Como identificar tipos de plástico?

Entendendo as Diferenças entre Bioplásticos e Plásticos Convencionais. No mundo atual, a preocupação com o meio ambiente está levando à busca por alternativas mais sustentáveis aos plásticos convencionais derivados de fontes fósseis. Nesse contexto, surgem os bioplásticos, que apresentam uma variedade de características distintas em relação aos plásticos tradicionais. Vamos explorar as diferenças entre eles? Como se classificam os plásticos? Plásticos convencionais (não biodegradáveis e de fonte fóssil) Os plásticos convencionais, como PE (polietileno), PP (polipropileno) e PET (polietileno tereftalato), são derivados de fontes fósseis, como petróleo ou gás natural. Eles são altamente duráveis e não biodegradáveis, o que significa que podem persistir no meio ambiente por centenas de anos após o descarte. A poluição causada por esses plásticos tem sido uma das principais preocupações ambientais, devido à sua lenta degradação e aos impactos negativos na vida selvagem e nos ecossistemas marinhos. Bioplásticos não biodegradáveis, mas de fonte renovável (PE, PET, PA) Os bioplásticos como PE (polietileno), PET (polietileno tereftalato) e PA (poliamida) são produzidos a partir de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, milho, beterraba, entre outras. Embora sejam derivados de fontes biológicas, esses bioplásticos não são biodegradáveis, o que significa que não se decompõem facilmente no meio ambiente. Eles compartilham muitas das propriedades dos plásticos convencionais, como durabilidade e resistência, mas oferecem uma pegada de carbono potencialmente menor devido à sua origem renovável. Bioplásticos biodegradáveis e de fonte renovável (PLA, PHA, PBS) Os bioplásticos biodegradáveis, como o PLA (ácido poliláctico), PHA (polihidroxialcanoato) e PBS (polibutileno succinato), são produzidos a partir de fontes renováveis, como amido de milho, cana-de-açúcar, óleos vegetais, entre outros. Eles são capazes de se decompor em componentes naturais através de processos biológicos, tornando-os uma alternativa mais amigável ao meio ambiente. No entanto, é importante observar que a biodegradabilidade desses bioplásticos pode depender das condições ambientais específicas em que são descartados. Leia também, por que é importante reciclar? Bioplásticos biodegradáveis e de fonte fóssil (PBAT, PCL) Alguns bioplásticos são produzidos a partir de fontes fósseis, mas ainda são biodegradáveis. Exemplos incluem PBAT (polibutileno adipato tereftalato) e PCL (poliéster cíclico). Embora possuam propriedades de biodegradabilidade, sua origem a partir de fontes não renováveis pode levantar questões sobre sua sustentabilidade a longo prazo. Em resumo, os bioplásticos representam uma alternativa promissora aos plásticos convencionais, oferecendo uma variedade de opções que variam desde os não biodegradáveis, mas biobased, até os biodegradáveis, derivados de fontes renováveis. No entanto, é importante considerar não apenas a biodegradabilidade, mas também a fonte de matéria-prima e os impactos ambientais gerais ao avaliar a sustentabilidade desses materiais. O saquinho interno dos produtos em pó da positiv.a, são feitos a base de Amido, tem o certificado TUV de compostabilidade (certificado internacional) e biobased. Se cair no mar, se biodegrada em 6 meses. No lixo orgânico/compostagem, se biodegrada em 6 meses. No aterro, se biodegrada de 6 meses. E no meio ambiente: 16 a 20 meses. Opte por embalagens de plástico reciclado e com cores neutras. Empresas comprometidas com a sustentabilidade geralmente divulgam essa informação de forma transparente em seus rótulos e materiais de comunicação. Questionar as empresas que você consome e exigir que elas evitem o uso de plástico virgem é uma atitude crucial para impulsionar mudanças positivas. Precisamos utilizar e reciclar o que já está entre nós. 💚 Leticia Lomonaco, Coordenadora de Marketing de Produto da positiv.a
O que o Plástico de uso único tem a ver com mudança climática? Por Paulina Chamorro

Plástico de uso único e mudança climática por Paulina Chamorro, Comunicadora e Educadora Ambiental | @pauli_chamorro Fechando o Julho sem Plástico, um movimento global para alertar, conhecer, debater e lutar por um mundo com menos plástico, e infelizmente estamos encerrando com dados nada animadores. Atualmente, são colocadas no ambiente cerca de um caminhão por minuto de resíduos plásticos no oceano. São materiais que não foram reciclados e pior, nem pensaram em ser reciclados quando criados. Olha para tua volta. Quanto tem de plástico? Quanto disso é durável e quanto é de uso único? O Brasil tem uma conta absurda e um peso enorme nessa história. De acordo com a ONG Oceana, que fez o primeiro e mais completo levantamento sobre o uso do plástico no Brasil (antes a gente só tinha estimativas mais vagas), o país produz 500 bilhões de itens plásticos descartáveis por ano. A maior parte disso não será reciclada jamais, gerando montanhas de resíduos, que não vão se degradar, em aterros (no melhor dos mundos), e em lixões, uma realidade brasileira. Dali, para chegar em córregos, depois no mar, virar microplástico e se espalhar por todos os ambientes, é um pulo. E é um volume no Brasil que não dá conta de ser reciclado. Infelizmente esta é uma realidade em todo o mundo. Não se recicla cerca de 90% do plástico que é colocado no mercado. Ou seria ambiente? Outro fator importante nesta dinâmica ineficiente é que a maioria dos plásticos que temos acesso são embalagens e utensílios que ficam muito pouco tempo na mão ou em uso e depois são descartados. Acontece que boa parte do plástico usado, apesar de ter o símbolo de reciclagem, não pode ser reciclado. É feito com misturas de materiais, que simplesmente na hora de mandar para processamento não é aceito de volta. Há muitas, décadas, acompanho, falo e escrevo com atenção a questão do consumo, geração de resíduos e a crescente produção e oferta de plástico descartável, de uso único. E tenho visto e conversado com muitos representantes de cooperativas de catadores e catadoras, estes trabalhadores que são verdadeiros agentes ambientais e que têm a perfeita noção do tamanho da encrenca sobre resíduos nas cidades. E o plástico, ainda mais depois da pandemia, só tem se acumulado e acumulado nas cooperativas. Com a pandemia, aumentou ainda mais o volume de descartáveis que são difíceis de serem reciclados, como o isopor ou as sacolinhas de delivery. No setor de delivery, a propósito, o consumo saltou 46% de 2019 a 2021. São 25 mil toneladas de plásticos de único uso. Ou 68 toneladas por dia e 2,8 toneladas por hora. Pois bem, era para te alarmar mesmo. Este é o mundo real atolado em plástico. Se a reciclagem não funciona e estamos atolados em plásticos e a produção só aumenta, o que podemos fazer? E o que isso tem a ver com a mudança climática? Plástico, petróleo e mudanças climáticas Vamos lá. Na última Conferência dos Oceanos, em Lisboa, Portugal, terminada em 1 de julho de 2022, e que teve como um dos centros das discussões a poluição plástica como um fator de declínio de saúde dos mares, uma declaração de uma ministra de meio ambiente me pegou: o plástico é um derramamento de petróleo lento nos mares. E é isso mesmo. O plástico é feito de petróleo, sabia? Atualmente, 8% da extração de petróleo é para produzir plástico, sendo 4% usado como matéria-prima e a outra parte na energia para produzir (dados da UN Ocean Conference 2022, ONU). E o que ouvi em Lisboa é que vamos chegar nesse ritmo de produção, a 20% do uso de petróleo para a produção de plástico até 2050. Ou seja, vamos dobrar em pouco mais de 25 anos. A emissão de gases de efeito estufa devido à ação humana é a principal causa das mudanças climáticas e alteração profunda que estamos causando no Planeta. Parece um universo distópico que ainda estejamos vendo projeções de aumento de produção de um material que não é reciclado, que não é reutilizado e que não tem fim. O plástico não desaparece mais. Ele fica no ambiente, e já está até no ar que respiramos e no sangue que corre em nossas veias. Ainda falando de mudança climática e o plástico, já temos zonas mortas no mar, criadas por camadas de plástico e microplástico, que não deixam que exista a evaporação e fornecimento de oxigênio, outra função primordial dos mares. Com isso, também o oceano perde sua capacidade de absorção de carbono e do calor do Planeta. Imaginou o tamanho do enrosco? A solução é uma mudança radical na forma de produção. Estancar. Quais são as soluções possíveis? O papel das empresas hoje é criar, inovar, gerar alternativas – que existem, e aos montes, a partir de fontes renováveis ou naturais, para que a sociedade possa ter alternativas de viver em um Planeta livre de plástico descartável. E o nosso? Seguir cobrando e fazendo as escolhas certas, quando possível. Não existe Planeta B e nem plano B. Continue lendo, se informando e disseminando hábitos mais conscientes. Seu engajamento é fundamental para uma mudança macro significativa. Sozinhas somos gota, juntas oceano. Para saber mais: “No Brasil produzimos 2,95 milhões de toneladas de plásticos de uso único, produtos e embalagens que não são concebidos, projetados ou colocados no mercado para perfazer múltiplas viagens ou rotações no seu ciclo de vida. Do volume total de produção de plástico de uso único, 87% corresponde à categoria de embalagens em geral e 13% à categoria de produtos descartáveis como pratos, talheres, copos, sacolas plásticas e canudos. Isso equivale a produzir cerca de 500 bilhões de itens descartáveis, como copos, talheres, sacolas plásticas, e embalagens em geral – tanto rígidas quanto flexíveis –, que representam a maior fatia do mercado de plásticos de uso único”. Diz o relatório “Um Oceano Livre de Plastico”. Paulina Chamorro é jornalista com mais de duas décadas de cobertura em temas ambientais. Fez do Oiapoque ao Chui em um
Você sabia que tem plástico no seu prato de comida?

Uma pesquisa* encomendada pela WWF em 2019 concluiu que a população de países industrializados está ingerindo cerca de 5 gramas de fragmentos de matéria plástica a cada semana. Isso equivale, aproximadamente, ao peso de um cartão de crédito. Chegar a esse resultado foi um importante passo para entender e dimensionar quais são e o tamanho das consequências disso para nosso organismo, a médio e longo prazo. Pois ainda não se sabe, mas o problema promete ser maior do que imaginamos… De onde vem esse plástico? A maior parte das partículas plásticas consumidas pela população humana vem da água que ingerimos. Independentemente de qual for a fonte. Cerca de 83% da água de torneira do mundo inteiro está contaminada com microplásticos, segundo levantamento inédito da organização Orb Média. Os animais marinhos vêm na sequência, principalmente mariscos, mexilhões e ostras. Há muito plástico descartado e poluindo o oceano – e esse é absorvido e ingerido pelos animais marinhos – que, por sua vez, são consumidos por humanos. A ingestão de plástico já foi registrada em mais de 240 espécies. Cerveja e sal estão juntos no topo da lista de insumos mais contaminados por essas partículas. As frutas e verduras não ficam atrás, já que em seu ciclo de vida, absorvem a água contaminada por plástico. Dessas, as mais contaminadas são as maçãs e as cenouras. Aquele monte de plástico Todo ano, 270 milhões de toneladas de plástico são produzidas no mundo. Mais de 40% é aquele chamado de ‘uso único’, ou seja, usado apenas uma vez – normalmente, por um curto período de tempo – e descartado. Apesar de sua breve vida útil, o plástico persiste no ambiente por séculos a fio, poluindo aterros, praias, rios e oceano. Você vai gostar de ler: A cultura do descartável: como chegamos até aqui? Como fica a saúde humana ingerindo tanto microplástico? O microplástico atua como captador de poluentes orgânicos persistentes, cujas principais características são semivolatilidade, persistência, bioacumulação e toxicidade – ou seja, altamente nocivos. Estão diretamente ligados a disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Eles agem se fixando na gordura do corpo, no sangue e nos fluidos corporais dos seres vivos. O plástico está poluindo o ar que respiramos, a água que bebemos e a comida que comemos. Não se sabe ainda dimensionar o impacto dessa ingestão ampla e contínua na saúde humana, mas até onde se sabe, não é possível eliminar essas micropartículas do corpo. A alternativa, então, é diminuir cada vez mais o consumo e o descarte de plástico. Dos processos de produção, ao uso rotineiro, pensar em alternativas que sejam mais duradouras, menos descartáveis e de mais fácil e rentável reciclagem. Que todos consumam menos plástico virgem (o plástico novo) e designam uma cadeia circular completa. Nesse #julhosemplástico, fica o alerta e o convite para reduzir o uso de plástico do dia a dia, procurar destinar os resíduos da forma correta e fazer #trocaspositivas, pensando na sua saúde, no bem do meio ambiente e no futuro da humanidade. *No Plastic in Nature: Assessing Plastic Ingestion from Nature to People Outras fontes: https://cetesb.sp.gov.br/centroregional/a-convencao/poluentes-organicos-persistentes-pops/ https://www.sciencedirect.com/journal/environmental-research https://awsassets.panda.org/downloads/plastic_ingestion_press_singles.pdf https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0013935120305703?via%3Dihub
O país do descarte: Brasil é o quarto maior produtor de lixo do mundo

Eis o panorama atual: se continuarmos no mesmo ritmo, em 2030 o Brasil baterá o recorde de 100 milhões de toneladas de lixo por ano. O número é assustador, concorda? Mas infelizmente é a realidade, já que em 2018 o Brasil produziu uma média de 79 milhões de toneladas de lixo. O panorama do descarte no Brasil Ao olharmos os números, a realidade do descarte do plástico no Brasil não é muito fácil de encarar. Das 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos produzidos por ano, 13,5% são de polímeros, de acordo com a SELURB (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana). Isso nos leva diretamente ao posto de quarto maior produtor de lixo no mundo, com 11,3 milhões de toneladas de plástico por ano – o que torna um quadro de reversão cada vez mais difícil. “O lixo é uma narrativa sobre pequenos hábitos cotidianos de uma sociedade, é reflexo do que somos e do que temos” – e como chegamos até aqui? Brasil e a produção de lixo de plástico: uma história perigosa A primeira fábrica de poliestireno (material bastante comum na produção de copos plásticos e espuma) no mundo foi fundada em 1949, em São Paulo: a Bakol S.A. A chegada da indústria de plásticos era sinônimo de modernidade e esta possibilitava, também, a redução dos custos de produção, principalmente de bens manufaturados de consumo doméstico e pessoal, como sapatos e embalagens. Desde então, diversos setores do mercado incorporaram o material plástico: desde a chegada das garrafinhas PET até às fraldas descartáveis, lançadas pela Johnson & Johnson. A cultura dos descartáveis é, então, concretizada de fato na década de 1990, com o aumento das importações brasileiras de produtos de bens de consumo oriundos de um país que viria a ser um dos maiores importadores anos depois: a China. Com a aceleração da entrada dos fornecedores chineses, a produção de plástico chegou a R$ 53,83 bilhões em 2011, de acordo com dados da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico). A grande questão aqui, no entanto, é que essa enorme quantidade de plástico produzida não é devidamente tratada e é essa a fórmula que leva o Brasil a ocupar o topo mundial quando o assunto é lixo de plástico. Você vai gostar: Vizinhos em Comunidade pelo LIXO ZERO Caminhos possíveis? Em 2010, foi criada a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a fim de reduzir o impacto de resíduos sólidos no meio ambiente. A partir disso, foram criadas uma série de metas para gerenciamento ambiental a serem cumpridas em todo o país. Em algumas cidades, já existem, inclusive, políticas próprias: a cidade do Rio de Janeiro baniu, desde 2018, os canudinhos. Em cidades como Arraial do Cabo é proibido utilizar materiais de plástico na orla das praias. Além disso, em março de 2019 o Ministério do Meio Ambiente lançou o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar (PNCLM). Ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, foi assinada a emenda da Convenção de Basileia (no contexto da COP-14) sobre o controle transfronteiriço de resíduos plásticos. Ressaltamos, ainda, que falar sobre o problema do plástico é reconhecer a necessidade de fortalecer e ampliar o debate sobre o acesso à água, ao saneamento básico, à coleta seletiva em todos os pontos da cidade – questões essenciais para a sobrevivência humana. Por fim, vale lembrar que o problema do plástico é um problema da sociedade como um todo. Por isso, sempre que puder, se envolva nas questões, busque as entidades que propõem o diálogo sobre essas questões e cobre as autoridades. Nosso consumo é um manifesto!
A cultura do descartável: como chegamos até aqui?

Nos dias de hoje pode parecer loucura, mas até a década de 1950, as pessoas davam ao plástico a mesma importância e respeito que o vidro ou a seda. No entanto, quando as empresas de bens de consumo descobriram as vantagens dos polímeros, surgiu um estilo de vida que gera mais e mais lixo. Começou, então, o que viria a ser a cultura do descartável. Do uso doméstico ao descarte de bilhões Diferente do que acontece nos dias de hoje, houve um tempo em que as coisas eram feitas para durar e pouco era desperdiçado ou jogado fora. Era comum que embalagens fossem reutilizadas ou devolvidas – bastava lavá-las ou retorná-las aos seus donos, como era o caso do leite e do leiteiro. Após a Segunda Guerra Mundial, período que marca o início da ascensão do plástico, as pessoas o tratavam com cuidado, assim como faziam com outros materiais e embalagens. Foi no final da década de 1950, entretanto, que a economia passou a consumir cada vez mais recursos e os fabricantes começaram a apostar no plástico, plantando, assim, a semente da cultura descartável. Assim, no início da década 1960, bilhões de itens de plástico já enchiam lixões, aterros e incineradores no mundo ocidental. Em 1978, a Coca-Cola introduziu a garrafa PET em suas linhas de produção, simbolizando uma nova era para as bebidas de consumo em massa. A ascensão da Cultura Descartável Foram diversos fatores que contribuíram para o fortalecimento de uma cultura ditada por produtos de baixa durabilidade. Um desses fatores foi justamente o investimento de grandes fabricantes nas embalagens plásticas e disseminação dessa abordagem nos países em desenvolvimento. Um estilo de vida descartável era um sinal de modernidade. Outro fator fundamental para tamanha ascensão foram os níveis de emprego que aumentaram de tal forma que mais mulheres entraram na força de trabalho. Não havia mais tempo hábil para cozinhar ou fazer tarefas domésticas. Foi assim que refeições pré-cozidas vendidas nas redes de supermercados passaram a fazer parte da rotina das famílias – e junto delas, as embalagens plásticas. Produtos descartáveis passaram, assim, a simbolizar o estilo de vida em uma economia capitalista que é, simultaneamente, causa e consequência da densidade e velocidade da vida moderna. Leia também: A história do plástico Os dias de hoje O reflexo da cultura do plástico nos dias atuais é notório: conquistaram os grandes festivais, festas e megaeventos. São copos, talheres, pratos de plástico – caminhões de lixo que só podem ser incinerados ou aterrados. A quantidade de lixo e a crescente demanda dos movimentos ambientalistas fizeram com que algumas organizações revissem suas práticas. Hoje, por exemplo, existem alguns eventos que cobram um depósito pelos copos. Nesse sentido, é inegável que a mentalidade descartável ainda é dominante, pois facilita alguns aspectos da vida moderna. No entanto, precisamos rever urgentemente nossas práticas enquanto sociedade. A Cultura do Descartável, afinal, continua a deixar o futuro incerto – isso porque hoje precisaríamos de um planeta e meio para suportar todo o nosso consumo. Buscar informações, práticas sustentáveis e apoiar empresas que têm a sustentabilidade como pilar faz parte de uma jornada que todos precisaríamos cumprir. Afinal, só temos um planeta – então, que cuidemos dele. Leia também: 20 dicas para se livrar de vez do plástico!
Qual a história do plástico? Da sua origem até a poluição do oceano

A história do plástico é mais recente do que você imagina! E em pouco tempo esse material foi de grande herói do cotidiano, para grande vilão do meio ambiente. Quer saber mais sobre as origens do plástico e como ele se inseriu no nosso dia a dia? Continue a leitura e descubra! Qual a origem do plástico? O plástico não é um recurso natural. Ou seja, ele não está presente na natureza de forma pronta. Ele é derivado do petróleo e foi criado no início do século XX. A história do plástico começa em 1900 Nesta época, diferentes pesquisadores buscavam por um novo material, impermeável, rígido e leve, a fim de substituir o marfim dos elefantes, cascos e chifres bovinos, entre outras matérias-primas. Neste contexto, surgiram diferentes tipos de plásticos e inovações em relação a este material. O plástico descartável, por exemplo, já surgiu em 1909. Ele serviu para atender uma demanda da legislação americana, que proibiu o uso de xícaras comunitárias em trens, para evitar a disseminação de doenças. 1930 – 1950: o início da era de ouro do plástico Nos anos 30, fabricantes conseguiram produzir poliestireno, polímeros acrílicos e poli. E em 1938, o nylon (Poliamida) foi inventado, rendendo um novo capítulo para a história do plástico. A partir daí, o material foi integrado também na indústria da moda, algo que se popularizou ainda mais na década de 50, com o uso da Lycra. Entre os anos 40 e 50, com a Segunda Guerra Mundial, a produção de plástico nos Estados Unidos decolou de vez. Pois o material inovador era necessário para diversas funções e setores na sociedade e no campo de batalha. E no pós-guerra, a mesma infraestrutura foi usada para criação de bens de consumo e colaborar com o crescimento econômico. Ainda na década de 1950, os laminados de Fórmica e a melamina-formaldeído foram introduzidos na vida doméstica dos americanos, e logo tomaram o mundo. Assim, utensílios de plástico e descartáveis ficaram cada vez mais comuns no dia a dia de todos nós. 1960 – 1980: O plástico nas artes plásticas e no espaço Entre as décadas de 60 e 80, o material plástico ocupou espaços estéticos e visuais. No movimento modernista, ele foi um dos protagonistas, simbolizando tecnologia e inovação no Brasil e no mundo. Na mesma época, Estados Unidos e União Soviética realizaram a corrida espacial. Essa exploração, por sua vez, só foi possível graças ao plástico. O material estava, ao mesmo tempo, indo para o espaço e ocupando espaço no nosso cotidiano, nas embalagens de produtos, nos brinquedos das crianças, nas fotografias sendo reveladas, nos CDs, e por aí vai. 1990 – Atualidade: plástico nas indústrias e seus impactos no meio ambiente Por ser um material que é ao mesmo tempo rígido e leve, o plástico passou a ser utilizado em diferentes indústrias, como a automotiva e a de alimentos. Paralelamente, aos poucos fomos percebendo que seus impactos no meio ambiente não são positivos — Muito pelo contrário! Por ser um material sintético, o plástico não é biodegradável e demora séculos para se decompor na natureza. Para tentar contornar a situação, desde o fim da década de 1990 e nos anos 2000 já começaram a surgir grandes iniciativas e tecnologias para recuperar e reciclar os plásticos. Leia também: Tijolos ecológicos e a nova maneira de construir com plástico Como o plástico foi de mocinho para vilão? Como vimos, o plástico surgiu aproximadamente em 1909. São apenas 112 anos de história. E nesse pouco tempo, o material foi de grande solução para entrave no meio ambiente. É inegável que o plástico possibilitou grandes avanços, mas estamos pagando um preço alto demais por isso. A reciclagem ainda é escassa. No Brasil, por exemplo, menos de 2% do plástico consumido é reciclado. Enquanto isso, pesquisas apontam que até 2050, haverá mais plástico que peixes nos oceanos. Após o descarte indevido, o plástico reage com a natureza e se desfaz em pedacinhos microscópicos, os microplásticos, chegando a se integrar na cadeia alimentar de diferentes espécies — Inclusive o ser humano! Entre os plásticos, os mais perigosos para a natureza são aqueles que chamamos de uso único, ou descartáveis. Como vimos, eles passaram a se popularizar ainda nos anos 1950, causando impacto negativo no meio-ambiente desde então. Leia também: Multirão oceano limpo Usar uma vez um material que dura séculos Convenhamos, não faz muito sentido usar um material que dura 500 anos apenas uma vez, não é mesmo? Então por que fazemos isso com o plástico? Repensar as aplicações do plástico de uso único e descartável é essencial para acabarmos com essa ameaça ao meio ambiente. Isso inclui escolhas individuais, preferindo por produtos e embalagens feitas de outros materiais, por exemplo, e também medidas sociais e políticas. Por isso, pressionar nossos governantes para fazerem escolhas mais conscientes e ecológicas também é essencial! Um novo capítulo na história do plástico Atualmente, contamos com diversas inovações que visam diminuir o consumo de plástico e otimizar sua reciclagem. A criação e produção de plásticos biodegradáveis, por exemplo, é cada vez mais viável. Além disso, iniciativas privadas como o eureciclo também são muito bem vindas para incentivar a reciclagem. Algumas empresas também já partem para iniciativas zero plástico, oferecendo produtos sem plástico em sua composição e embalagens. Ou ainda, trabalhando com embalagens de plástico recicláveis e reciclados. Este, inclusive, é o caso da Positiv.a! A grande maioria das nossas embalagens são livres de plástico, ou ao menos feitas de material reciclado e reciclável 😉 Esperamos que você tenha gostado de conhecer mais sobre a história do plástico! E você pode fazer parte dos novos capítulos ao optar por soluções mais ecológicas na hora de consumir! Isso leva ao consumo sustentável. Quer saber mais sobre o tema? Confira nosso artigo especial aqui: Consumo Consciente: O que é e quais as vantagens?
O que fazer com as embalagens dos nossos produtos?

Sempre recebemos mensagens de clientes perguntando sobre o melhor destino para nossas embalagens, após o término do produto. Como vocês sabem, nossa responsabilidade ecológica e social é muito grande. Somos muito rigorosos com nossos produtos, métodos, cadeia de produção, discurso e tudo mais que envolve a marca POSITIV.A. Defendemos uma comunicação verdadeira e transparente sobre nossos processo. Temos uma equipe que se dedica integralmente a criar e propor soluções cada vez melhores para as pessoas, para a natureza e para o futuro. Você sabe o que é logística reversa? A logística reversa propõe, por meio da responsabilidade com a produção, dar conta – do início ao fim – de um determinado produto que entra no mercado (formal ou informal). Ou seja, “minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados. Bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos”. A Política Nacional de Resíduos Sólidos define a logística reversa como um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. Para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” Aí você se pergunta: por que a POSITIV.A ainda não oferece logística reversa? Nós temos sim! Mas, por enquanto, só na cidade de São Paulo. Inauguramos no final de 2019 nosso primeiro ECOPONTO no mercado Quitanda, em Pinheiros (Rua Mateus Grou, 159). Em uma parceria conjunta com a Cooperativa Yougreen, vamos recolher os resíduos que estiverem lá, em todo nosso escritório e centro de distribuição para reciclagem! Como vendemos via e-commerce para todo Brasil, esse país de tamanho continental, nosso maior desafio é: como fazer estas embalagens, vindas de cada cidade desse Brasilzão, voltarem para nós, sem gerar mais resíduo e CO2? Estudamos diariamente a economia circular para chegar na melhor possibilidade para todas as partes envolvidas. Considerando também os valores, pois o transporte de mais de 4mil km até Roraima, por exemplo, sai caro pra chuchu! Enquanto isso… Por isso, considerando os pontos citados acima, recomendamos que as embalagens sejam destinadas às cooperativas recicladoras. De preferência, uma das 200 que estão listadas em nosso site, pois sabemos que são geridas pela Boomera. A Boomera é nossa parceira responsável por selecionar os materiais e transformar os resíduos plásticos coletados no litoral sul de São Paulo, em nossos frascos de 500ml de plástico 100% reciclado (o famoso PLÁSTICO DE OCEANO!). Você encontra a lista aqui! A maioria dessas cooperativas, no entanto, estão localizadas na região sudeste, por ser a maior área de atuação da Boomera. Mas com certeza, existem cooperativas sérias e responsáveis em todo Brasil! Procure saber as disponíveis em sua cidade! Outro motivo para o qual ainda não temos a logística reversa: Anvisa! Esbarramos nas normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pois por trabalharmos com produtos de limpeza, que são químicos (por mais naturais que sejam, são compostos químicos), nós não podemos reaproveitar as embalagens para reenvase, para evitar possíveis contaminações. Não precisa ficar com peso na consciência! O plástico que utilizamos em nossas embalagens, quando não é o reciclado (de pós uso, de oceano), é o melhor plástico para reciclar. Ou seja, o mais fácil e o mais valioso para as cooperativas! Então, não vai ter erro! Se você separar e destinar a um ponto de reciclagem seguro, com certeza essa embalagem se transformará em um novo produto! Bóra fazer uma força tarefa para fechar essa cadeia! Com consciência e boa vontade, temos solução ecológica e responsável socialmente para tudo! DICA POSITIV.A: Priorize a compra dos galões de 5L. Com eles, além de você economizar dinheiro, você economiza embalagens descartadas! 😉
Julho sem plástico: 20 dicas para se livrar de vez do plástico!

O mês de julho é o mês do desafio sem plástico, que começou com a hashtag #plasticfreejuly nas redes sociais. Mas, afinal, do que se trata? ⠀ ⠀ A JULHO SEM PLÁSTICO é uma campanha liderada pela Plastic Free Foundation. Todos os anos, milhões de pessoas, em todo o mundo, aceitam o desafio e optam por recusar plásticos de uso único no consumo do dia a dia e compartilham suas atitudes nas redes sociais com a # para estimular mais pessoas a aderirem à ideia. O objetivo maior é ver um mundo sem resíduos plásticos! Ao conscientizar, pouco a pouco, cada vez mais e mais pessoas ao longo do caminho. ⠀ A poluição plástica é considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente e à saúde, pois também contribuem para a redução da biodiversidade, a poluição das águas, a degradação dos biossistemas e o aumento de enchentes. Ainda assim, a produção e o descarte desse material continuam crescendo. Para inspirar vocês, preparamos uma lista com 20 DICAS para você eliminar o plástico do seu dia a dia. Utilize sacolas retornáveis Deixe sempre uma ecobag na bolsa! Vai ver que ela vai te salvar em inúmeras situações e vai poupar o consumo de muitas sacolinhas plásticas! Compras a granel Priorize as compras a granel, poupe embalagens. Se possível, leve os saquinhos de tecido e potes reutilizáveis da sua casa. Evite comprar frutas cortadas, que são embaladas em plástico A melhor proteção para frutas e legumes é a própria casca. Nenhuma casca demora milhares de anos para se biodegradar. Carregue seus utensílios de reuso na bolsa Se você é daquelas pessoas que passa a maior parte do dia na rua, deixe na bolsa seu kit sobrevivência: canudo (de vidro, bambu ou inox), talheres, guardanapo de tecido etc. Um estojinho compacto, que não pesa e só facilita! Tenha sempre com você uma garrafinha de água Garrafinhas de plástico não estão com nada! Economize dinheiro e reduza o plástico. Esteja sempre com sua garrafinha em mãos! Utilize sacolas feitas de jornal no lixo da cozinha “Mas se eu não pegar a sacolinha no supermercado, faço o que com o lixo de casa?” Nós respondemos: composte o resíduo orgânico, o que for reciclável pode ser limpo e armazenado em sacos maiores ou em caixas de papel, o que não for reciclável, nem compostável vai para o lixo comum e nele você pode colocar um “saquinho” feito de jornal dobrado ou o saco de pão! Opte por produtos em embalagens de vidro Se tem o mesmo produto em plástico e vidro, opte pelo de vidro, sempre que possível! Ele pode ser reutlizado em outras situações muitas e muitas vezes! Substitua o papel filme e alumínio por embalagem de cera Como um tecido, ele adere ao formato que quiser, é reutilizável (dura muito!) e biodegradável. Potinhos de cozinha, os melhores são os de vidro Para armazenar alimentos na geladeira, guardar os biscoitos na dispensa, levar marmita, guardar temperos, os potinhos de vidro são as melhores opções! Além de serem muito mais resistentes. Tecidos de algodão orgânico no lugar das fibras sintéticas Os tecidos sintéticos liberam microplásticos a cada lavagem; a água repleta de pedacinhos de plástico vai parar nos rios e mares e depois dentro das espécies marinhas. O problema vai longe! Priorize tecidos que não impactem o meio ambiente. Os tecidos de algodão orgânico, além de tudo, podem ser compostáveis! Substitua fraldas e absorventes descartáveis pelos reutilizáveis Já temos inúmeras alternativas para evitar que tantas fraldas e absorventes fiquem poluindo a Terra durante, aproximadamente, 450 anos. Alternativas lindas, práticas, ecológicas e supereficientes! Como as de tecido e também os coletores menstruais. Abandone os cosméticos com esfoliantes sintéticos Aquelas microbolinhas dos cremes e sabonetes são, em grande parte das vezes, feitas de plástico. Um plástico que é impossível ser capturado na cadeia do descarte e vai parar direto nos oceanos. Prefira os cosméticos esfoliantes naturais! Troque seus cotonetes comuns pelos de papel Hoje em dia já é fácil encontrar em farmácia os cotonetes com hastes de papel e eles têm o mesmo preço dos convencionais. Chega de poluir por besteira! Escovas de dente de bambu são lindas e biodegradáveis Segundo os dentistas, o ideal é trocar de escova de dente a cada 3 meses. Imagina quanta escova de dente ainda existe no mundo em aterros, rios, mares, oceanos? Então, se temos a solução, vamos praticar! Substitua a esponja sintética por bucha vegetal As esponjas sintéticas demoram milhares de anos para se decompor e geram enorme impacto ambiental. Enquanto as buchas vegetais são frutos de uma planta e, por isso, são biodegradáveis e compostáveis. As duas têm exatamente a mesma função e a bucha vegetal você ainda pode usar no banho! Qual você vai escolher? Recicle e confira seu posto de reciclagem Separe seus resíduos recicláveis e certifique-se de que eles estão indo para o destino certo! Brinquedos de crianças alternativos Os brinquedos infantis costumam ser essencialmente de plástico. Opte por brinquedos de madeira e tecido, além de serem mais educativos, são também menos perigosos para as crianças. Evite as gomas de mascar Os conhecidos ‘chicletes’ contém plástico na sua fórmula, acreditam? Demoram um bom tempo para se decompor. Fazem mal pros dentes e pro meio ambiente! Prefira fósforos à isqueiro Os isqueiros são plásticos de curtíssima vida útil. Se tem a opção dos fósforos, pra quê usar isqueiro? Reduza os produtos de limpeza, priorize os concentrados e ecológicos Com poucos e bons produtos, você limpa sua casa e evita o consumo de muitas embalagens plásticas. E aí, quais dessas atitudes você já põe em prática? Se não for possível reutilizar, recuse! É pela nossa qualidade de vida, é pela vida dos animais, é pelo Planeta Terra!
Pequeno Gigante Vilão: O Microplástico

O plástico é um dos grandes desafios do planeta. De baixo custo e de praticidade altíssima, tornou-se, praticamente, onipresente no consumo diário de todas e todos. No entanto, de alguns anos para cá, passou-se a perceber que nem só do lado bom vive a substância. O plástico tem durabilidade muito longa, tornando-se assim um perigo ambiental, e também é considerado hoje em dia um dos maiores poluentes do mundo. Ainda que se dê o destino certo ao plástico (= a reciclagem), existe um problema que ainda foge aos olhos das possíveis soluções: o microplástico. Os microplásticos são, como o nome diz, minúsculas partículas plásticas, que medem entre 1 e 5 milímetros. Os polímeros relacionados à sua formação são, principalmente: polietileno tereftalato (PET), polipropileto (PP), poliestireno (PS), poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC) e náilon (PA). Sua origem é o mau descarte de material plástico, que vai se decompondo com os efeitos naturais soltando as micropartículas (quebra mecânica), escape de embalagens de aterros por meio do vento e da chuva; lavagem de roupas de fibras de plástico como o poliester; vazamento de matéria primária de plástico, tintas, cosméticos esfoliantes industriais, glitter, entre muitos outros. Onde está o microplástico? Estudos mostram que existe uma enorme quantidade de microplásticos nos oceanos. E esse microplástico está sendo ingerido por animais marinhos, prejudicando toda a cadeia alimentar e colocando diversas espécies em perigo: de plânctons a baleias. Há microplásticos no ar que respiramos, na água que bebemos, nas roupas que vestimos e, para aqueles que comem peixes e frutos do mar, podem ser ingeridos diretamente, uma vez que, nos oceanos, eles estão se alimentando por essas substâncias. Um pesquisador austríaco chamado Philipp Schwabl confirmou isso que muitos já atestavam: “o plástico chega ao intestino humano”. Os impactos A presença de microplásticos no organismo humano pode afetar diretamente sua saúde. As pequenas substâncias são acumuladas no trato gastrointestinal, e interferem na resposta imunológica do intestino – além do risco de se absorver produtos químicos tóxicos e patógenos por meio delas. “Existem estudos com animais que mostram que partículas de microplástico são capazes de entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e de atingir até o fígado. Além disso, estudos com animais também demonstraram que os microplásticos podem causar danos intestinais, alteração nas vilosidades intestinais, distorção da absorção de ferro e estresse hepático.”, afirma o médico pesquisador. O plástico no oceano A poluição dos oceanos por estes pequenos fragmentos é extremamente preocupante devido à alta quantidade, resistência, e por serem um potencial vetor de exposição e transferência de compostos orgânicos de elevada toxicidade. A dispersão e acumulação de plásticos é um problema crescente e afeta todos os ambientes marinhos. Podemos encontrar plástico nas praias, na superfície do mar, em suspensão e no fundo dos oceanos. Eles estão por toda parte e vão durar muito, ou melhor, por toda a existência dos que leem esse texto. Diante disso tudo, o que podemos fazer? 1) Diminua o consumo de plástico. 2) Busque alternativas para o uso de plástico diário. Escova de dente de bambu, sacola retornável, garrafinha de vidro, canudo de inox, cotonete de papel etc. 3) Troque os tecidos de fibra sintética, por algodão orgânico. 4) Priorize cosméticos naturais. 5) Reutilize tudo que puder. Ressignifique embalagens! 6) Sempre que possível, utilize transporte alternativo como bicicleta e transporte público ou peça e dê carona! 7) Opte por bioplásticos. 8) Recicle! 9) Fiscalize empresas e governos para que garantam o retorno do plástico à cadeia de produção e deem destino certo ao plástico 10) Utilize POSITIV.A! Que, além de serem produtos naturais, incentiva o uso de galões (gerando menos embalagem) e possui os frascos de plástico de oceano!
Oceano Limpo: uma exposição sobre a problemática do plástico

De 22 a 28 de outubro, ocupamos o Pátio Dr. Arnaldo da Unibes Cultural com a exposição OCEANO LIMPO, que tratou da problemática do plástico no mundo, mas principalmente nos oceanos e teve como motivação, o lançamento da nova linha de frascos da POSITIV.A feita com plástico de oceano. Plástico de Oceano é todo material plástico que tem por destino o oceano. Se ele já estiver no mar ou se ainda estiver na areia, com o subir da maré, pode ir para o mar a qualquer momento. A cada ano, pelo menos oito milhões de toneladas de plástico vão para o oceano. A exposição contou com o apoio da Unibes Cultural, da Boomera, da ONG EcoSurf e do Instituo Leo. E por sete dias, recebeu milhares de pessoas curiosas e atentas sobre o assunto, descobrindo os perigos e novas possibilidades para o material. Todo plástico já produzido, desde sua invenção em 1862 ainda está na Terra. E se continuarmos a produzi-lo nesse ritmo, sem refletir sobre seu ciclo de vida, em 50 anos, haverá mais plástico do que peixe nos oceanos. É isso que queremos para nosso futuro? Claro que não, né? Os resíduos plásticos representam 50 a 80% dos resíduos no mar e são frequentemente os itens mais coletados em mutirões de limpeza de praias. Objetivo da Exposição Com essa exposição pretendíamos mostrar ao público como funciona o processo circular, no qual todo problema é uma possibilidade de inovação. O percurso se iniciava apresentando a problemática, passava por uma instalação com resíduos reais coletados nas praias pela EcoSurf, passava por uma ilustração gigante de uma baleia repleta de resíduos e dados quantitativos sobre o plástico. Seguindo o percurso, 12 fotos cedidas pela National Geographic e pelo fotógrafo Luciano Candisani mostravam o impacto dos resíduos na vida marinha e terrestre. A Boomera trouxe também uma mini fábrica, que simula o processo de fabricação (reciclagem) do plástico de oceano. Os visitantes poderiam assistir a um minidocumentário realizado pela POSITIV.A no mutirão feito no final de agosto, que traz mais informações sobre o processo de ponta a ponta. A exposição terminava com a solução encontrada pela POSITIV.A: a primeira embalagem brasileira feita com plástico do oceano! A Trajetória do Plástico de Oceano O plástico é coletado nas praias por voluntário e cooperativas. A POSITIV.A compra o material triado por cor em fardos das cooperativas que atuam no litoral paulista, principalmente, em Santos e manda para a fábrica da Boomera, que faz a lavagem e segunda triagem e depois passa pela moagem, derretimento e formatação do frasco. A matéria prima do frasco é 100% pós consumo! Selecionamos apenas PEAD – Polietileno de Alta Densidade por ser livre de Bisfenol e maleável (podendo, assim, reaproveitarmos mais vezes a embalagem como refil). Consideramos o material um plástico de oceano e social!