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O que são desreguladores endócrinos e como eles afetam a nossa saúde

Os desreguladores endócrinos são substâncias químicas que têm a capacidade de interferir no sistema endócrino do corpo, o qual é responsável pela produção e regulação dos hormônios.  Essas substâncias estão presentes em muitos produtos do nosso dia a dia, como produtos de limpeza, cosméticos, plásticos, alimentos e pesticidas, e podem afetar a saúde ao imitar, bloquear ou alterar a produção natural de hormônios.   Por Que os Desreguladores Endócrinos São Prejudiciais? O sistema endócrino é uma rede complexa de glândulas e órgãos que produzem hormônios.  Hormônios são mensageiros químicos que regulam muitas funções corporais, incluindo metabolismo, crescimento e desenvolvimento, reprodução, humor e sono. Desreguladores endócrinos podem imitar hormônios, levando o corpo a pensar que tem mais ou menos de um determinado hormônio do que realmente tem.  Eles também podem bloquear os efeitos dos hormônios ou interferir na maneira como os hormônios são produzidos, armazenados ou metabolizados. Quais os Efeitos dos Desreguladores Endócrinos na Saúde? A exposição a desreguladores endócrinos tem sido associada a uma ampla gama de efeitos adversos à saúde, incluindo: Problemas reprodutivos: infertilidade, baixo número de espermatozoides, endometriose, malformações congênitas e alterações no desenvolvimento sexual. Doenças metabólicas: obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Cânceres hormônio-dependentes: mama, próstata, ovário, endométrio e testículo. Distúrbios da tireoide: hipotireoidismo, hipertireoidismo e bócio. Problemas neurológicos e comportamentais: déficits de atenção, hiperatividade, autismo e dificuldades de aprendizagem. Doenças autoimunes: lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla. Quais São os Principais Desreguladores Endócrinos? Existem muitos desreguladores endócrinos diferentes, mas alguns dos mais comuns incluem: Bisfenol A (BPA): Encontrado em plásticos policarbonatos e revestimentos epóxi de latas de alimentos e bebidas, o BPA pode imitar o estrogênio e tem sido associado a problemas reprodutivos, doenças cardíacas, câncer e obesidade. Ftalatos: Usados ​​para tornar o plástico mais flexível, os ftalatos podem interferir nos hormônios sexuais masculinos e têm sido associados a problemas reprodutivos, asma, obesidade e problemas comportamentais. Parabenos: Usados ​​como conservantes em cosméticos e produtos de higiene pessoal, os parabenos podem imitar o estrogênio e têm sido associados ao câncer de mama e a problemas reprodutivos. Triclosan: Encontrado em alguns sabonetes antibacterianos e cremes dentais, o triclosan pode interferir nos hormônios da tireoide e tem sido associado a problemas reprodutivos e de desenvolvimento. Pesticidas: Muitos pesticidas podem interferir no sistema endócrino e têm sido associados a uma variedade de problemas de saúde, incluindo câncer, problemas reprodutivos e distúrbios neurológicos. Metais pesados: Chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio podem interferir no sistema endócrino e têm sido associados a uma variedade de problemas de saúde, incluindo problemas neurológicos, danos renais e câncer. Retardantes de chama: Usados ​​em móveis, eletrônicos e outros produtos para retardar a propagação do fogo, os retardadores de chama podem interferir nos hormônios da tireoide e têm sido associados a problemas de desenvolvimento, problemas comportamentais e câncer. Como Reduzir a Exposição aos Desreguladores Endócrinos? Embora seja impossível evitar completamente a exposição aos desreguladores endócrinos, há uma série de medidas que você pode tomar para reduzir sua exposição: Coma alimentos orgânicos: Os alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de pesticidas sintéticos, que podem ser desreguladores endócrinos. Evite alimentos processados: Alimentos processados ​​geralmente contêm aditivos químicos, alguns dos quais podem ser desreguladores endócrinos. Use produtos de higiene pessoal e de limpeza naturais: Muitos produtos de higiene pessoal e de limpeza convencionais contêm desreguladores endócrinos. Procure produtos feitos com ingredientes naturais como os da positiv.a. Beba água filtrada: A água da torneira pode conter desreguladores endócrinos, como pesticidas e metais pesados. Beber água filtrada pode ajudar a reduzir sua exposição. Armazene alimentos e bebidas em recipientes de vidro ou aço inoxidável: O plástico pode lixiviar desreguladores endócrinos em alimentos e bebidas. Reduza o uso de plástico: O plástico é uma fonte comum de desreguladores endócrinos. Limpe sua casa regularmente: A poeira doméstica pode conter desreguladores endócrinos. Limpar sua casa regularmente pode ajudar a reduzir sua exposição. Seja um consumidor informado: Ao comprar produtos, preste atenção aos ingredientes. Evite produtos que contenham desreguladores endócrinos conhecidos. Conclusão Os desreguladores endócrinos estão presentes no dia a dia e podem impactar nossa saúde de forma significativa. Com informação e escolhas conscientes, é possível reduzir a exposição a essas substâncias e adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável. Evite químicos nocivos e escolha produtos que cuidem de você e do planeta. Conheça a linha de limpeza e higiene da positiv.a e transforme sua rotina com alternativas naturais e seguras! REFERÊNCIAS Rochester, J. R. (2013). Bisphenol A and human health: A review of the literature. Environmental Health Perspectives. Swan, S. H. (2008). Environmental phthalate exposure in relation to reproductive outcomes and other health endpoints in humans. Environmental Research. Darbre, P. D., & Harvey, P. W. (2008). Paraben esters: review of recent studies of endocrine toxicity. Journal of Applied Toxicology. Diamanti-Kandarakis, E., et al. (2009). Endocrine-disrupting chemicals: an Endocrine Society scientific statement. Endocrine Reviews. Veldhoen, N., et al. (2006). The bactericidal agent triclosan modulates thyroid hormone-associated gene expression and disrupts postembryonic anuran development. Aquatic Toxicology.  

Poluição do ar interno: proteja sua saúde em casa

Você já parou para pensar na qualidade do ar que respira dentro de casa? Enquanto muitos associam a poluição ao trânsito e às fábricas, poucos sabem que o ar interno pode ser até cinco vezes mais poluído do q ue o externo. Isso acontece devido à circulação restrita e à presença de poluentes invisíveis, como compostos químicos, mofo e até partículas de poeira.

O que o plástico que você joga fora tem a ver com os oceanos?

A cada ano, pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico são jogadas nos oceanos. Inclusive, todo o plástico já produzido desde sua invenção em 1862 ainda persiste na Terra. Se continuarmos a produzi-lo nesse ritmo sem refletir sobre seu ciclo de vida, em 50 anos, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Onde se encontra a maioria do plástico produzido? A maior parte do lixo marinho é plástico: entre 50% e 80% dos resíduos encontrados no mar são compostos por esse material, e ele também é o item mais recolhido em ações de limpeza de praias. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a poluição plástica marinha aumentou 10 vezes desde 1980, afetando pelo menos 267 espécies animais, incluindo 86% das tartarugas marinhas, 44% das aves marinhas e 43% dos mamíferos marinhos. Como o lixo plástico impacta a vida nos mares? Um relatório recente da PNUMA, revelou que mais de 14 milhões de toneladas de plástico entram e danificam os ecossistemas aquáticos a cada ano. Essa poluição causa diversos danos à vida marinha: animais se enroscam em pedaços maiores, confundem fragmentos menores com alimento e as margens costeiras são sufocadas por esse material. Por que o plástico é um problema para o meio ambiente? A poluição plástica é uma grande ameaça aos ecossistemas, ao clima e ao bem-estar humano. Globalmente, 46% dos resíduos plásticos são depositados em aterros, 22% são mal geridos e transformam-se em lixo, 17% são incinerados e 15% são coletados para reciclagem, com menos de 9% realmente reciclados. Por que é importante reduzir o consumo de plástico? No mesmo relatório, a PNUMA mostra que poderíamos reduzir a poluição por plásticos em 80% até 2040, se adotarmos medidas imediatas de reutilização, reciclagem, reorientação e diversificação para abandonar o uso de plásticos. Desta forma, o Programa promove três mudanças no mercado para mitigar estes impactos: Reúso: A promoção de opções de reúso, incluindo garrafas reabastecíveis, dispensadores a granel, esquemas de caução, esquemas de devolução de embalagens etc., pode reduzir em 30% a poluição por plástico até 2040. Reciclar: Reduzir a poluição plástica em mais 20% até 2040 pode ser possível se a reciclagem se tornar um empreendimento mais estável e lucrativo. A remoção dos subsídios aos combustíveis fósseis, a aplicação de diretrizes de design para melhorar a reciclagem e outras medidas podem aumentar a parcela de plásticos economicamente recicláveis de 21% para 50%. Reorientar e diversificar: A substituição cuidadosa de produtos, como embalagens plásticas, sachês e embalagens para viagem, por produtos feitos de materiais alternativos (como papel ou materiais compostáveis) pode proporcionar uma redução adicional de 17% na poluição plástica. Se não agirmos agora, em cinco anos, 80 milhões de toneladas a mais de plástico poluirão os oceanos até 2040.

O que é ESG?

ESG é uma sigla em inglês que significa Environmental (Ambiental), Social (Social) and Governance (Governança), três pilares que servem para avaliar a sustentabilidade socioambiental e o impacto de uma empresa na sociedade. Quem criou o termo ESG? O termo ESG surgiu em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, desafiou 50 CEOs de grandes instituições financeiras a integrarem fatores sociais, ambientais e de governança em suas decisões de investimento. Nos últimos anos, o termo ESG se tornou mais comum na linguagem empresarial, e algumas pessoas podem ter a falsa impressão de que a Sustentabilidade foi substituída por algo novo. No entanto, essa visão não é bem assim. Para Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, “o ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial, com o mesmo objetivo”. Além disso, o crescimento da agenda ESG é impulsionado, em grande parte, pela preeminência da emergência climática. Segundo a ONU, limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação à era pré-industrial exige um corte de 45% nas emissões de carbono até 2030, chegando a zero até 2050. Mais de 70 países, responsáveis por cerca de 76% das emissões globais, já se comprometeram com metas de neutralidade carbónica. Quais são os 3 pilares do ESG? Ambiental (E): Engloba ações que visam proteger o meio ambiente, como eficiência energética, gestão de resíduos, redução de emissões de carbono, conservação de recursos naturais e biodiversidade, entre outros. Social (S): Envolve aspectos sociais relacionados à atuação da empresa, como responsabilidade social corporativa, relações com funcionários, diversidade e inclusão, direitos humanos, saúde e segurança no trabalho, bem-estar dos colaboradores e engajamento da comunidade, entre outros. Governança Corporativa (G): Diz respeito à estrutura de governança da empresa, incluindo transparência, ética nos negócios, gestão de riscos, integridade corporativa, diversidade no conselho administrativo, entre outros. Como aplicar o ESG na empresa? O nosso papel como cidadãos é incentivar cada vez mais a adoção de práticas sustentáveis e cobrar das empresas um compromisso genuíno e contínuo com a sociedade e o meio ambiente. É aqui que o consumo consciente se torna mais relevante, porque podemos optar por produtos e serviços de empresas que demonstram compromisso real com a sustentabilidade em suas práticas. O Pacto Global da ONU defende que empresas que adotam práticas ESG reconhecem e gerenciam seus impactos na sociedade, buscando minimizar seus impactos negativos e maximizar os positivos na sociedade, conseguindo agir sobre eles, assim como equacionar os prejuízos já provocados. Como dar os primeiros passos? Um bom ponto de partida para as empresas é se fazerem duas perguntas: 1. A empresa está em conformidade com os Dez Princípios do Pacto Global? DIREITOS HUMANOS: Respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência. Assegurar a não participação da empresa em violações dos direitos humanos TRABALHO: Apoiar a liberdade de asssociação e reconhecer o direto à negociação coletiva. Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório Erradicar todas as formas de trabalho infantil da sua cadeia produtiva Estimular práticas que eliminem qualquer tipo de discriminação no emprego. MEIO AMBIENTE: Assumir práticas que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais. Desenvolver iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental. Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis. ANTICORRUPÇÃO: Combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno. 2. A empresa tem projetos que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU? Em 2015, a ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).​ Empresas com práticas ESG gerenciam seus impactos sociais, ambientais e de governança de forma a promover práticas mais sustentáveis, justas e transparentes, gerando benefícios financeiros, reputacionais e de longo prazo. “O negócio dos negócios é o negócio sustentável. As empresas precisam existir por muitos anos em uma sociedade em constante transformação. Portanto, todas as empresas de todos os setores precisam encontrar maneiras próprias de inseri-la no core do seu modelo de negócios, para que possam estar no mercado por muitas décadas” – Fábio C. Barbosa*, conselheiro do Itaú-Unibanco, da Natura e do Gávea Investimentos. Vamos juntas (os) multiplicar estes impactos? 🌎   *Ref. Livro: Humano de negócios do Rodrigo V. Cunha.

Estratégias para lidar com a Eco ansiedade

Eco ansiedade

Você acompanha as notícias climáticas por email, televisão e redes sociais? Na sequência, você sente forte ansiedade? Respira, estamos juntas nessa! Essa sensação já tem nome, e se chama: Eco ansiedade Guerras, Pandemia, doenças e eventos climáticos extremos e uma série de acontecimentos fazem com que o ser humano experimente uma iminente sensação de que o fim do mundo está próximo. E não tem jeito, essa conturbação externa gera impacto na saúde mental da sociedade, principalmente nos jovens.  Um estudo da Universidade de Bath, da Inglaterra, com 10 mil jovens entre 16 e 25 anos, revelou que 75% se sentem ameaçados pelo futuro e 45% sofrem de ansiedade climática.  Termos como “ansiedade climática” ou  “Eco ansiedade” se popularizaram nos últimos tempos e significa a angústia pelo futuro incerto do planeta. O termo “ecoansiedade”, inclusive, já foi incorporado pelo dicionário de Oxford e foi definido pela Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês) como “medo crônico da catástrofe ambiental“. Principais sintomas da Eco ansiedade Alguns relatos de pessoas entrevistadas em pesquisas sobre o tema citam: Pânico.  Dificuldade para dormir e a sensação de que estamos atrasados para resolver um problema urgente. Preocupação excessiva com o futuro do planeta e das futuras gerações. Sensação de impotência diante dos problemas ambientais.  Sentimento de desesperança em relação à capacidade da humanidade de resolver os problemas ambientais.  Irritabilidade e angústia. Perda da vontade de ter filhos e sair de casa. Sensação de que é tarde demais para fazer alguma diferença positiva no meio ambiente. Como lidar com a Eco ansiedade? Os especialistas recomendam que cada caso precisa ser considerado de forma muito particular e é arriscado oferecer recomendações generalistas. Porém, é preciso estar atento se a ansiedade está inviabilizando a rotina e as atividades de uma pessoa. Se for o caso, é preciso que ela busque ajuda especializada. Gosto muito de lembrar que é possível transformar o incômodo em solução, e assim resolver um problema que é seu e consequentemente de outras pessoas e do planeta.  Inclusive, foi esse pensamento que nos levou a criar a positiva! Vamos lá! Aqui estão algumas estratégias para ajudar a driblar esse sentimento avassalador: 1. Informe-se, mas não se afogue em notícias negativas: É importante estar ciente dos problemas ambientais que enfrentamos, mas consumir constantemente notícias negativas pode aumentar a ansiedade. Estabeleça limites saudáveis para a quantidade de notícias que consome e equilibre com informações positivas e ações inspiradoras. 2. Pratique o autocuidado: Dedique tempo para cuidar de si mesmo. Isso pode incluir meditação, exercícios físicos, passar tempo ao ar livre, ou qualquer atividade que o ajude a relaxar e recarregar as energias. 3. Envolva-se em ações positivas: Ao invés de se sentir impotente diante dos problemas ambientais, encontre maneiras de contribuir para soluções. Isso pode ser através do voluntariado em projetos que estão atuando diretamente em causas socioambientais. 4. Cultive conexões: Compartilhar suas preocupações com amigos, familiares ou grupos com interesses similares pode ajudar a aliviar a sensação de isolamento e fornecer um senso de apoio mútuo. Levar esse tema para terapia é fundamental, já que ao compartilhar os anseios é possível encontrar soluções e eliminar a sensação de impotência. 5. Pratique o consumo consciente: Faça escolhas conscientes em relação ao que você compra e como descartar os resíduos. Opte por produtos e empresas que tenham práticas sustentáveis e busque reduzir seu próprio desperdício. 6. Foque no que está ao seu alcance: Embora as mudanças climáticas e outras questões ambientais sejam problemas globais, muitas vezes podemos fazer a diferença em nossa própria esfera de influência. Concentre-se nas ações que você pode realizar em sua vida diária e em sua comunidade. Lembre-se de votar em pessoas que te representam e estão zelando de forma transparente das questões climáticas!

Celebrando as Mulheres: reconhecendo e valorizando o trabalho Invisível

No centro da celebração do Dia Internacional da Mulher, é nosso dever não apenas reconhecer as conquistas históricas das mulheres, mas também refletir sobre as lutas contínuas que elas enfrentam. Uma dessas batalhas é pela invisibilidade dos afazeres domésticos, uma carga desproporcionalmente atribuída às mulheres ao longo da história. Ao nos aprofundarmos nas páginas do livro de Silvia Federici, “O ponto zero da Revolução“, somos confrontados com a realidade penetrante de que o trabalho doméstico foi sistematicamente desvalorizado e naturalizado como parte natural da feminilidade. Federici nos lembra de que, enquanto as mulheres desempenham essas funções vitais sem remuneração, seu trabalho é desconsiderado e subestimado. O livro aponta que o capitalismo tem interesse em manter o trabalho doméstico invisível e desvalorizado, pois isso assegura uma fonte constante de mão-de-obra não remunerada. Essa invisibilidade não apenas perpetua a desigualdade de gênero, mas também mantém as mulheres em uma posição de vulnerabilidade e dependência econômica. O trabalho doméstico vai além das tarefas diárias de limpeza e cuidado com os filhos; é um investimento vital na produção da força de trabalho que impulsiona toda a economia. Atrás de cada fábrica, escola ou escritório, há o trabalho incansável de milhões de mulheres que contribuem diretamente para sustentar o tecido social e econômico de nossas sociedades. É crucial reconhecer que a falta de remuneração pelo trabalho doméstico não é apenas uma questão de injustiça econômica, mas também uma questão de saúde e bem-estar das mulheres. Muitas enfrentam duplas jornadas de trabalho, equilibrando empregos mal remunerados com responsabilidades domésticas, o que leva a uma carga física e mental insustentável. Para promover a igualdade de gênero, devemos tomar medidas concretas para tornar o trabalho doméstico visível e valorizado. Isso inclui reconhecer a importância dessas tarefas para a economia, garantindo condições dignas para as trabalhadoras domésticas e compartilhando equitativamente as responsabilidades entre todos os membros da sociedade. Além disso, é essencial criar políticas e programas que apoiem as mulheres em sua jornada de equilibrar trabalho remunerado e doméstico, como licença parental remunerada, creches acessíveis e horários de trabalho flexíveis. Educar a sociedade sobre a importância do trabalho doméstico e desafiar estereótipos de gênero também são passos cruciais para promover uma divisão mais justa e equitativa. No Brasil, temos dois projetos em regulamentação, o primeiro deles é o da Lei nº 638, de 2019, que propõe a inclusão da economia do cuidado no sistema de contas nacionais, para que, a partir da avaliação econômica oficial, possa haver políticas públicas específicas. E o segundo deles é o projeto 2.647, de 2021, que prevê a possibilidade de incluir o cuidado doméstico na contribuição para a aposentadoria. Esse é o primeiro passo para a mudança que queremos ver e precisamos, somente através do reconhecimento e da redistribuição equitativa do trabalho doméstico podemos alcançar a igualdade de gênero e justiça para todas. Conscientes da questão, podemos criar um futuro onde o trabalho das mulheres seja celebrado, valorizado e os afazeres domésticos sejam compartilhados por todos. Vamos unir nossas vozes e ações para construir um mundo mais justo e igualitário para cada mulher e para as gerações futuras.   Por Marcella Zambardino, Cofundadora e Diretora de Impacto da positiv.a, inspirado em  trechos do livro de Silvia Federici: O ponto zero da Revolução.

Racismo Ambiental: Uma luta por justiça social

Racismo ambiental

Na última reunião do Fórum Econômico Mundial, a frase “o sentido da urgência é a nossa única salvação“, dita pelo Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, ecoou em diversos veículos da imprensa. Diante disso, o debate sobre o racismo ambiental, especialmente em países com mais desigualdade social, torna-se ainda mais urgente e exige medidas concretas. A cada ano, no Brasil, com a chegada das chuvas, deixa em evidência outra parte da desigualdade social, que se manifesta nos desastres ambientais que assolam as grandes metrópoles. Durante os preparativos para o Carnaval, o Brasil parou para repercutir, positiva e negativamente, um termo dito pelo Ministério da Igualdade Racial, referente às fortes chuvas que afetaram o Estado do Rio de Janeiro: O Racismo Ambiental.   O que é Racismo Ambiental? O termo “racismo ambiental” surgiu na década de 1980 pelo Dr. Benjamin Chavis Jr., um incansável líder na luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Na juventude, Chavis foi assistente de Martin Luther King Jr., figura icônica na batalha contra o racismo e ganhador do Prêmio Nobel da Paz. O conceito de racismo ambiental nasceu em meio a protestos contra o despejo de resíduos tóxicos no condado de Warren, na Carolina do Norte, local onde a maioria da população era negra. Essa realidade chocante, porém, não era (e ainda não é) um caso isolado, se estendendo para diversas comunidades em todo o mundo. Mas, sendo diretos: Racismo Ambiental é a injustiça socioambiental, que afeta direta e implacavelmente grupos étnicos e comunidades vulneráveis, que se destacam por suas origens, raça e cor.

Eco friendly: o que é?

Homem segurando o planeta terra com folhas entre o planeta e as mãos, representando o eco friendly

A consciência ambiental deixou de ser uma mera tendência. Agora, é uma necessidade global. Você sabe o que significa ser eco friendly e como incorporar essa filosofia no cotidiano? Acompanhe nosso guia e descubra como fazer a diferença no nosso planeta! O que é eco friendly O termo “eco friendly”, traduzido como “amigo do meio ambiente”, é uma abordagem ou filosofia de vida cujas práticas, produtos e ações causam o menor impacto possível no meio ambiente. Mas o que isso realmente significa na prática e como se manifesta no cotidiano? A origem do conceito eco friendly remonta às crescentes preocupações com as mudanças climáticas, o esgotamento dos recursos naturais e a perda de biodiversidade. Com o aumento da consciência global sobre essas questões, emergiu a necessidade de adotar uma maneira de viver que esteja em harmonia com a natureza. Ser eco friendly não significa apenas reciclar ou economizar energia, embora sejam práticas valiosas. É uma mentalidade mais abrangente, que aborda a maneira como consumimos, trabalhamos e interagimos com o meio-ambiente. A ideia principal é que, em vez de explorar indiscriminadamente os recursos da Terra, devemos coexistir com a natureza, garantindo que as gerações futuras também desfrutem de um planeta saudável e sustentável. A importância de ser eco friendly O conceito de eco friendly significa mais do que simples ações isoladas: é uma filosofia de vida. Ao adotarmos um comportamento amigável com o meio ambiente, contribuímos para a redução do esgotamento dos recursos naturais, da poluição e dos impactos negativos das mudanças climáticas. Cada pequeno gesto eco friendly é uma semente plantada para um futuro mais verde e próspero. Práticas para se tornar eco friendly As práticas de eco friendly são conscientes, e, quando incorporadas no dia a dia, nossas ações são mais harmoniosas com a natureza. A seguir, listamos algumas dessas práticas, que transformam nossos hábitos. Redução do consumo: em uma sociedade dominada pelo consumo, é essencial questionar antes de adquirir. Não se trata apenas de “eu realmente preciso disso?”, mas também de “isso foi produzido de forma ética e sustentável?”. Reutilização e reciclagem: aja com criatividade! Objetos antigos podem ter novas utilidades. Além disso, faça da reciclagem uma prática regular, separando resíduos e direcionando-os para coleta seletiva; Adoção de energias renováveis: considere instalar painéis solares em sua casa ou apoiar iniciativas que empreguem energias limpas. Pequenas ações, como trocar lâmpadas convencionais por LED, também fazem a diferença; Escolha produtos sustentáveis: da comida ao vestuário, opte por produtos que sejam certificados, orgânicos ou que cujas práticas advenham de produção ecológica; Transporte consciente: reduza o uso de carros particulares. Prefira caminhar, andar de bicicleta, usar transporte público ou compartilhar corridas; Reduza o consumo de carne: você contribuirá para a diminuição do desmatamento e uso excessivo de água; Economize água e energia: mantenha-se consciente do seu consumo. Desligue as luzes quando sair de um cômodo, tome banhos mais curtos e instale dispositivos de economia de água; Plante árvores e crie espaços verdes: se você tem um quintal, considere plantar árvores ou criar um jardim. Em espaços menores, até plantas de interior ajudam a melhorar a qualidade do ar; Participe de iniciativas locais: junte-se a grupos ou organizações em sua comunidade que promovam ações de limpeza, plantio ou educação ambiental; Eduque-se e compartilhe: quanto mais informado você estiver, melhores decisões eco friendly adotará e influenciará positivamente os que estão ao seu redor. Lembre-se: ser eco friendly não se trata de perfeição, mas de progresso. Cada pequeno gesto conta na construção de um mundo mais sustentável. Na positiv.a, eco friendly é mais do que um lema, mas nossa missão e razão de existir. Nosso compromisso é criar produtos que atendam aos nossos clientes e respeitem e beneficiem o nosso planeta. As decisões que tomamos são guiadas pela sustentabilidade e pelo desejo de um futuro em que o equilíbrio entre humanidade e natureza seja restaurado. Junte-se a nós nesta jornada eco friendly e faça parte da solução. Escolha produtos e adote práticas que honram e protegem a Terra.

Passarinho que canta de madrugada?

Se você mora em grandes cidades, pode ser que já tenha ouvido um passarinho cantando uma melodia insistente muito antes do sol raiar, em plena madrugada. O dono desse canto tem nome e é muito conhecido: sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris). O sabiá-laranjeira é uma das espécies de ave mais populares do país, facilmente reconhecida pela cor laranja ou ferrugínea em sua barriga e também pelo seu canto melodioso. E foi esse canto que inspirou muitas obras em nossa cultura. Sim, é o famoso sabiá citado em mais de 20 canções de renomados compositores da música popular brasileira, e muito exaltado na nossa literatura e folclore. Ele aparece em composições de Tom Jobim, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, e foi eternizado na que talvez seja uma das mais conhecidas canções que o cita, “A majestade, o sabiá” de Roberta Miranda. E não poderíamos deixar de citar Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, e dar o merecido destaque ao verso de Gonçalves Dias em seu poema “Canção do exílio”, que imortalizou o sabiá em: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá”. Certeza que você conhece uma dessas! Apesar de tão querido e popular, desde 2013 o sabiá-laranjeira tem sido alvo de uma grande polêmica. A sua agradável melodia, antes celebrada e eternizada no imaginário popular em tantas obras, se tornou de repente alvo de muitas reclamações, e o motivo foi a inesperada mudança de horário de seu canto nas grandes cidades do país. Ao trocar o dia pela noite, cantando madrugada adentro, muita gente se incomodou. Por que essa ave canta à noite? Atualmente, durante o período da primavera e verão, o sabiá-laranjeira canta de madrugada devido à poluição sonora das grandes cidades. Imagine como é difícil concorrer com os ruídos que começam desde muito cedo nas metrópoles, com seus caminhões, obras a todo vapor por todos os lados, trânsito constante de carros, motos e ônibus, música alta e todo tipo de barulho urbano. É importante esclarecer que o canto para uma ave é um modo de sobrevivência e continuação de sua espécie. Seu canto tem por função demarcar território, atrair fêmeas no período de reprodução e ensinar sua melodia aos filhotes. Em áreas naturais como nas florestas, ou mesmo em cidades interioranas onde há mais arborização, o ambiente é mais silencioso, então começam a cantar por volta das 6h30 da manhã. Porém, em grandes cidades, como por exemplo em São Paulo, é impossível para eles competirem com a poluição sonora, encontrando nos horários da madrugada o silêncio necessário para conseguirem se comunicar, fundamental durante o período reprodutivo, quando precisam ouvir e serem ouvidos por outros sabiás. Estudos mostram que o sabiá-laranjeira que vive em grandes metrópoles começam a cantar em média 5 horas antes que as aves da mesma espécie que estão no interior. Portanto, essas aves tiveram de se adaptar, e acabou se tornando normal ouvir seu canto a partir de 2h, 3h ou 4h da manhã.  Leia também: Você sabia que tem plástico no seu prato de comida? Afetam as aves, mas não somente elas! A compreensão dos efeitos da poluição sonora na fauna é importante para a conservação das espécies e para a promoção de ambientes mais saudáveis tanto para os animais quanto para as pessoas. Essa adaptação do horário do canto do sabiá-laranjeira é um exemplo de como a fauna pode responder às mudanças em seu ambiente causadas pela presença humana e pela poluição sonora das cidades. A poluição sonora é um problema crescente em áreas urbanas, e não apenas afeta a vida das aves, mas também pode ter grandes impactos negativos na saúde humana, tanto físicos quanto psicológicos.  Dentre alguns efeitos negativos da exposição prolongada ao ruído urbano estão:  Problemas de audição;  Distúrbios do sono;  Aumento do estresse e ansiedade; Problemas de saúde cardiovascular, como hipertensão e maior risco de ataques cardíacos;  Distúrbios cognitivos que prejudicam a concentração, memória e a capacidade de aprendizado, especialmente em crianças em idade escolar;  Problemas de saúde mental, incluindo depressão e irritabilidade;  Problemas de comunicação;  Impacto na qualidade de vida. É importante notar que os efeitos da poluição sonora podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da sensibilidade individual ao ruído e da duração da exposição.  Portanto, medidas de controle de ruído, como planejamento urbano adequado, isolamento acústico de edifícios e regulamentações de tráfego, são essenciais para minimizar esses impactos na saúde pública. E como fica o sabiá? Desde 2002 o sabiá-laranjeira foi intitulado como ave-símbolo do Brasil (Decreto 63.234) e passou a ser protegido por leis de conservação da natureza. Mesmo assim, infelizmente, se tornou nas grandes cidades o exemplo prático dos impactos da poluição sonora. É muito importante que a sociedade esteja ciente dessas adaptações para o planejamento de medidas que reduzam a poluição sonora nas cidades, a fim de permitir que essas aves e outras espécies continuem a prosperar em seu ambiente natural. Então, se de repente você escutar o sabiá-laranjeira cantando de madrugada, tente não se chatear, afinal, nós quem fizemos barulho primeiro, então somos os responsáveis por essa adaptação. No fim das contas, ele só está tentando encontrar uma namorada 🙂

O que é ecobag? Confira motivos para usá-la!

Mulher segurando uma ecobag.

A transição para uma vida mais sustentável envolve muitas mudanças simples, mas significativas – entre elas, a substituição de sacolas plásticas por alternativas reutilizáveis e ecológicas. Mas o que é ecobag? Continue lendo e descubra como o uso desse simples objetivo pode ter um grande impacto ambiental e social. O que é ecobag? Ecobag é um termo amplamente utilizado para se referir a sacolas reutilizáveis, projetadas para serem usadas diversas vezes em contraposição às sacolas plásticas de uso único. O nome ecobag é uma junção das palavras “ecológico” e “bag” (sacola em inglês), refletindo sua função e natureza sustentável. Em geral, as ecobags são feitas de materiais biodegradáveis e/ou reciclados, sendo o algodão um dos mais comuns. Elas se apresentam como uma alternativa ecológica excepcionalmente viável às sacolas plásticas de uso único, que são extremamente nocivas ao meio ambiente. Isso acontece uma vez que as sacolas plásticas têm baixa biodegradabilidade – o que significa que levam centenas de anos para se decomporem – e são produzidas em quantidades massivas, gerando um alto volume de resíduos que frequentemente acabam em aterros sanitários, oceanos e outros habitats naturais. Ao optar por uma ecobag, você está contribuindo ativamente para reduzir esse fluxo de resíduos, ajudando a aliviar o impacto sobre nossos ecossistemas e a vida selvagem que neles habita. Além disso, ao contrário das sacolas plásticas (que são geralmente descartadas após um único uso), as ecobags foram projetadas para serem resistentes e duráveis. Por que utilizar as ecobags? A decisão de usar uma ecobag se traduz em uma atitude consciente e proativa de comprometimento com a preservação ambiental. Afinal, essa sacola reutilizável carrega em si uma forte carga simbólica: a de resistência ao uso indiscriminado de plásticos, especialmente os descartáveis, que são extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Cada ecobag, em seu ciclo de vida, pode substituir até três sacolas de plástico virgem, um número que pode ser bastante expressivo se considerarmos os bilhões de sacolas plásticas descartadas anualmente em todo o mundo. Além disso, o uso de ecobags contribui para a redução da demanda por petróleo, um recurso natural não renovável que é a base para a produção de plástico. As ecobags feitas de algodão reciclado são ainda mais impactantes em termos ambientais. Além de reutilizáveis e duráveis, elas demandam menos recursos naturais em seu processo de fabricação, já que aproveitam materiais de descarte que já cumpriram seu propósito inicial. Desse modo, evita-se o cultivo excessivo de algodão e se economiza água e energia. O uso de ecobags também faz parte de uma mudança maior de comportamento. Essa mudança está relacionada à transição para uma economia circular, na qual os materiais são mantidos em uso pelo maior tempo possível, reduzindo a necessidade de produção de novos materiais e, consequentemente, o esgotamento dos recursos naturais. Onde comprar ecobag? As ecobags da positiv.a são produtos de alta qualidade, duráveis e de origem sustentável. Elas são confeccionadas a partir de algodão reciclado, dando um novo propósito a materiais que, de outra forma, seriam descartados. Essa é uma atitude que não só reduz a demanda por novos recursos naturais, mas também minimiza a geração de resíduos, cumprindo, assim, um papel essencial na economia circular. No entanto, a responsabilidade ambiental não é a única vertente na produção das ecobags da positiv.a. A confecção dessas sacolas tem um impacto social profundamente positivo. Elas são fabricadas na periferia de São Paulo a partir de um projeto que visa a inclusão social de mulheres em estado de vulnerabilidade. Por meio desse projeto, essas mulheres têm a oportunidade de mudar a própria história, proporcionando melhores condições de vida para si e para suas famílias. Vídeo: De Onde Vem a Ecobag da positiv.a? Agora que você sabe o que é ecobag, faça parte da era da sustentabilidade ecobag e contribua para essa transformação! Confira a ecobag positiv.a aqui no nosso site.