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Crise Climática

crise climática

Somos a Primeira Geração que Entendeu a Crise Climática e a Última que Pode Freá-la: O Papel necessário das Empresas na Adaptação Climática Estamos vivendo um momento crucial na história da humanidade. Pela primeira vez, temos uma compreensão mais clara da crise climática, de suas causas e consequências devastadoras.  Ao mesmo tempo, somos a última geração que tem a oportunidade de agir decisivamente para mitigar seus impactos.  Não existe uma “guerra” entre seres humanos e Natureza. Nós somos a Natureza e estamos promovendo nossa autodestruição com a forma em que consumimos. Por isso, a produção e o consumo consciente são urgentemente necessários. Nesse cenário, as empresas têm um papel fundamental a desempenhar. Mas como elas podem efetivamente contribuir para um futuro melhor? 1. Formação dos Colaboradores: experiências teóricas e práticas A educação socioambiental deve ser incorporada em todas as áreas das empresas. Isso significa instituir o tema de forma transversal, desde os operários da fábrica até a alta governança. Contemplando a substituição de descartáveis até letramento de Diversidade & Inclusão. Uma abordagem eficaz é designar um multiplicador de conhecimento por equipe (os famosos biodesagrável, ecochato ou ecosexy), responsável por disseminar informações com fontes confiáveis. Experiências teóricas se complementam com vivências práticas como por exemplo visitar uma cooperativa de reciclagem.  É essencial investir no desenvolvimento do pensamento crítico dos colaboradores, para que as propostas já venham com esse direcionamento. Muitos de nós não tivemos uma formação socioambiental adequada em casa ou na escola, o que torna necessário começar do básico. A educação socioambiental deve abranger desde a reciclagem até temas mais complexos, como o racismo climático, que explora a relação entre desigualdade social e os impactos das mudanças climáticas nas pessoas mais vulneráveis.  2. Marketing Consciente: Coerência entre o que fala e o que faz As empresas precisam reavaliar suas estratégias de marketing e seus valores. Um marketing consciente vai além de promover produtos ecológicos; ele educa e engaja consumidores a entenderem que seu consumo é manifesto. É fundamental que as campanhas comerciais não apenas destaquem os benefícios dos produtos, mas também incentivem comportamentos mais responsáveis. Incluindo a seleção de embaixadores da marca, garantindo diversidade e coerência. 3. Produtos e Serviços que Resolvem Problemas Para serem verdadeiramente responsáveis, as empresas devem examinar cada etapa do ciclo de vida de seus produtos e serviços. Isso inclui: Origem da Matéria-Prima: De onde vêm os materiais utilizados? São fontes sustentáveis e eticamente obtidas? Práticas de Produção: As práticas de produção minimizam o impacto ambiental? Utilizam energias renováveis e reduzem o desperdício? Deslocamento: Como os produtos são transportados? Há alternativas menos poluentes? Complexidade nas Embalagens: As embalagens são recicláveis ou compostáveis? Elas são excessivamente complexas ou podem ser simplificadas? Condições Humanas: Os trabalhadores envolvidos no processo de produção estão em condições dignas e justas? 4. Certificação Sistema B: Uma Comunidade Empresarial de negócios melhores para o mundo Adotar o Sistema B é um passo significativo para empresas que desejam causar um impacto positivo. O processo da certificação serve como uma bússola para guiar um negócio que quer estabelecer melhores práticas para o Mundo. As empresas B certificadas se comprometem em seu contrato social a considerar os efeitos de suas decisões nos trabalhadores, na comunidade, no meio ambiente e dos acionistas. Este modelo de negócios promove a transparência, a responsabilidade e a sustentabilidade. 5. Governança que Prioriza Impacto Positivo A governança corporativa deve ser reestruturada para priorizar decisões que gerem impacto positivo. Isso significa que o ESG (Ambiental, Social e Governança) deve sair da teoria e ser integrado na prática diária das empresas. A responsabilidade ambiental não pode ser um apêndice das operações, mas sim o coração de todas as decisões corporativas. Para isso é necessário ter ao menos um membro especialista em ESG/CLIMA no Conselho Executivo e Deliberativo.   A crise climática é o desafio definidor de nossa era. As empresas têm o poder e a responsabilidade de liderar a mudança. Ao educar seus colaboradores, adotar práticas de produção responsáveis, reformular suas estratégias de marketing e implementar uma governança voltada para o impacto positivo, as empresas podem ser protagonistas na criação de um futuro mais sustentável. O tempo para agir é agora. Somos a primeira geração que entende a crise climática e a última que pode freá-la. Que possamos ser protagonistas desse desafio histórico.  

O que o plástico que você joga fora tem a ver com os oceanos?

A cada ano, pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico são jogadas nos oceanos. Inclusive, todo o plástico já produzido desde sua invenção em 1862 ainda persiste na Terra. Se continuarmos a produzi-lo nesse ritmo sem refletir sobre seu ciclo de vida, em 50 anos, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Onde se encontra a maioria do plástico produzido? A maior parte do lixo marinho é plástico: entre 50% e 80% dos resíduos encontrados no mar são compostos por esse material, e ele também é o item mais recolhido em ações de limpeza de praias. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a poluição plástica marinha aumentou 10 vezes desde 1980, afetando pelo menos 267 espécies animais, incluindo 86% das tartarugas marinhas, 44% das aves marinhas e 43% dos mamíferos marinhos. Como o lixo plástico impacta a vida nos mares? Um relatório recente da PNUMA, revelou que mais de 14 milhões de toneladas de plástico entram e danificam os ecossistemas aquáticos a cada ano. Essa poluição causa diversos danos à vida marinha: animais se enroscam em pedaços maiores, confundem fragmentos menores com alimento e as margens costeiras são sufocadas por esse material. Por que o plástico é um problema para o meio ambiente? A poluição plástica é uma grande ameaça aos ecossistemas, ao clima e ao bem-estar humano. Globalmente, 46% dos resíduos plásticos são depositados em aterros, 22% são mal geridos e transformam-se em lixo, 17% são incinerados e 15% são coletados para reciclagem, com menos de 9% realmente reciclados. Por que é importante reduzir o consumo de plástico? No mesmo relatório, a PNUMA mostra que poderíamos reduzir a poluição por plásticos em 80% até 2040, se adotarmos medidas imediatas de reutilização, reciclagem, reorientação e diversificação para abandonar o uso de plásticos. Desta forma, o Programa promove três mudanças no mercado para mitigar estes impactos: Reúso: A promoção de opções de reúso, incluindo garrafas reabastecíveis, dispensadores a granel, esquemas de caução, esquemas de devolução de embalagens etc., pode reduzir em 30% a poluição por plástico até 2040. Reciclar: Reduzir a poluição plástica em mais 20% até 2040 pode ser possível se a reciclagem se tornar um empreendimento mais estável e lucrativo. A remoção dos subsídios aos combustíveis fósseis, a aplicação de diretrizes de design para melhorar a reciclagem e outras medidas podem aumentar a parcela de plásticos economicamente recicláveis de 21% para 50%. Reorientar e diversificar: A substituição cuidadosa de produtos, como embalagens plásticas, sachês e embalagens para viagem, por produtos feitos de materiais alternativos (como papel ou materiais compostáveis) pode proporcionar uma redução adicional de 17% na poluição plástica. Se não agirmos agora, em cinco anos, 80 milhões de toneladas a mais de plástico poluirão os oceanos até 2040.

O que é contaminação microbiológica

contaminação microbiológica

A contaminação microbiológica ocorre quando microrganismos (Escherichia coli , Pseudomonas, Staphylococcus aureus, fungos, bolores e outros) indesejados podem se desenvolver durante a fabricação de produtos saneantes e cosméticos devido a condições inadequadas de higiene durante a manipulação de matérias-primas, equipamentos ou áreas fabris. Ao utilizar um produto contaminado com alguns desses microrganismos citados acima, pode ocorrer: infecções cutâneas, reações alérgicas e dermatites, infecções respiratórias e outros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) pode solicitar o recall, bloqueio de lotes e/ou até cancelar notificação de produtos saneantes e cosméticos em casos de contaminações microbiológicas significativas que representem riscos à saúde pública. Para garantir a segurança dos produtos e a saúde dos consumidores, é crucial que existam processos de prevenção. Vários fatores podem contribuir para a contaminação acontecer, tais como: Limpeza e desinfecção inadequadas: Equipamentos e instalações mal limpos são fontes potenciais de contaminação. Falta de higiene dos funcionários: Isso inclui práticas como uniformes sujos, má lavagem das mãos após o uso do banheiro e antes de entrar em áreas de produção, entre outras condutas inadequadas de higiene pessoal. Uso de água não potável: Água contaminada pode introduzir microrganismos indesejados nos produtos. Armazenamento inadequado: Matérias-primas e produtos acabados devem ser armazenados corretamente para evitar a contaminação. Condições ambientais desfavoráveis: Temperatura e umidade mal controladas podem promover o crescimento microbiano. Falta de controle de pragas: Insetos, roedores e outros animais podem trazer microrganismos nocivos para a área de produção. Introdução de microrganismos por embalagens ou materiais de contato: Embalagens e materiais utilizados na produção podem conter microrganismos que contaminam os produtos. Contaminação pelo ar: O ar contaminado pode transportar microrganismos durante o processo de fabricação. Ausência ou dosagem insuficiente de preservantes: Em formulações sensíveis à contaminação, a falta ou quantidade inadequada de preservantes pode permitir o crescimento de microrganismos. Para prevenir a contaminação microbiológica, é essencial implementar técnicas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) que orientam quanto à esses pontos. Isso inclui o treinamento adequado dos funcionários, a implementação de protocolos rigorosos de limpeza e desinfecção, o uso de água potável, o armazenamento adequado, o controle de pragas, o monitoramento microbiológico regular e ação corretiva imediata quando necessário.” Por Daiane Ribeiro, Coordenadora de P&D da positiv.a  

O que é ESG?

ESG é uma sigla em inglês que significa Environmental (Ambiental), Social (Social) and Governance (Governança), três pilares que servem para avaliar a sustentabilidade socioambiental e o impacto de uma empresa na sociedade. Quem criou o termo ESG? O termo ESG surgiu em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, desafiou 50 CEOs de grandes instituições financeiras a integrarem fatores sociais, ambientais e de governança em suas decisões de investimento. Nos últimos anos, o termo ESG se tornou mais comum na linguagem empresarial, e algumas pessoas podem ter a falsa impressão de que a Sustentabilidade foi substituída por algo novo. No entanto, essa visão não é bem assim. Para Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, “o ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial, com o mesmo objetivo”. Além disso, o crescimento da agenda ESG é impulsionado, em grande parte, pela preeminência da emergência climática. Segundo a ONU, limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação à era pré-industrial exige um corte de 45% nas emissões de carbono até 2030, chegando a zero até 2050. Mais de 70 países, responsáveis por cerca de 76% das emissões globais, já se comprometeram com metas de neutralidade carbónica. Quais são os 3 pilares do ESG? Ambiental (E): Engloba ações que visam proteger o meio ambiente, como eficiência energética, gestão de resíduos, redução de emissões de carbono, conservação de recursos naturais e biodiversidade, entre outros. Social (S): Envolve aspectos sociais relacionados à atuação da empresa, como responsabilidade social corporativa, relações com funcionários, diversidade e inclusão, direitos humanos, saúde e segurança no trabalho, bem-estar dos colaboradores e engajamento da comunidade, entre outros. Governança Corporativa (G): Diz respeito à estrutura de governança da empresa, incluindo transparência, ética nos negócios, gestão de riscos, integridade corporativa, diversidade no conselho administrativo, entre outros. Como aplicar o ESG na empresa? O nosso papel como cidadãos é incentivar cada vez mais a adoção de práticas sustentáveis e cobrar das empresas um compromisso genuíno e contínuo com a sociedade e o meio ambiente. É aqui que o consumo consciente se torna mais relevante, porque podemos optar por produtos e serviços de empresas que demonstram compromisso real com a sustentabilidade em suas práticas. O Pacto Global da ONU defende que empresas que adotam práticas ESG reconhecem e gerenciam seus impactos na sociedade, buscando minimizar seus impactos negativos e maximizar os positivos na sociedade, conseguindo agir sobre eles, assim como equacionar os prejuízos já provocados. Como dar os primeiros passos? Um bom ponto de partida para as empresas é se fazerem duas perguntas: 1. A empresa está em conformidade com os Dez Princípios do Pacto Global? DIREITOS HUMANOS: Respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência. Assegurar a não participação da empresa em violações dos direitos humanos TRABALHO: Apoiar a liberdade de asssociação e reconhecer o direto à negociação coletiva. Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório Erradicar todas as formas de trabalho infantil da sua cadeia produtiva Estimular práticas que eliminem qualquer tipo de discriminação no emprego. MEIO AMBIENTE: Assumir práticas que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais. Desenvolver iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental. Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis. ANTICORRUPÇÃO: Combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno. 2. A empresa tem projetos que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU? Em 2015, a ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).​ Empresas com práticas ESG gerenciam seus impactos sociais, ambientais e de governança de forma a promover práticas mais sustentáveis, justas e transparentes, gerando benefícios financeiros, reputacionais e de longo prazo. “O negócio dos negócios é o negócio sustentável. As empresas precisam existir por muitos anos em uma sociedade em constante transformação. Portanto, todas as empresas de todos os setores precisam encontrar maneiras próprias de inseri-la no core do seu modelo de negócios, para que possam estar no mercado por muitas décadas” – Fábio C. Barbosa*, conselheiro do Itaú-Unibanco, da Natura e do Gávea Investimentos. Vamos juntas (os) multiplicar estes impactos? 🌎   *Ref. Livro: Humano de negócios do Rodrigo V. Cunha.

Estratégias para lidar com a Eco ansiedade

Eco ansiedade

Você acompanha as notícias climáticas por email, televisão e redes sociais? Na sequência, você sente forte ansiedade? Respira, estamos juntas nessa! Essa sensação já tem nome, e se chama: Eco ansiedade Guerras, Pandemia, doenças e eventos climáticos extremos e uma série de acontecimentos fazem com que o ser humano experimente uma iminente sensação de que o fim do mundo está próximo. E não tem jeito, essa conturbação externa gera impacto na saúde mental da sociedade, principalmente nos jovens.  Um estudo da Universidade de Bath, da Inglaterra, com 10 mil jovens entre 16 e 25 anos, revelou que 75% se sentem ameaçados pelo futuro e 45% sofrem de ansiedade climática.  Termos como “ansiedade climática” ou  “Eco ansiedade” se popularizaram nos últimos tempos e significa a angústia pelo futuro incerto do planeta. O termo “ecoansiedade”, inclusive, já foi incorporado pelo dicionário de Oxford e foi definido pela Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês) como “medo crônico da catástrofe ambiental“. Principais sintomas da Eco ansiedade Alguns relatos de pessoas entrevistadas em pesquisas sobre o tema citam: Pânico.  Dificuldade para dormir e a sensação de que estamos atrasados para resolver um problema urgente. Preocupação excessiva com o futuro do planeta e das futuras gerações. Sensação de impotência diante dos problemas ambientais.  Sentimento de desesperança em relação à capacidade da humanidade de resolver os problemas ambientais.  Irritabilidade e angústia. Perda da vontade de ter filhos e sair de casa. Sensação de que é tarde demais para fazer alguma diferença positiva no meio ambiente. Como lidar com a Eco ansiedade? Os especialistas recomendam que cada caso precisa ser considerado de forma muito particular e é arriscado oferecer recomendações generalistas. Porém, é preciso estar atento se a ansiedade está inviabilizando a rotina e as atividades de uma pessoa. Se for o caso, é preciso que ela busque ajuda especializada. Gosto muito de lembrar que é possível transformar o incômodo em solução, e assim resolver um problema que é seu e consequentemente de outras pessoas e do planeta.  Inclusive, foi esse pensamento que nos levou a criar a positiva! Vamos lá! Aqui estão algumas estratégias para ajudar a driblar esse sentimento avassalador: 1. Informe-se, mas não se afogue em notícias negativas: É importante estar ciente dos problemas ambientais que enfrentamos, mas consumir constantemente notícias negativas pode aumentar a ansiedade. Estabeleça limites saudáveis para a quantidade de notícias que consome e equilibre com informações positivas e ações inspiradoras. 2. Pratique o autocuidado: Dedique tempo para cuidar de si mesmo. Isso pode incluir meditação, exercícios físicos, passar tempo ao ar livre, ou qualquer atividade que o ajude a relaxar e recarregar as energias. 3. Envolva-se em ações positivas: Ao invés de se sentir impotente diante dos problemas ambientais, encontre maneiras de contribuir para soluções. Isso pode ser através do voluntariado em projetos que estão atuando diretamente em causas socioambientais. 4. Cultive conexões: Compartilhar suas preocupações com amigos, familiares ou grupos com interesses similares pode ajudar a aliviar a sensação de isolamento e fornecer um senso de apoio mútuo. Levar esse tema para terapia é fundamental, já que ao compartilhar os anseios é possível encontrar soluções e eliminar a sensação de impotência. 5. Pratique o consumo consciente: Faça escolhas conscientes em relação ao que você compra e como descartar os resíduos. Opte por produtos e empresas que tenham práticas sustentáveis e busque reduzir seu próprio desperdício. 6. Foque no que está ao seu alcance: Embora as mudanças climáticas e outras questões ambientais sejam problemas globais, muitas vezes podemos fazer a diferença em nossa própria esfera de influência. Concentre-se nas ações que você pode realizar em sua vida diária e em sua comunidade. Lembre-se de votar em pessoas que te representam e estão zelando de forma transparente das questões climáticas!

Como se proteger do mosquito da dengue?

Mosquito da dengue

Embora ainda seja verão no Brasil, os brasileiros já estão com uma preocupação ainda maior que o preço alto dos ovos de Páscoa: a dengue. A população se vê refém do mosquito Aedes aegypti, intruso e resistente. Postos e hospitais de todo país estão lotados com crianças e adultos com sintomas, suspeitas e confirmações. O número de mortes em 2024 já chega a 300. O que é a dengue? A dengue é uma doença viral, também conhecida como arbovirose, transmitida pela picada de mosquitos fêmea do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. Arboviroses: As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, que incluem os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O vírus da dengue é um arbovírus. Sorotipos do vírus da dengue: Existem quatro sorotipos distintos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da infecção por um sorotipo fornece imunidade vitalícia contra esse sorotipo específico. Imunidade cruzada e dengue grave: A imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e temporária. Isso significa que uma pessoa que já teve dengue por um sorotipo pode ser infectada por outro sorotipo posteriormente. Infecções subsequentes aumentam o risco de desenvolver dengue grave. Dengue: uma doença tropical com raízes socioeconômicas A dengue é uma doença prevalente em regiões tropicais, com variações no risco de acordo com fatores locais como precipitação, temperatura e urbanização rápida e não planejada. A escassez de água no verão, condições precárias em áreas de baixa renda e infraestrutura debilitada, como a falta de rede de esgoto e o acúmulo de lixo a céu aberto, contribuem para o aumento da incidência da doença.

Celebrando as Mulheres: reconhecendo e valorizando o trabalho Invisível

No centro da celebração do Dia Internacional da Mulher, é nosso dever não apenas reconhecer as conquistas históricas das mulheres, mas também refletir sobre as lutas contínuas que elas enfrentam. Uma dessas batalhas é pela invisibilidade dos afazeres domésticos, uma carga desproporcionalmente atribuída às mulheres ao longo da história. Ao nos aprofundarmos nas páginas do livro de Silvia Federici, “O ponto zero da Revolução“, somos confrontados com a realidade penetrante de que o trabalho doméstico foi sistematicamente desvalorizado e naturalizado como parte natural da feminilidade. Federici nos lembra de que, enquanto as mulheres desempenham essas funções vitais sem remuneração, seu trabalho é desconsiderado e subestimado. O livro aponta que o capitalismo tem interesse em manter o trabalho doméstico invisível e desvalorizado, pois isso assegura uma fonte constante de mão-de-obra não remunerada. Essa invisibilidade não apenas perpetua a desigualdade de gênero, mas também mantém as mulheres em uma posição de vulnerabilidade e dependência econômica. O trabalho doméstico vai além das tarefas diárias de limpeza e cuidado com os filhos; é um investimento vital na produção da força de trabalho que impulsiona toda a economia. Atrás de cada fábrica, escola ou escritório, há o trabalho incansável de milhões de mulheres que contribuem diretamente para sustentar o tecido social e econômico de nossas sociedades. É crucial reconhecer que a falta de remuneração pelo trabalho doméstico não é apenas uma questão de injustiça econômica, mas também uma questão de saúde e bem-estar das mulheres. Muitas enfrentam duplas jornadas de trabalho, equilibrando empregos mal remunerados com responsabilidades domésticas, o que leva a uma carga física e mental insustentável. Para promover a igualdade de gênero, devemos tomar medidas concretas para tornar o trabalho doméstico visível e valorizado. Isso inclui reconhecer a importância dessas tarefas para a economia, garantindo condições dignas para as trabalhadoras domésticas e compartilhando equitativamente as responsabilidades entre todos os membros da sociedade. Além disso, é essencial criar políticas e programas que apoiem as mulheres em sua jornada de equilibrar trabalho remunerado e doméstico, como licença parental remunerada, creches acessíveis e horários de trabalho flexíveis. Educar a sociedade sobre a importância do trabalho doméstico e desafiar estereótipos de gênero também são passos cruciais para promover uma divisão mais justa e equitativa. No Brasil, temos dois projetos em regulamentação, o primeiro deles é o da Lei nº 638, de 2019, que propõe a inclusão da economia do cuidado no sistema de contas nacionais, para que, a partir da avaliação econômica oficial, possa haver políticas públicas específicas. E o segundo deles é o projeto 2.647, de 2021, que prevê a possibilidade de incluir o cuidado doméstico na contribuição para a aposentadoria. Esse é o primeiro passo para a mudança que queremos ver e precisamos, somente através do reconhecimento e da redistribuição equitativa do trabalho doméstico podemos alcançar a igualdade de gênero e justiça para todas. Conscientes da questão, podemos criar um futuro onde o trabalho das mulheres seja celebrado, valorizado e os afazeres domésticos sejam compartilhados por todos. Vamos unir nossas vozes e ações para construir um mundo mais justo e igualitário para cada mulher e para as gerações futuras.   Por Marcella Zambardino, Cofundadora e Diretora de Impacto da positiv.a, inspirado em  trechos do livro de Silvia Federici: O ponto zero da Revolução.

Racismo Ambiental: Uma luta por justiça social

Racismo ambiental

Na última reunião do Fórum Econômico Mundial, a frase “o sentido da urgência é a nossa única salvação“, dita pelo Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, ecoou em diversos veículos da imprensa. Diante disso, o debate sobre o racismo ambiental, especialmente em países com mais desigualdade social, torna-se ainda mais urgente e exige medidas concretas. A cada ano, no Brasil, com a chegada das chuvas, deixa em evidência outra parte da desigualdade social, que se manifesta nos desastres ambientais que assolam as grandes metrópoles. Durante os preparativos para o Carnaval, o Brasil parou para repercutir, positiva e negativamente, um termo dito pelo Ministério da Igualdade Racial, referente às fortes chuvas que afetaram o Estado do Rio de Janeiro: O Racismo Ambiental.   O que é Racismo Ambiental? O termo “racismo ambiental” surgiu na década de 1980 pelo Dr. Benjamin Chavis Jr., um incansável líder na luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Na juventude, Chavis foi assistente de Martin Luther King Jr., figura icônica na batalha contra o racismo e ganhador do Prêmio Nobel da Paz. O conceito de racismo ambiental nasceu em meio a protestos contra o despejo de resíduos tóxicos no condado de Warren, na Carolina do Norte, local onde a maioria da população era negra. Essa realidade chocante, porém, não era (e ainda não é) um caso isolado, se estendendo para diversas comunidades em todo o mundo. Mas, sendo diretos: Racismo Ambiental é a injustiça socioambiental, que afeta direta e implacavelmente grupos étnicos e comunidades vulneráveis, que se destacam por suas origens, raça e cor.

Passarinho que canta de madrugada?

Se você mora em grandes cidades, pode ser que já tenha ouvido um passarinho cantando uma melodia insistente muito antes do sol raiar, em plena madrugada. O dono desse canto tem nome e é muito conhecido: sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris). O sabiá-laranjeira é uma das espécies de ave mais populares do país, facilmente reconhecida pela cor laranja ou ferrugínea em sua barriga e também pelo seu canto melodioso. E foi esse canto que inspirou muitas obras em nossa cultura. Sim, é o famoso sabiá citado em mais de 20 canções de renomados compositores da música popular brasileira, e muito exaltado na nossa literatura e folclore. Ele aparece em composições de Tom Jobim, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, e foi eternizado na que talvez seja uma das mais conhecidas canções que o cita, “A majestade, o sabiá” de Roberta Miranda. E não poderíamos deixar de citar Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, e dar o merecido destaque ao verso de Gonçalves Dias em seu poema “Canção do exílio”, que imortalizou o sabiá em: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá”. Certeza que você conhece uma dessas! Apesar de tão querido e popular, desde 2013 o sabiá-laranjeira tem sido alvo de uma grande polêmica. A sua agradável melodia, antes celebrada e eternizada no imaginário popular em tantas obras, se tornou de repente alvo de muitas reclamações, e o motivo foi a inesperada mudança de horário de seu canto nas grandes cidades do país. Ao trocar o dia pela noite, cantando madrugada adentro, muita gente se incomodou. Por que essa ave canta à noite? Atualmente, durante o período da primavera e verão, o sabiá-laranjeira canta de madrugada devido à poluição sonora das grandes cidades. Imagine como é difícil concorrer com os ruídos que começam desde muito cedo nas metrópoles, com seus caminhões, obras a todo vapor por todos os lados, trânsito constante de carros, motos e ônibus, música alta e todo tipo de barulho urbano. É importante esclarecer que o canto para uma ave é um modo de sobrevivência e continuação de sua espécie. Seu canto tem por função demarcar território, atrair fêmeas no período de reprodução e ensinar sua melodia aos filhotes. Em áreas naturais como nas florestas, ou mesmo em cidades interioranas onde há mais arborização, o ambiente é mais silencioso, então começam a cantar por volta das 6h30 da manhã. Porém, em grandes cidades, como por exemplo em São Paulo, é impossível para eles competirem com a poluição sonora, encontrando nos horários da madrugada o silêncio necessário para conseguirem se comunicar, fundamental durante o período reprodutivo, quando precisam ouvir e serem ouvidos por outros sabiás. Estudos mostram que o sabiá-laranjeira que vive em grandes metrópoles começam a cantar em média 5 horas antes que as aves da mesma espécie que estão no interior. Portanto, essas aves tiveram de se adaptar, e acabou se tornando normal ouvir seu canto a partir de 2h, 3h ou 4h da manhã.  Leia também: Você sabia que tem plástico no seu prato de comida? Afetam as aves, mas não somente elas! A compreensão dos efeitos da poluição sonora na fauna é importante para a conservação das espécies e para a promoção de ambientes mais saudáveis tanto para os animais quanto para as pessoas. Essa adaptação do horário do canto do sabiá-laranjeira é um exemplo de como a fauna pode responder às mudanças em seu ambiente causadas pela presença humana e pela poluição sonora das cidades. A poluição sonora é um problema crescente em áreas urbanas, e não apenas afeta a vida das aves, mas também pode ter grandes impactos negativos na saúde humana, tanto físicos quanto psicológicos.  Dentre alguns efeitos negativos da exposição prolongada ao ruído urbano estão:  Problemas de audição;  Distúrbios do sono;  Aumento do estresse e ansiedade; Problemas de saúde cardiovascular, como hipertensão e maior risco de ataques cardíacos;  Distúrbios cognitivos que prejudicam a concentração, memória e a capacidade de aprendizado, especialmente em crianças em idade escolar;  Problemas de saúde mental, incluindo depressão e irritabilidade;  Problemas de comunicação;  Impacto na qualidade de vida. É importante notar que os efeitos da poluição sonora podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da sensibilidade individual ao ruído e da duração da exposição.  Portanto, medidas de controle de ruído, como planejamento urbano adequado, isolamento acústico de edifícios e regulamentações de tráfego, são essenciais para minimizar esses impactos na saúde pública. E como fica o sabiá? Desde 2002 o sabiá-laranjeira foi intitulado como ave-símbolo do Brasil (Decreto 63.234) e passou a ser protegido por leis de conservação da natureza. Mesmo assim, infelizmente, se tornou nas grandes cidades o exemplo prático dos impactos da poluição sonora. É muito importante que a sociedade esteja ciente dessas adaptações para o planejamento de medidas que reduzam a poluição sonora nas cidades, a fim de permitir que essas aves e outras espécies continuem a prosperar em seu ambiente natural. Então, se de repente você escutar o sabiá-laranjeira cantando de madrugada, tente não se chatear, afinal, nós quem fizemos barulho primeiro, então somos os responsáveis por essa adaptação. No fim das contas, ele só está tentando encontrar uma namorada 🙂

Relatório de Impacto 2021 da Positiv.a

Relatório de Impacto 2021 da Positiva

O ano de 2021 foi marcado por muitos desafios. E, também, por mais um período de crescimento da nossa empresa! No Relatório de Impacto 2021 da Positiv.a, nós temos a alegria de compartilhar como cuidamos de você, da sua casa e da natureza. Em várias ações, nossos produtos mostraram que quando temos união, a transformação acontece. Da mesma forma, o nosso jeito de acreditar que é possível crescer olhando para toda a cadeia produtiva nos ajudou a crescer 50%! Como ter acesso ao Relatório da Positiv.a? Ao final deste texto, você verá um resumo do nosso relatório em um infográfico. Dessa forma, você poderá salvar no seu computador e compartilhar em todas as suas redes sociais. Além disso, nós também temos uma página em nosso site dedicada aos nossos relatórios anuais, onde é possível consultar os anos anteriores e acompanhar como a Positiv.a está gerando impacto positivo no mundo inteiro. Portanto, se você é cliente Positiv.a, também faz parte dessa história e de cada resultado que alcançamos! Confira o nosso Relatório de Impacto 2021! Você sabia que a Positiv.a quebrou mais um recorde de materiais reciclados neste ano? Da mesma forma, você sabia que junto com você, ajudamos organizações como a Sea Sheperd? Além disso, também incentivamos a agricultura familiar como já é a nossa essência, mas com muito mais impacto! Agora, confira todos esses dados em nosso relatório completo:   Gostou do Relatório de Impacto 2021 da Positiv.a e quer conhecer nossos produtos? Se essa for a sua primeira vez no nosso blog, clique aqui e dê uma olhada nas nossas soluções!