusão para pessoas negras, mulheres e LGBTQIA+, além da necessidade de dar seguridade e autonomia aos mesmos. Quem já está fazendo? De forma diferentes, muitas iniciativas já fomentam soluções para questões socioambientais. Conheça comunidades que geram impacto positivo pelo Brasil: G10 Favelas O G10 Favelas é uma organização sem fins lucrativos atuando como um Bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas. Em três anos, o G10 saiu de 10 favelas e hoje está presente em todo o Brasil. A organização acontece por meio de coordenadores de estado e presidentes de ruas, sendo mais de 600 só em Paraisópolis (SP) e somando 4.100 em todo o país. Engajamundo É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, criada por um grupo de jovens preocupados em engajar a juventude brasileira em negociações ambientais de forma efetiva e inclusiva. Como ferramenta, a Engajamundo utiliza de formação, mobilização e ações de ativismo dedicadas ao empoderamento para compreender, participar e incidir em processos de inovação. Vale do Dendê A Vale do Dendê é uma holding social destinada a fomentar ecossistemas de inovação e criatividade com foco na diversidade. Atuando especialmente no fomento ao ecossistema do Nordeste. Este trabalho começou em 2016 com agentes públicos, representantes do universo acadêmico e de organizações sociais, que se reuniram para ajudar na criação e validação de um modelo de negócio transformador, diverso e inclusivo. CIVI-CO Uma comunidade de empreendedores, organizações e ativistas cívico socioambientais que trabalham para gerar transformações positivas na sociedade e no espaço público. O CIVI-CO fomenta o empreendedorismo de impacto cívico socioambiental e promove conhecimento para engajar a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada nas causas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Seja membro e conheça nossa comunidade! *Texto escrito com muito carinho pelo time de comunicação CIVI-CO
Os povos indígenas e a importância de votar neles e por eles

Agosto é o mês internacional dos povos indígenas. Celebrado no dia 9, data criada pela ONU, busca dar destaque à importância de assegurar os direitos dos povos originários em todo o mundo. O dia valida a garantia dos Direitos Humanos aos povos indígenas, reconhecendo e valorizando suas culturas, visões de mundo, línguas e costumes como aspectos identitários fundamentais. Vale ressaltar que o termo “povo indígena” significa “originário de determinado país, região ou localidade”, ou seja, refere-se às populações que viviam em seus territórios antes das invasões coloniais. Buscam conservar, desenvolver e transmitir seus territórios ancestrais e sua identidade étnica às próximas gerações. Os povos indígenas marginalizados e dizimados Os Indígenas, juntamente com os povos quilombolas, ribeirinhos e extrativistas são hoje (e sempre foram) os responsáveis por garantir a proteção das florestas. Isso significa que, consequentemente, eles também regulam o clima, produzem a chuva e asseguram a maior biodiversidade do planeta, fonte de novos alimentos e medicamentos. A paralisação da demarcação dos territórios destas populações, o crescente avanço do desmatamento, o descaso com a vulnerabilidade desses povos frente à pandemia do coronavírus e o questionamento de seus direitos em Brasília se somam ao agravamento dos conflitos no campo. Nos últimos anos o número de invasões de madeireiros, grileiros e garimpeiros, o desmatamento e a destruição da floresta, rios, suas culturas e modos de vida cresceu vertiginosamente. Fazer frente: a bancada do cocar Em abril deste ano de 2022, a maior mobilização indígena brasileira aconteceu em Brasília. Na ocasião, lideranças indígenas discutiram a organização e a representação política de seus povos nos espaços de poder institucionais. O movimento lançou mais de 30 candidaturas indígenas em diferentes estados do país para concorrer às eleições de outubro. Surge então o projeto da Bancada do Cocar, que busca combater a bancada ruralista no Congresso Nacional. Esse movimento nasce da necessidade de sobrevivência e com força, por causa do aumento de ataques aos direitos indígenas e ambientais. O resultado é uma maior participação indígena nas eleições, tanto de candidatas quanto de eleitores. Na hora de votar, lembre-se que nosso futuro é resguardado pelos povos indígenas. Os povos originários que nunca deixaram de se enxergar e nos enxergar como Natureza. Procure candidaturas indígenas. Frear o avanço do desmatamento, das queimadas, da mineração e do agronegócio é nosso dever. Dar uma nova cara aos nossos representantes e diversificar os palanques também e estão ao nosso alcance! Referências: https://blog.atados.com.br/ Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, do Conselho Indigenista Missionário, o CIMI Foto de capa: tribo tupi guarani | shutterstock
O que o Plástico de uso único tem a ver com mudança climática? Por Paulina Chamorro

Plástico de uso único e mudança climática por Paulina Chamorro, Comunicadora e Educadora Ambiental | @pauli_chamorro Fechando o Julho sem Plástico, um movimento global para alertar, conhecer, debater e lutar por um mundo com menos plástico, e infelizmente estamos encerrando com dados nada animadores. Atualmente, são colocadas no ambiente cerca de um caminhão por minuto de resíduos plásticos no oceano. São materiais que não foram reciclados e pior, nem pensaram em ser reciclados quando criados. Olha para tua volta. Quanto tem de plástico? Quanto disso é durável e quanto é de uso único? O Brasil tem uma conta absurda e um peso enorme nessa história. De acordo com a ONG Oceana, que fez o primeiro e mais completo levantamento sobre o uso do plástico no Brasil (antes a gente só tinha estimativas mais vagas), o país produz 500 bilhões de itens plásticos descartáveis por ano. A maior parte disso não será reciclada jamais, gerando montanhas de resíduos, que não vão se degradar, em aterros (no melhor dos mundos), e em lixões, uma realidade brasileira. Dali, para chegar em córregos, depois no mar, virar microplástico e se espalhar por todos os ambientes, é um pulo. E é um volume no Brasil que não dá conta de ser reciclado. Infelizmente esta é uma realidade em todo o mundo. Não se recicla cerca de 90% do plástico que é colocado no mercado. Ou seria ambiente? Outro fator importante nesta dinâmica ineficiente é que a maioria dos plásticos que temos acesso são embalagens e utensílios que ficam muito pouco tempo na mão ou em uso e depois são descartados. Acontece que boa parte do plástico usado, apesar de ter o símbolo de reciclagem, não pode ser reciclado. É feito com misturas de materiais, que simplesmente na hora de mandar para processamento não é aceito de volta. Há muitas, décadas, acompanho, falo e escrevo com atenção a questão do consumo, geração de resíduos e a crescente produção e oferta de plástico descartável, de uso único. E tenho visto e conversado com muitos representantes de cooperativas de catadores e catadoras, estes trabalhadores que são verdadeiros agentes ambientais e que têm a perfeita noção do tamanho da encrenca sobre resíduos nas cidades. E o plástico, ainda mais depois da pandemia, só tem se acumulado e acumulado nas cooperativas. Com a pandemia, aumentou ainda mais o volume de descartáveis que são difíceis de serem reciclados, como o isopor ou as sacolinhas de delivery. No setor de delivery, a propósito, o consumo saltou 46% de 2019 a 2021. São 25 mil toneladas de plásticos de único uso. Ou 68 toneladas por dia e 2,8 toneladas por hora. Pois bem, era para te alarmar mesmo. Este é o mundo real atolado em plástico. Se a reciclagem não funciona e estamos atolados em plásticos e a produção só aumenta, o que podemos fazer? E o que isso tem a ver com a mudança climática? Plástico, petróleo e mudanças climáticas Vamos lá. Na última Conferência dos Oceanos, em Lisboa, Portugal, terminada em 1 de julho de 2022, e que teve como um dos centros das discussões a poluição plástica como um fator de declínio de saúde dos mares, uma declaração de uma ministra de meio ambiente me pegou: o plástico é um derramamento de petróleo lento nos mares. E é isso mesmo. O plástico é feito de petróleo, sabia? Atualmente, 8% da extração de petróleo é para produzir plástico, sendo 4% usado como matéria-prima e a outra parte na energia para produzir (dados da UN Ocean Conference 2022, ONU). E o que ouvi em Lisboa é que vamos chegar nesse ritmo de produção, a 20% do uso de petróleo para a produção de plástico até 2050. Ou seja, vamos dobrar em pouco mais de 25 anos. A emissão de gases de efeito estufa devido à ação humana é a principal causa das mudanças climáticas e alteração profunda que estamos causando no Planeta. Parece um universo distópico que ainda estejamos vendo projeções de aumento de produção de um material que não é reciclado, que não é reutilizado e que não tem fim. O plástico não desaparece mais. Ele fica no ambiente, e já está até no ar que respiramos e no sangue que corre em nossas veias. Ainda falando de mudança climática e o plástico, já temos zonas mortas no mar, criadas por camadas de plástico e microplástico, que não deixam que exista a evaporação e fornecimento de oxigênio, outra função primordial dos mares. Com isso, também o oceano perde sua capacidade de absorção de carbono e do calor do Planeta. Imaginou o tamanho do enrosco? A solução é uma mudança radical na forma de produção. Estancar. Quais são as soluções possíveis? O papel das empresas hoje é criar, inovar, gerar alternativas – que existem, e aos montes, a partir de fontes renováveis ou naturais, para que a sociedade possa ter alternativas de viver em um Planeta livre de plástico descartável. E o nosso? Seguir cobrando e fazendo as escolhas certas, quando possível. Não existe Planeta B e nem plano B. Continue lendo, se informando e disseminando hábitos mais conscientes. Seu engajamento é fundamental para uma mudança macro significativa. Sozinhas somos gota, juntas oceano. Para saber mais: “No Brasil produzimos 2,95 milhões de toneladas de plásticos de uso único, produtos e embalagens que não são concebidos, projetados ou colocados no mercado para perfazer múltiplas viagens ou rotações no seu ciclo de vida. Do volume total de produção de plástico de uso único, 87% corresponde à categoria de embalagens em geral e 13% à categoria de produtos descartáveis como pratos, talheres, copos, sacolas plásticas e canudos. Isso equivale a produzir cerca de 500 bilhões de itens descartáveis, como copos, talheres, sacolas plásticas, e embalagens em geral – tanto rígidas quanto flexíveis –, que representam a maior fatia do mercado de plásticos de uso único”. Diz o relatório “Um Oceano Livre de Plastico”. Paulina Chamorro é jornalista com mais de duas décadas de cobertura em temas ambientais. Fez do Oiapoque ao Chui em um
Você sabia que mais da metade das emissões de Carbono ocorreram nos últimos 30 anos?

Cerca de 52,74% da emissão de CO2 em todo o mundo ocorreu a partir de 1990*. Dióxido de Carbono (CO2) é um dos principais gases causadores do efeito estufa. E, mesmo durante a Revolução Industrial (século XVIII), teve seu crescimento muito mais lento, quando comparado aos últimos anos. Estados Unidos, China, Rússia, Brasil e Indonésia são, nessa ordem, os cinco países que mais acumulam emissão de dióxido de carbono, atualmente. O plástico é leve, mas tem peso nessa história A produção de plásticos em si poderá gerar 53,5 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2050. Se considerarmos a incineração dos resíduos plásticos, esse número sobe para quase 56 bilhões de toneladas. Aquele leve, que vira um peso pesado no que tange o impacto ambiental. Mas nem só de plástico vive a emissão de carbono… Cerca de 86% das emissões de dióxido de carbono do mundo vêm da queima de combustíveis fósseis para a produção de energia e materiais. Seguido da agricultura e do uso da terra. Ao contrário do resto do mundo, esse é o primeiro causador no Brasil. Por essas e outras, a importância de frear o desmatamento e pensar na produção agrícola com o viés da permacultura – de forma a restabelecer o padrão natural de produção e o reflorestamento. Recuperar nossas florestas pelo mundo é uma urgência e fator decisivo para o controle do aquecimento global. As metas talvez não sejam suficientes Mesmo que os países cumpram as promessas feitas na COP26, Conferência do Clima de Glasgow, em 2021, para frear o aquecimento global, o planeta deve aquecer 2,4°C até o fim do século. Isso está muito acima do patamar considerado seguro pelos cientistas. Falamos tanto na importância de reduzir as emissões de CO2 e pouco sobre o que pode acontecer, caso esse cenário não mude e se agrave. Ainda é muito incerto o tamanho do impacto do aquecimento global. Mas as mudanças causadas por ele podem resultar na escassez de água doce, na redução da capacidade global de produzir alimentos, no aumento de inundações, tempestades, em ondas de calor e seca. Dicas básicas para reduzir sua pegada de carbono no dia a dia Se você também não aguenta mais ver nosso futuro ser transformado em pó, calor e fumaça, saiba que é possível agir para transformar essa cruel realidade. Listamos algumas ideias abaixo: Se informe sobre as mudanças climáticas. É uma realidade, não negar sua existência e importância é fundamental; Vote em candidatos que têm o debate das mudanças climáticas na agenda; Cobre transparência das empresas sobre suas emissões e compromissos com a pegada de carbono; Consuma produtos locais e da época (sazonais); Reduza o consumo de carnes, especialmente, a bovina; Compre somente produtos necessários para o seu dia a dia e, de preferência, opções ecológicas; Priorize o transporte público ou alternativos, como a bicicleta; Recicle seus resíduos. Quer mais dicas? Vem cá que a gente tem! *Global Carbon Project. BBC Fontes: https://www.carbonbrief.org/ https://agenciabrasil.ebc.com.br/
Você sabia que tem plástico no seu prato de comida?

Uma pesquisa* encomendada pela WWF em 2019 concluiu que a população de países industrializados está ingerindo cerca de 5 gramas de fragmentos de matéria plástica a cada semana. Isso equivale, aproximadamente, ao peso de um cartão de crédito. Chegar a esse resultado foi um importante passo para entender e dimensionar quais são e o tamanho das consequências disso para nosso organismo, a médio e longo prazo. Pois ainda não se sabe, mas o problema promete ser maior do que imaginamos… De onde vem esse plástico? A maior parte das partículas plásticas consumidas pela população humana vem da água que ingerimos. Independentemente de qual for a fonte. Cerca de 83% da água de torneira do mundo inteiro está contaminada com microplásticos, segundo levantamento inédito da organização Orb Média. Os animais marinhos vêm na sequência, principalmente mariscos, mexilhões e ostras. Há muito plástico descartado e poluindo o oceano – e esse é absorvido e ingerido pelos animais marinhos – que, por sua vez, são consumidos por humanos. A ingestão de plástico já foi registrada em mais de 240 espécies. Cerveja e sal estão juntos no topo da lista de insumos mais contaminados por essas partículas. As frutas e verduras não ficam atrás, já que em seu ciclo de vida, absorvem a água contaminada por plástico. Dessas, as mais contaminadas são as maçãs e as cenouras. Aquele monte de plástico Todo ano, 270 milhões de toneladas de plástico são produzidas no mundo. Mais de 40% é aquele chamado de ‘uso único’, ou seja, usado apenas uma vez – normalmente, por um curto período de tempo – e descartado. Apesar de sua breve vida útil, o plástico persiste no ambiente por séculos a fio, poluindo aterros, praias, rios e oceano. Você vai gostar de ler: A cultura do descartável: como chegamos até aqui? Como fica a saúde humana ingerindo tanto microplástico? O microplástico atua como captador de poluentes orgânicos persistentes, cujas principais características são semivolatilidade, persistência, bioacumulação e toxicidade – ou seja, altamente nocivos. Estão diretamente ligados a disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Eles agem se fixando na gordura do corpo, no sangue e nos fluidos corporais dos seres vivos. O plástico está poluindo o ar que respiramos, a água que bebemos e a comida que comemos. Não se sabe ainda dimensionar o impacto dessa ingestão ampla e contínua na saúde humana, mas até onde se sabe, não é possível eliminar essas micropartículas do corpo. A alternativa, então, é diminuir cada vez mais o consumo e o descarte de plástico. Dos processos de produção, ao uso rotineiro, pensar em alternativas que sejam mais duradouras, menos descartáveis e de mais fácil e rentável reciclagem. Que todos consumam menos plástico virgem (o plástico novo) e designam uma cadeia circular completa. Nesse #julhosemplástico, fica o alerta e o convite para reduzir o uso de plástico do dia a dia, procurar destinar os resíduos da forma correta e fazer #trocaspositivas, pensando na sua saúde, no bem do meio ambiente e no futuro da humanidade. *No Plastic in Nature: Assessing Plastic Ingestion from Nature to People Outras fontes: https://cetesb.sp.gov.br/centroregional/a-convencao/poluentes-organicos-persistentes-pops/ https://www.sciencedirect.com/journal/environmental-research https://awsassets.panda.org/downloads/plastic_ingestion_press_singles.pdf https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0013935120305703?via%3Dihub
O país do descarte: Brasil é o quarto maior produtor de lixo do mundo

Eis o panorama atual: se continuarmos no mesmo ritmo, em 2030 o Brasil baterá o recorde de 100 milhões de toneladas de lixo por ano. O número é assustador, concorda? Mas infelizmente é a realidade, já que em 2018 o Brasil produziu uma média de 79 milhões de toneladas de lixo. O panorama do descarte no Brasil Ao olharmos os números, a realidade do descarte do plástico no Brasil não é muito fácil de encarar. Das 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos produzidos por ano, 13,5% são de polímeros, de acordo com a SELURB (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana). Isso nos leva diretamente ao posto de quarto maior produtor de lixo no mundo, com 11,3 milhões de toneladas de plástico por ano – o que torna um quadro de reversão cada vez mais difícil. “O lixo é uma narrativa sobre pequenos hábitos cotidianos de uma sociedade, é reflexo do que somos e do que temos” – e como chegamos até aqui? Brasil e a produção de lixo de plástico: uma história perigosa A primeira fábrica de poliestireno (material bastante comum na produção de copos plásticos e espuma) no mundo foi fundada em 1949, em São Paulo: a Bakol S.A. A chegada da indústria de plásticos era sinônimo de modernidade e esta possibilitava, também, a redução dos custos de produção, principalmente de bens manufaturados de consumo doméstico e pessoal, como sapatos e embalagens. Desde então, diversos setores do mercado incorporaram o material plástico: desde a chegada das garrafinhas PET até às fraldas descartáveis, lançadas pela Johnson & Johnson. A cultura dos descartáveis é, então, concretizada de fato na década de 1990, com o aumento das importações brasileiras de produtos de bens de consumo oriundos de um país que viria a ser um dos maiores importadores anos depois: a China. Com a aceleração da entrada dos fornecedores chineses, a produção de plástico chegou a R$ 53,83 bilhões em 2011, de acordo com dados da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico). A grande questão aqui, no entanto, é que essa enorme quantidade de plástico produzida não é devidamente tratada e é essa a fórmula que leva o Brasil a ocupar o topo mundial quando o assunto é lixo de plástico. Você vai gostar: Vizinhos em Comunidade pelo LIXO ZERO Caminhos possíveis? Em 2010, foi criada a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a fim de reduzir o impacto de resíduos sólidos no meio ambiente. A partir disso, foram criadas uma série de metas para gerenciamento ambiental a serem cumpridas em todo o país. Em algumas cidades, já existem, inclusive, políticas próprias: a cidade do Rio de Janeiro baniu, desde 2018, os canudinhos. Em cidades como Arraial do Cabo é proibido utilizar materiais de plástico na orla das praias. Além disso, em março de 2019 o Ministério do Meio Ambiente lançou o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar (PNCLM). Ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, foi assinada a emenda da Convenção de Basileia (no contexto da COP-14) sobre o controle transfronteiriço de resíduos plásticos. Ressaltamos, ainda, que falar sobre o problema do plástico é reconhecer a necessidade de fortalecer e ampliar o debate sobre o acesso à água, ao saneamento básico, à coleta seletiva em todos os pontos da cidade – questões essenciais para a sobrevivência humana. Por fim, vale lembrar que o problema do plástico é um problema da sociedade como um todo. Por isso, sempre que puder, se envolva nas questões, busque as entidades que propõem o diálogo sobre essas questões e cobre as autoridades. Nosso consumo é um manifesto!
A cultura do descartável: como chegamos até aqui?

Nos dias de hoje pode parecer loucura, mas até a década de 1950, as pessoas davam ao plástico a mesma importância e respeito que o vidro ou a seda. No entanto, quando as empresas de bens de consumo descobriram as vantagens dos polímeros, surgiu um estilo de vida que gera mais e mais lixo. Começou, então, o que viria a ser a cultura do descartável. Do uso doméstico ao descarte de bilhões Diferente do que acontece nos dias de hoje, houve um tempo em que as coisas eram feitas para durar e pouco era desperdiçado ou jogado fora. Era comum que embalagens fossem reutilizadas ou devolvidas – bastava lavá-las ou retorná-las aos seus donos, como era o caso do leite e do leiteiro. Após a Segunda Guerra Mundial, período que marca o início da ascensão do plástico, as pessoas o tratavam com cuidado, assim como faziam com outros materiais e embalagens. Foi no final da década de 1950, entretanto, que a economia passou a consumir cada vez mais recursos e os fabricantes começaram a apostar no plástico, plantando, assim, a semente da cultura descartável. Assim, no início da década 1960, bilhões de itens de plástico já enchiam lixões, aterros e incineradores no mundo ocidental. Em 1978, a Coca-Cola introduziu a garrafa PET em suas linhas de produção, simbolizando uma nova era para as bebidas de consumo em massa. A ascensão da Cultura Descartável Foram diversos fatores que contribuíram para o fortalecimento de uma cultura ditada por produtos de baixa durabilidade. Um desses fatores foi justamente o investimento de grandes fabricantes nas embalagens plásticas e disseminação dessa abordagem nos países em desenvolvimento. Um estilo de vida descartável era um sinal de modernidade. Outro fator fundamental para tamanha ascensão foram os níveis de emprego que aumentaram de tal forma que mais mulheres entraram na força de trabalho. Não havia mais tempo hábil para cozinhar ou fazer tarefas domésticas. Foi assim que refeições pré-cozidas vendidas nas redes de supermercados passaram a fazer parte da rotina das famílias – e junto delas, as embalagens plásticas. Produtos descartáveis passaram, assim, a simbolizar o estilo de vida em uma economia capitalista que é, simultaneamente, causa e consequência da densidade e velocidade da vida moderna. Leia também: A história do plástico Os dias de hoje O reflexo da cultura do plástico nos dias atuais é notório: conquistaram os grandes festivais, festas e megaeventos. São copos, talheres, pratos de plástico – caminhões de lixo que só podem ser incinerados ou aterrados. A quantidade de lixo e a crescente demanda dos movimentos ambientalistas fizeram com que algumas organizações revissem suas práticas. Hoje, por exemplo, existem alguns eventos que cobram um depósito pelos copos. Nesse sentido, é inegável que a mentalidade descartável ainda é dominante, pois facilita alguns aspectos da vida moderna. No entanto, precisamos rever urgentemente nossas práticas enquanto sociedade. A Cultura do Descartável, afinal, continua a deixar o futuro incerto – isso porque hoje precisaríamos de um planeta e meio para suportar todo o nosso consumo. Buscar informações, práticas sustentáveis e apoiar empresas que têm a sustentabilidade como pilar faz parte de uma jornada que todos precisaríamos cumprir. Afinal, só temos um planeta – então, que cuidemos dele. Leia também: 20 dicas para se livrar de vez do plástico!
Terpenos: o que são e para que servem?

Você já ouviu falar nos terpenos? O nome pode parecer estranho, mas tenho certeza de que o cheiro do terpeno lhe é bastante familiar: sabe aquele cheirinho de limão que remete aos produtos de limpeza? O responsável por ele é o terpeno – e hoje vamos te contar tudo sobre ele! Vamos lá? O que é terpeno? Os terpenos, também chamados de terpenoides, são compostos orgânicos aromáticos produzidos naturalmente pelos vegetais. Suas variedades são muitas: existem mais de 20 mil tipos descritos! Dentre as funções dos terpenos, podemos citar a proteção das plantas de altas temperaturas e pragas, além de atrair insetos polinizadores. Alguns desses compostos são voláteis, ou seja, possuem alta pressão de vapor e, quando entram em contato com a atmosfera, se transformam em gás – e pelas fragrâncias agradáveis que exalam, são muito encontrados nos óleos essenciais. Quais são os tipos de terpenos? São diversos os tipos de terpenos e eles são agrupados de acordo com o tamanho da cadeia de moléculas. A seguir, mostramos alguns exemplos, onde ocorrem e quais são seus efeitos. Onde são encontrados os terpenos? Os terpenos podem ser extraídos de diversas partes dos vegetais, incluindo sementes, flores, folhas, raízes, entre outras. Eles são encontrados em plantas como lavanda, eucalipto, cravo, lírio, limão e muitas outras! O terpeno limoneno é o mais abundante na natureza e você pode encontrá-lo na forma de óleo essencial ou como componente de produtos à base de terpenoides – como é o caso do nosso multiuso concentrado. Terpenos na limpeza da casa? Sim! Como dissemos, é possível encontrar o terpeno em produtos feitos à base desse ingrediente, principalmente na composição de produtos de limpeza ecológicos. Isso porque os terpenos cítricos são bactericidas e fungicidas. Além disso, os terpenos são excelentes solventes de gordura, e ainda atuam na limpeza e desinfecção das superfícies. O terpeno, afinal, é uma excelente substituição aos compostos petroquímicos tóxicos e nocivos à saúde. Ou seja, cuida da casa e do planeta! Com o nosso Multiuso Concentrado, por exemplo, você deixa de comprar até 8 produtos para a limpeza da casa. Sabe aquela velha história de que precisamos de um item pra cada canto? Pois é! Não é verdade. Os terpenos estão aí para provar que dão conta do recado. Além disso, o nosso Lava Roupas Líquido também tem terpenos na composição. Você não precisa de amaciante, fica com as roupas limpas e com um cheirinho delicioso de laranja! Que tal trocar seus produtos de limpeza convencionais por opções naturais à base de terpeno? Você pode começar agora mesmo acessando o nosso site e utilizando o nosso cupom especial para leitores do blog! Vem fazer parte dessa mudança <3 Fonte: Greenpower
Selo agricultura familiar: entenda a importância

Já ouviu falar no selo agricultura familiar? Ele é um dos que mais enchem a gente de orgulho pela nossa história e, neste post, você entenderá a sua importância! O que é o selo agricultura familiar? O selo agricultura familiar (SENAF), existe desde 2006 e tem como objetivo fomentar, incentivar e acompanhar o trabalho de pequenos agricultores. Hoje, estima-se que a maior parte da nossa agricultura esteja na mão de pequenos produtores. Se você gosta de mandioca (aipim ou macaxeira), por exemplo, vai se surpreender quando souber que quase 87% da produção é de agricultura familiar! Além disso, também podemos citar 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz e tantos outros alimentos que estão diariamente nas nossas casas. Para quem produz, o selo agricultura familiar não só agrega valor, mas demonstra que aquela empresa cuida de forma responsável de toda a sua cadeia de fornecedores. Já para o agricultor familiar, as vantagens são ainda maiores, indo desde a melhor rastreabilidade da produção, incentivo e valorização da produção local. Quais são os tipos de registro SENAF? Atualmente, dentro do Governo Federal, existem sete modalidades do Selo Nacional da Agricultura Familiar. Essas informações foram retiradas do site oficial, e você pode consultar a publicação na íntegra aqui: I – SENAF: do agricultor familiar ou das formas de organização de agricultores familiares. II – SENAF Mulher: da mulher agricultora familiar ou das formas de organização de agricultores familiares, desde que o quadro social seja constituído mais da metade de mulheres agricultoras familiares. III – SENAF Juventude: do agricultor familiar de 15 (quinze) a 29 (vinte e nove) anos de idade ou das formas de organização de agricultores familiares, desde que o quadro social seja constituído mais da metade de jovens agricultores familiares desta faixa etária. IV- SENAF Quilombola: do quilombola agricultor familiar ou das formas de organização de agricultores familiares, desde que o quadro social seja constituído mais da metade de quilombolas agricultores familiares. V – SENAF Indígena: do indígena agricultor familiar ou das formas de organização de agricultores familiares, desde que o quadro social seja constituído mais da metade por indígenas agricultores familiares. VI – SENAF Sociobiodiversidade: concedido exclusivamente aos produtos de que trata a Portaria Interministerial nº 284, de 30 de maio de 2018, do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério do Desenvolvimento Social, ou de outro normativo que vier a substituí-la. VII – SENAF Empresas: da pessoa jurídica adquirente dos produtos de agricultores familiares ou das formas de organização dos agricultores familiares. Por que trabalhar com agricultura familiar? A sustentabilidade das famílias que vivem da agricultura precisa ser alvo da nossa atenção. Além disso, quanto mais reconhecimento desse trabalho, mais chances os pequenos agricultores têm de crescer, investir em tecnologia, sustentabilidade e cuidado com a natureza. Quais as outras certificações da positiv.a? Aqui na positiv.a, temos muito orgulho em ter esse selo! Nós priorizamos a agricultura familiar nas nossas linhas de limpeza e autocuidado e mantemos nossos pés na natureza. Juntos, somos Oceano e estamos cuidando todos os dias do planeta em que vivemos! Além desse selo, você também pode conferir as nossas outras certificações neste post aqui. Portanto, agora que você já sabe a importância do selo agricultura familiar, vem com a gente espalhar essa mudança!
Dia da Terra: da origem da data até a sua importância nos dias de hoje

No dia 22 de abril de 1970, o senado estadunidense estabeleceu que naquela data seria celebrado, anualmente, o Dia da Terra. A comemoração se deu após o derramamento de 11 milhões de litros de óleo no mar de Santa Bárbara, em 1969, após um acidente em uma plataforma de perfuração offshore. 22 de abril: Dia da Terra Essa data é uma grande oportunidade para informar a sociedade sobre os problemas ambientais e o que podemos fazer, enquanto pessoas e coletivo, para conter as mudanças climáticas e a destruição do meio ambiente. Inicialmente comemorado apenas nos Estados Unidos, o Dia da Terra ganhou relevância internacional somente no início dos anos 1990, quando mobilizou milhões de pessoas. Desde então, o Dia da Terra alcançou dimensões globais e continua a ser uma data fundamental para ampliarmos a nossa compreensão acerca das questões ambientais e da importância de protegermos o planeta. Como surgiu a data? No dia 22 de abril de 1970, em reação ao desastre ambiental que ocorreu em Santa Bárbara, milhões de pessoas foram às ruas de diversas cidades nos Estados Unidos para protestar contra as crises ambientais da época. Inspirado pelas manifestações contra a crise ambiental provocada pela poluição atmosférica, a poluição das águas e o derramamento de óleo, Gaylord Nelson levou ao congresso medidas para debater e solucionar problemas ambientais. As medidas foram aprovadas e assim foram criadas a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e leis como a Lei Nacional de Educação Ambiental. Leia mais: Dia de Sobrecarga da Terra: nossa real demanda por recursos naturais Importância do Dia da Terra Foi em 1950, após uma série de desastres nos EUA, que cientistas do mundo todo começaram a dar mais atenção aos impactos que a rápida industrialização estava causando no meio ambiente. Além disso, a preocupação com a fome em massa, o grande crescimento populacional, a poluição do ar e da água deram impulso para que o movimento ambientalista surgisse. Essas preocupações somaram-se ao desastre ocorrido em Santa Bárbara e a criação do Dia da Terra e levaram os debates ambientais à ordem do dia. Desde então, diversas ações e entidades passaram a articular ações em prol do planeta. A Earth Day Network, por exemplo, uma organização que coordena o movimento, promove diversos eventos, transmissões pela internet e debates com personalidades para celebrar o Dia da Terra. Além disso, a data se tornou um importante acontecimento educativo e informativo para a reflexão acerca dos problemas e soluções relacionadas ao meio ambiente. Pequenas atitudes, grandes impactos Enquanto escrevo este texto, me questiono: será que existe algo que possamos fazer, enquanto cidadãos e cidadãs, para “celebrarmos” o Dia da Terra? A resposta é: sim! Isso porque, de acordo com o Latin American Quality, existem algumas atitudes que podemos tomar que, por mais que pareçam pequenas, geram um grande impacto. São elas: Substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras de energia; Desconectar os aparelhos eletrônicos ao máximo; Ensinar às crianças que apreciem e cuidem da natureza; Refletir sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente; Evitar o consumo de carnes, alimentos processados e considerar uma alimentação sem carne. Por fim, não podemos deixar de fora um item fundamental: reavaliarmos nosso consumo! E se você não sabe por onde começar, como um dia também não soubemos, que tal começar a praticar o consumo consciente hoje mesmo? Afinal, sabemos que cada passo conta! Aproveite o Dia da Terra para dar esse passo positivo e conte com a gente para iniciar essa jornada! 😉