Poluição do ar interno: proteja sua saúde em casa

Você já parou para pensar na qualidade do ar que respira dentro de casa? Enquanto muitos associam a poluição ao trânsito e às fábricas, poucos sabem que o ar interno pode ser até cinco vezes mais poluído do q
ue o externo.


Isso acontece devido à circulação restrita e à presença de poluentes invisíveis, como compostos químicos, mofo e até partículas de poeira.

A poluição do ar interno refere-se à presença de substâncias nocivas no ar de ambientes fechados, como residências, escritórios, escolas e hospitais.

Esses poluentes podem ser químicos, biológicos ou particulados e vêm de diversas fontes, incluindo produtos de limpeza, tintas, materiais de construção, fumaça e até a própria respiração dos ocupantes do ambiente.

O interesse por esse tema cresceu a partir da década de 1970, quando a crise energética levou à construção de edifícios selados, sem ventilação natural. Esse novo modelo de construção reduziu as trocas de ar e aumentou a concentração de poluentes nos ambientes internos, dando origem ao conceito de Qualidade do Ar Interno (QAI).

Hoje, estudos indicam que a má qualidade do ar interno pode estar diretamente relacionada a doenças respiratórias, alergias e até à chamada Síndrome dos Edifícios Doentes (SED).

Quais são os principais poluentes internos?

Existem diferentes tipos de poluentes internos, e eles podem ser classificados em três categorias principais:

1. Agentes químicos

Os poluentes químicos incluem substâncias tóxicas liberadas por produtos de limpeza, tintas, móveis e materiais de construção. Um dos grandes vilões é o formaldeído, encontrado em móveis de madeira compensada e em alguns desinfetantes. Esse composto é altamente irritante e pode causar tonturas, náuseas e, em exposições prolongadas, até câncer.

Outros poluentes químicos comuns incluem:

  • Compostos Orgânicos Voláteis (COVs): presentes em tintas, solventes e produtos de limpeza.
  • Gases tóxicos: como monóxido de carbono, dióxido de enxofre e amônia.
  • Fragrâncias artificiais: encontradas em aromatizadores de ambiente e produtos perfumados, muitas vezes contendo ftalatos, que afetam o sistema hormonal.

Leia também: “os perigos da inalação de água sanitária”

2. Agentes biológicos

Os agentes biológicos incluem vírus, bactérias, fungos e ácaros, que se proliferam em ambientes úmidos e mal ventilados. O mofo, por exemplo, pode desencadear reações alérgicas, ataques de asma e até infecções pulmonares. Além disso, locais com baixa renovação de ar podem favorecer a propagação de doenças respiratórias.

3. Material particulado

São pequenas partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar, que podem ser inaladas e causar danos ao sistema respiratório. Poeira, fuligem, partículas liberadas por fogões a gás e até mesmo fibras de amianto (ainda encontradas em construções antigas) são exemplos desse tipo de poluente.

Como a poluição do ar interno afeta a saúde?

A exposição prolongada a esses poluentes pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo:

  • Irritação nos olhos, nariz e garganta
  • Tosse e dificuldade para respirar
  • Alergias e crises de asma
  • Dores de cabeça e fadiga
  • Doenças respiratórias crônicas

O que a ANVISA diz sobre a qualidade do ar interno?

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece padrões de qualidade para o ar interno em ambientes climatizados de uso público e coletivo. A Resolução RE nº 9/2003 define os parâmetros aceitáveis para diferentes poluentes e a importância da manutenção de sistemas de climatização para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

Como purificar o ar da sua sasa?

A boa notícia é que existem maneiras eficazes de melhorar a qualidade do ar interno e reduzir os riscos à saúde. Aqui estão algumas práticas essenciais:

Ventile bem os ambientes: Abra as janelas sempre que possível para permitir a entrada de ar fresco e reduzir a concentração de poluentes.

Use produtos de limpeza naturais: Evite produtos com fragrâncias artificiais e derivadas de petróleo. Conheça opções seguras aqui.

Invista em purificadores de ar: Equipamentos com filtros HEPA podem ajudar a remover partículas suspensas no ar.

Evite o uso de aerossóis e velas perfumadas: Muitos contêm substâncias químicas nocivas.

Controle a umidade: Mantenha a umidade entre 40% e 60% para evitar a proliferação de mofo e ácaros.

Adote plantas purificadoras: Algumas plantas, como espada-de-são-jorge e jiboia, ajudam a remover toxinas do ar.

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