Vizinhos em Comunidade pelo LIXO ZERO

Há cerca de 7 anos existe nas Vilas Ida, Jataí e Beatriz, na zona oeste de São Paulo, um grupo de vizinhos engajados em criar uma comunidade onde se aprofundem os laços territoriais, de amizade e de solidariedade, baseado em premissas de sustentabilidade ambiental e social. COMO SE ORGANIZAM Um dos momentos onde a comunidade mais se engaja ativamente é na festa junina. A festa é realizada sempre na Praça Coronel de Melo Pimenta, e organizada de forma totalmente comunitária. Ela segue o conceito de LIXO ZERO, no qual todo o evento é pensado em como gerar menos resíduos. E, claro, dar destino correto aos resíduos gerados. Desde então, este grupo começou a repensar mais sistemicamente as questões dos resíduos nos bairros. Há dois anos, iniciamos o processo inédito de compostagem comunitária em praças. Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o correto descarte de resíduos orgânicos. A iniciativa tem tido crescente participação do entorno. Participamos ativamente da Semana Lixo Zero com palestras, oficinas, e feiras de trocas. Cozinhamos em nossas comemorações sempre visando diminuir o desperdício alimentar com aproveitamento integral dos alimentos. Temos um grupo de compras coletivas para estimular o comércio de produtos orgânicos, locais e procurando gerar menos resíduos. Temos também um grupo de trocas e doações para desestimular o consumo de coisas novas e aumentar a solidariedade entre nós. Este pequeno guia sobre reciclagem surgiu na medida do crescente interesse deste grupo de também repensar a geração e destino correto aos seus resíduos. Seja na forma de reciclagem, seja na forma de upcycling. Acreditamos que a diminuição do consumo, a recusa de itens descartáveis e a escolha de materiais biodegradáveis e compostáveis são essenciais para conter os inúmeros malefícios ambientais do excesso de resíduos, que são descartados de maneira incorreta, poluindo solos, água e ar. Esperemos também que, com este guia, possamos cobrar a real implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com os planos de logística reversa que ainda não saíram do papel. GUIA DE RECICLAGEM Para acessar o Guia completo acesse aqui. Para saber mais sobre este grupo acesse: https://www.facebook.com/VilaJataiAltodePinheiros/ https://vilabeatrizejatai.blogspot.com/ Texto colaborativo de Thais Mauad, moradora das Vilas Beatriz, Ida e Jatai, médica e professora da Faculdade de Medicina da USP
A Temperatura dos Oceanos está Aumentando

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), o aquecimento global causado pelas ações humanas alcançou aproximadamente 1ºC desde a era pré-industrial. Esse aumento é uma combinação da temperatura dos oceanos com a do ar. E, diferente do que muitos pensam, não é apenas a temperatura atmosfera que preocupa a comunidade científica. A temperatura dos mares também é uma grande preocupação. Continue a leitura e entenda porquê! Como o excesso de gás carbônico afeta os oceanos A composição química do oceano o torna capaz de absorver grandes quantidades de calor por meio do carbono. Estima-se que os seres humanos já lançaram mais de 400 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, desde a revolução industrial. E grande parte dessa emissão de carbono é retida pelos oceanos. Essas grandes quantidades de carbono no oceano afetam o pH das águas. Isso causa sua acidificação, fato que influencia diretamente a vida marinha e seus ecossistemas. Especialmente os organismos com estruturas carbonáticas. Por isso, os mais afetados são os corais. Pois eles acabam sofrendo corrosão mais rápida do que a sua construção e dificuldades de reprodução. A soma desses efeitos pode levar à extinção de algumas espécies. E consequentemente, dificultar a vida de outras que dependem dos corais para sobreviver. Temperatura dos oceanos: mais quente que bomba A revista chinesa Advances in Atmospheric Sciences publicou um estudo em que consta que a temperatura média dos oceanos em 2019 ficou cerca de 0,075ºC acima da média verificada entre 1981 e 2010. Os cientistas chegaram à conclusão de que, nos últimos 25 anos, os oceanos absorveram o equivalente ao calor gerado por 3,6 bilhões de explosões como a da bomba de Hiroshima. Isso se torna mais uma prova factual do aquecimento global. A alta na temperatura dos oceanos pode causar ondas de calor marinhas. Consequentemente, isso levar a muitas perdas de vidas marinhas. E também à formação de furacões, segundo os pesquisadores. A reversão do problema Atualmente são necessários esforços para entender melhor os efeitos do aquecimento global nos oceanos. E, principalmente, como reduzir seus efeitos. Acredita-se que a reversão é possível. Porém, a velocidade com que os oceanos demonstrarão resultado é muito inferior que a terrestre. É urgente repensar as formas de consumo, cobrar políticas públicas e transparência das grandes empresas. A acidificação dos oceanos está citada no item 14.3 dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis”. É necessário, então, procurar o balanço ideal para a maior quantidade possível de espécies, a fim de que a Terra e o oceano consigam se recuperar das grandes emissões humanas. A nível individual, sempre é possível levar uma vida mais sustentável! Confira os 10 passos para iniciar uma vida mais sustentável e veja como você pode colaborar com o combate ao aquecimento global e à alta temperatura dos oceanos!
É carnaval e agora, sua fantasia tem plástico?

Todo ano, o Carnaval leva multidões às ruas de centenas de cidades Brasil adentro. E na sequência da folia, uma maré assustadora de lixo fica quando já não sobra mais foliãs e foliões pra cantar. Já é 2020 e temos bastante informação sobre o destino dos resíduos sólidos no país e – felizmente – já pintam muitas alternativas que não deixam estragar a farra, mas protegem o meio ambiente. Das alternativas que já correm por aí e já estão na boca e na prática de muitos carnavalescos conscientes são: – BIOGLITTER O glitter convencional é feito de alumínio e plástico PET (polietileno tereftalato), um material que leva centenas de anos para se decompor. Pra quê produzir ainda mais microplástico, não é mesmo? Tem tantos outros jeitos de brilhar! O bioglitter é feito de celulose ou filme biodegradável e colorido por extratos minerais e vegetais. São melhores até para evitar alergia. Brilhemos o ano inteiro, sem ofuscar os oceanos! – COPO REUTILIZÁVEL Copinho plástico é tão século passado! Sai dessa! Cada um leva seu copo/caneca pendurado na pochete e verás quanto resíduo poupado na quarta-feira de cinzas. – ECOCANUDO Cabe em qualquer pochete, vai! Para tomar aquela água de coco e hidratar embaixo do sol quente, deixe o canudinho plástico de fora dessa relação. – SE VAI DE CERVEJA, VAI DE LATA! O alumínio tem muito mais valor na cadeia de reciclagem do que outros materiais, como o vidro, por exemplo. Opte pelas latas e dê destino certo a elas. (Uma pausa aqui para agradecer os catadores e as catadoras de alumínio que são verdadeir@s anjos pra nós sempre, mas mais ainda durante o carnaval! Obrigada e uma salva de palmas!!) – CONFETE DE FOLHA SECA Jogar papel no chão não faz sentido nenhum durante qualquer época do ano. Por que no carnaval pode? Não pode também, né? É óbvio! Faça seu próprio confete com folhas secas e furador! Biodegradáveis, naturais, não vão entupir bueiros, poluir águas e gerar mais lixo. Agora vamos falar de um ponto que ainda se evita: AS FANTASIAS! Tecidos sintéticos, plástico, poliéster, penas de animais… e por aí vamos ladeira abaixo! É muito resíduo antes, durante e depois do Carnaval. Fora que existe um péssimo hábito entre os foliões de que não se pode repetir fantasia. Se prefere não repetir, a melhor alternativa é trocar com @s amig@s! Agite um bazar de carnaval para trocar peças! Todo mundo sai ganhando e a gente joga menos resíduo fora. Reaproveitar é a máxima e o máximo! 😉 Você também pode fazer uma fantasia upcycling misturando peças e acessórios do seu próprio guarda roupa! Pega aquela peça parada o ano inteiro, que você sempre acha que vai usar, mas não usa nunca e transforme-a com toda sua criatividade. A gente sabe que você tem! Existem algumas marcas que apostam em criar novos modelos a partir de aparas de tecidos e resíduos da indústria de modelagem, como a Re-roupa, procure saber! Se toda ideia de fantasia que você imagina se materializa em algo com plástico o que você pode fazer é: reaproveitar! Use coisas que iriam para o lixo. Ou então, que tal dar um pulo na sede da escola de samba do seu bairro para ver o que tem de material sobrando por lá? Pode ter certeza que eles jogam muuuita coisa útil fora! A bola tá com a gente! É mais que tempo de nos responsabilizarmos por tudo que consumimos e estarmos cientes de que todo esse consumo tem impacto no planeta. Use e abuse de cores, de alegria e de fantasia! Vestir-se de boas energias é fundamental! Faz bem para a sociedade, faz bem para o meio ambiente e faz bem para você! E não custa reforçar: quem bebe não dirige, hein? Chama o app de carro, vai de ônibus, espera o metrô abrir. Qualquer alternativa vale mais do que colocar vidas em risco! Bom carnaval para todo mundo!!! — NÃO É NÃO —
Quanto VALE um rio: 1 ano de lama em Brumadinho

Há 1 ano, a barragem regida pela mineradora VALE, em Brumadinho (MG) rompeu e a lama varreu toda a cidade. O desastre socioambiental deixou 270 mortos, 11 desaparecidos, comunidades destruídas e vegetações arrasadas. O Rio Paraopeba, principal fonte de água da região, completamente contaminado, com seu uso suspenso até hoje. O Ribeirão Ferro Carvão, que também passa pela região, perdeu o rumo com o mar de lama. Em vários trechos, corre por onde nunca havia passado antes do desastre. Rio de Lama Foi em menos de 1 hora, que – no dia 25 de janeiro de 2019 – 9,7 milhões de m³ de lama atingiram uma área de mais de 2 milhões de m², a uma velocidade média de 80km por hora. 48 municípios afetados e a história ainda está longe de ter um desfecho justo para as vítimas e para a sociedade. “Semeávamos alface, repolho e milho aqui. Mas agora não há nada que possamos fazer com a água do rio e, de qualquer maneira, quem compraria produtos que cresceram com essa água? Ninguém!”, diz um morador. O solo segue enegrecido, pelos resíduos de mineração espalhados e agora misturados com a terra. Terra que nada mais dá. E dará? A Natureza tem que ter muita compaixão pela nossa existência para resistir e se reerguer diante de tanta brutalidade e injustiça. A população ainda sofre as consequências: coceiras e infecções na pele, diarreias, queda de cabelo, aumento nos índices de abortos espontâneos, gastroenterite, disfunções cardíacas, além de questões psicológicas, como depressão, ansiedade e insônia. “Além disso, perdemos o espaço de lazer. As pessoas são pobres, carentes, não têm condição de investir em lazer. O rio era um lazer gratuito e a gente perdeu”, conta uma moradora. Uma multinacional do tamanho da VALE e um poder público falho como o nosso, se mostraram amplamente ineficientes no dever de proteger a população e o meio ambiente de tragédias como essa. O estrago é um colapso gigante e a nossa conclusão é: a água vale muito mais do que minério!! Fonte: Brasil de Fato, Folha de São Paulo e Estado de Minas.
ONG Amigo da Vez visita Aldeia Yawanawá com apoio da Positiv.a!

Levar saúde e dignidade para comunidades dos locais mais remotos do Brasil sempre foi o maior objetivo da Amigo da Vez. Por isso, quando recebemos o desafio de cruzar nosso país para atender os índios das aldeias do povo Yawanawá no extremo oeste do Brasil, soubemos que estamos no caminho certo. Um caminho de transformação através do sorriso. Em novembro de 2018, durante uma de nossas missões na comunidade de Ponta Negra em Paraty, tivemos o prazer de receber a visita do Cacique Biraci Brasil do povo Yawanawá para conhecer um pouco do impacto positivo que os atendimentos odontológicos alcançavam em toda a população local. Impressionado com a grande estrutura de equipamentos, variedade de serviços oferecidos e principalmente pelo amor e carinho dos voluntários dedicados a cada paciente, o Cacique nos lançou um desafio que se tornaria uma das missões mais especiais da ONG: “O trabalho que vocês realizam é realmente muito bonito, mas atender pessoas aqui perto de São Paulo é muito fácil. Eu quero ver vocês levarem tudo isso lá para nossas aldeias no coração da floresta Amazônica”, disse o Cacique. Foi nesses instante que surgiu a missão Amigo Nativo! Os Yawanawá O “povo da queixada” (tradução para Yawanawá) possui uma história que inspira, motiva e que, de certa forma, foi o que nos ajudou a manter o foco e perseverança em cada obstáculo que surgia durante todas as etapas de organização dessa missão. A queixada é um porco do mato que se torna uma presa fácil quando sozinha, porém quando em grupo, se tornam fortes e uma grande ameaça até para o mais forte dos predadores da mata. O povo Yawanawá chegou perto de ver sua cultura desaparecer em função da colonização de seringueiros e missões religiosas mas graças a essa força do grupo unido, conseguiram resistir, lutar e restabelecer suas tradições. Motivação não nos faltava. Medos e ansiedade também não. Não sabíamos bem como seriam as condições para dormir, alimentação ou banheiro. Tomamos muitas vacinas, compramos barracas e lanternas, muito repelente e preparamos mais de 1,5 tonelada de equipamentos. Finalmente o dia 21 de novembro chegou e os 15 voluntários se encontraram no aeroporto de Congonhas às 5h30 da manhã. Seriam 10 dias de um contato muito intenso com a natureza, aprendizado de uma nova cultura e a realização da transformação de vidas devolvendo as funções mastigatórias, estética e dignidade. Foram mais de 8 horas de vôo até Cruzeiro do Sul no Acre onde passamos a primeira noite. Depois 3 horas de ônibus até Tarauacá e por último, mais de 9 horas nas 6 voadeiras (embarcação própria para navegação em águas de baixa profundidade), pelo rio Gregório até a aldeia. A experiência com os barcos foi uma aventura a parte. Com a baixa profundidade das águas, durante todo o trajeto batíamos em troncos e bancos de areia que por muitas vezes quebram as hélices do motor, trava o barco ou balança e molha bastante. Já quase anoitecendo, finalmente fizemos a última curva do rio e nos deparamos com uma grande quantidade de pessoas nos esperando e acenando no alto do morro onde ficava a aldeia. O cansaço que tomava conta deu espaço para uma grande emoção e alegria em todos os voluntários com a carinhosa recepção. Ufa, era melhor do que esperávamos! Nossa primeira impressão sobre a estrutura da aldeia foi muito positiva. Conseguimos montar nossas barracas em um espaço coberto. Havia também um espaço muito confortável para as refeições e a maior emoção até o momento: havia banheiro com vaso sanitário e chuveiro! Chuveiro com água fria, mas muito melhor que tomar banho no rio, como temíamos. Fomos surpreendidos por uma chuva torrencial na primeira noite. As barracas balançavam muito com o vento e os raios e trovões assustavam bastante. Pela manhã, algumas pessoas acordaram com o interior da barraca molhada, outras com as costas doendo por dormir em colchões sem conforto mas nada tão forte para superar a magia de acordar no coração da floresta Amazônica. O consultório no meio da Floresta Amazônica Dois geradores montados alimentando dois grandes compressores de ar, 4 estações de atendimento, área de cadastro de pacientes, atendimento médico, área de esterilização e muitos olhares curiosos da população que se aproximava aos poucos. Tudo estava pronto e começamos a todo vapor. Percebemos que existia uma grande preocupação dos pacientes com a extração de dentes, já que era um dos poucos procedimentos oferecidos pelos esporádicos atendimentos feitos pelo governo do Acre. Nos deparamos também com um certo medo das crianças, timidez dos adultos e infelizmente muitas cáries. Nessa hora, o profissionalismo, dedicação, carinho e amor pela missão de cada voluntário falou mais forte e lágrimas começaram a se transformar em sorrisos. Foram mais de 1.000 procedimentos odontológicos registrados. Fizemos limpezas, aplicações de flúor, eliminamos cáries, tratamentos de canal, tratamentos estéticos, exodontias, próteses reabilitadoras e tiramos a dor. Falamos da importância da prevenção. Ensinamos como escovar os dentes. Demos mais de 700 kits de higiene oral para crianças e adultos e vimos muitos sorrisos que antes eram escondidos pela vergonha tomarem os rostos de cada um que passava pelas cadeiras. Com a mesma intensidade dos atendimentos odontológicos, o povo Yawanawá passava por consultas psicológicas, prescrição e entrega de medicamentos, avaliações e exames e aplicação de medicamentos via muscular e venal. Além de levantamento epidemiológico de doenças prevalentes na comunidade. Entre 7 horas da manhã e 18 horas da tarde nossos dentistas se revezavam, as vezes até esquecendo do calor escaldante, pouca ventilação e enorme quantidade de mosquitos que nos picavam incessantemente. Alguns voluntários emagreceram até 4 quilos. De fato o desafio foi grande. Nossos voluntários foram valentes e unindo com a receptividade de todo o povo, conseguimos cumprir nossa promessa ao Cacique Bira. Mas a missão não acaba aqui. Percebemos que isso foi apenas o início de um movimento que vai levar ainda mais qualidade de vida e sorrisos para os povos indígenas do nosso Brasil. Por isto a importância de termos parceiros como a POSITIV.A que viabilizou parte dos custos operacionais
Dia do controle da poluição por agrotóxicos: por que falar sobre ele?

O Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos foi criado para conscientização da população quanto aos riscos causados pelo uso indiscriminado e os problemas causados ao meio ambiente e à saúde humana. Bora falar sobre esse tema importante? Por que falar sobre agrotóxicos? Em 2019, Brasil bateu o recorde no número de agrotóxicos liberados para o uso em lavouras. Foram 439 novos agrotóxicos, dentre os quais 34% são proibidos na União Europeia. O Instituto Butantan realizou uma recente pesquisa com dez agrotóxicos amplamente usados no Brasil e revelou que os pesticidas são extremamente tóxicos ao meio ambiente e à vida. Independente da concentração, mesmo em dosagens equivalentes a até um trigésimo do recomendado pela Anvisa. O tipo de agrotóxico mais utilizado no Brasil e no mundo é o glifosato. Foram comercializadas 173 mil toneladas só em 2017 no país. Aplicadas, principalmente, em plantações de soja, milho, café, arroz, banana, maçã e mamão. Em março de 2015, a Agência Internacional para Pesquisas em Câncer, da ONU, classificou o glifosato como “provável carcinogênico para humanos”. Agricultores e moradores de comunidades rurais são os principais impactados pela intoxicação. Mas mesmo nas grandes metrópoles também somos afetad@s ao ingerirmos água, frutas, verduras e até mesmo produtos industrializados. Por isso, falar sobre o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos é tão importante. O perigo vai além Os agrotóxicos são produtos químicos agressivos que alteram a composição da flora e da fauna. E tem como objetivo evitar que doenças, insetos ou plantas daninhas prejudiquem as plantações e suas respectivas produções. Essas substâncias, no entanto, não se mantêm apenas nos alimentos, mas, também, contaminam nossos solos, lençóis freáticos e nossas águas. Segundo levantamento da Anvisa, os alimentos mais afetados pelo uso de agrotóxicos são: pimentão, uva, pepino, morango, couve, abacaxi, mamão, alface, tomate, beterraba e a lista não para aí. Elimine os agrotóxicos da sua mesa O uso de agrotóxicos passou a ser disseminado pós II Guerra Mundial, com o amplo crescimento da agricultura industrial. Para aumentar a produção agrícola, substituiu-se a mão-de-obra humana pela mecanizada, implantou-se sementes geneticamente modificadas e passou-se a utilizar adubos químicos e venenos para contenção de pragas. Em contrapartida, colocou-se em xeque os impactos sociais, as consequências para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. E hoje pagamos caro por isso. A Campanha Chega de Agrotóxicos reuniu 7 motivos para você banir os agrotóxicos da sua alimentação e assinar pela aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos: São a causa de diversos problemas de saúde, e a exposição a longo prazo pode causar doenças crônicas como o câncer; Atingem diretamente os camponeses e camponesas que produzem nossa comida; Contaminam os cursos d’água, reservatórios e aquíferos; Matam a vida do solo e provocam a ‘espiral química’, isto é: quanto mais agrotóxico se usa, mais agrotóxico é necessário usar; Ameaçam diretamente a soberania alimentar, tornando nossa agricultura dependente das empresas transnacionais que dominam este mercado; Só em 2015, as empresas faturaram R$32 bilhões com a venda de agrotóxicos, enquanto o Brasil investiu apenas R$3,8 bilhões em alimentação escolar; A ONU afirmou que os agrotóxicos são responsáveis por 200 mil mortes por intoxicação aguda a cada ano, e aponta que mais de 90% das mortes ocorreram em países em desenvolvimento. Além disso, coloca como mito a ideia de que pesticidas são vitais para garantir a segurança alimentar. Não existe quantidade segura para o uso de agrotóxicos. Qualquer quantidade já gera impacto em nós e no meio ambiente. E as futuras gerações serão cada vez mais afetadas, caso o caminho não mude. O Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos existe para não nos deixar esquecer: Nós queremos comer comida de verdade. É nosso direito. É um direito da terra e da Terra. É muito importante disseminar as informações sobre o tema, acompanhar as mudanças, as liberações, os progressos e retrocessos. Saber do que você se alimenta é fundamental para nossa saúde e para o futuro. Buscar comprar alimentos orgânicos é a saída. Nos mercados comuns, costumam ser sim bem mais caros do que os convencionais. A melhor forma de adquirir produtos orgânicos é buscando comprar direto de pequenos produtores. Já existem feiras focadas em orgânicos por todo Brasil. Em São Paulo, iniciativas como o Instituto Chão e o Instituto Feira Livre são grandes estímulos para o consumo de alimentos orgânicos de qualidade a preços acessíveis. Procure saber! Aproveite para encontrar a Feira Orgânica mais perto de você. Como é a produção da Positiv.a? Temos muito orgulho e segurança de dizer que nossos produtos são livres de agrotóxicos! Valorizamos o trabalho e a saúde dos nossos pequenos produtores ao redor do Brasil, para que tenham as melhores condições de vida e de trabalho. E, assim, nos entregar os melhores produtos! Olha só o sorriso da Zizi, produtora das nossas buchas vegetais, colhendo sua mandioca 100% orgânica! Fonte: UOL e National Geographic
Ecofelicidade: o equilíbrio entre o eu, o outro e o meio ambiente

O que é felicidade para você? Estamos constantemente em busca da tal felicidade. Reconhecê-la é fácil. Mas saber como atingi-la, às vezes, nem tanto. Para uns a felicidade é o fim, para outros o caminho. Para uns é a solitude, para outros é a comunhão. Uns se contentam com menos que outros. E por aí vai… Felicidade é algo relativo. Mas segundo um novo conceito chamado ECOFELICIDADE, existem três pontos de equilíbrio perfeitamente possíveis de serem alcançados e que vão aumentar o potencial individual de bem-estar, paz interior e felicidade. São eles: Equilíbrio consigo mesmo Equilíbrio nas variadas relações que exercemos, diariamente, com o outro Equilíbrio com o meio ambiente em que se está inserido O movimento ECOFELICIDADE é direcionado para um desenvolvimento humano que tenha como objetivo principal estimular o equilíbrio interior com base no autoconhecimento. Com esse passo dado, harmonizar as relações com o outro (sociedade como um todo) e com o meio ambiente em que está inserido. Com base no respeito a todas as formas de vida, tornando os desafios do dia a dia, uma sequência de experiências plenas e desejáveis. DESENVOLVIMENTO PESSOAL POR UMA OUTRA PERSPECTIVA O eu Conhecer a si mesmo e saber onde implica verdadeiramente seu desejo é um grande passo para nosso desenvolvimento enquanto seres humanos. Estar em contato com o corpo, a saúde e a vida de forma leve, prazerosa e despida de pré-julgamentos, máscaras e padrões sociais. Atingir esse lugar de forma que não seja egoísta, mas sim considerando que – você estando bem com você mesm@, poderá ser melhor para @ outr@. O nosso A comunicação é o principal meio para se resolver conflitos e conectar as pessoas de forma mais empática, autêntica e compassiva. Quando são estabelecidos vínculos de confiança com as relações a nossa volta, seja de amizade, de família ou amorosa, por meio da escuta ativa, por exemplo, as pessoas se sentem menos sozinhas. Estabelecer relações de profundidade com as pessoas, que sejam poucas, mas que possa haver essa troca é saudável para um apoio nos percalços do dia a dia. A empatia também é um exercício contínuo para o fortalecimento das relações. Isso é, colocar-se no lugar do outro antes de falar ou fazer qualquer coisa. Respeito pela vivência do próximo e pela sua própria. O meio ambiente E todas essas relações têm como cenário o meio ambiente. Buscar a harmonia do viver em sintonia com a natureza de maneira ecológica. Dar uns passos atrás do chamado “desenvolvimento” e reaprender a viver como nossos avós, bisavós, tataravós. Ou como as comunidades indígenas e tradicionais vivem ainda hoje. Aprendendo e trocando com o meio ambiente. Não apenas explorando-o. Pois é dele que vivemos. Nós somos a natureza, destruí-la é também nos destruir. “A ideia é trabalhar o desenvolvimento humano; não há crescimento econômico ou da sociedade sem o desenvolvimento humano. São as pessoas que fazem as coisas acontecerem e elas precisam estar transformadas interiormente para provocar mudanças positivas”. Alfredo Cordella, organizador do primeiro encontro sobre o tema, que ocorreu em Santos (SP) e presidente da ONG Rede Cidadania. Bóra viver a ECOFELICIDADE em 2020?
Sua alimentação está diretamente ligada às mudanças climáticas!

Já é consenso que frituras fazem bastante mal à saúde. E a carne vermelha não fica muito atrás… A dieta vegetariana já é adotada por 30 milhões de brasileiros!! Isso representa 14% da população. Foi um salto enorme, já que esse estilo de vida é muito recente para a maioria dos cidadãos brasileiros. Recentemente, associaram que os alimentos que contribuem para uma dieta livre de colesterol e mais rica em nutrientes também podem salvar o planeta. Cientistas estimam que cerca de 1/4 dos gases de efeito estufa gerados a cada ano são provenientes do sistema alimentar do mundo. Como todos nós nos alimentamos, todos participamos desse sistema que está exacerbando as mudanças climáticas. Felizmente, a cada refeição, podemos fazer escolhas para diminuir os impactos negativos do nosso sistema alimentar. Separamos algumas dicas que podem te ajudar a consumir alimentos e gerar impacto positivo no planeta! Adote uma dieta vegetariana, vegana ou tente reduzir o consumo de carnes e laticínios Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, a pecuária global produz 2,3 gigatoneladas de CO2 por ano, o que equivale a 5% dos gases de efeito estufa emitidos anualmente. Dado que a produção de produtos de origem animal gera, em conjunto, cerca de 75% das emissões totais relacionadas aos alimentos, comer menos carne e laticínios – além de mais frutas, vegetais, nozes e legumes – é uma das maneiras mais impactantes de reduzir sua pegada alimentar. O impacto médio dos gases de efeito estufa na produção de 100 gramas de proteína da carne bovina é de 105 kg de CO2. Enquanto a produção da mesma quantidade de proteína de nozes gera 1,35 kg de CO2. A pecuária também contribui para o desmatamento, a escassez de água doce e a poluição, além de várias outras práticas prejudiciais ao meio ambiente. Vários estudos citaram que a redução no consumo de alimentos de origem animal é essencial para atingir os níveis de redução de carbono necessários para conter as mudanças climáticas. Fiscalizar a pesca Segundo o WWF, 90% dos estoques globais de peixes estão sendo pescados em um nível insustentável ou atingiram seu nível máximo. A mudança das condições ambientais, juntamente com as atividades ilegais e de pesca excessiva, desestabilizaram os principais sistemas ecológicos nos oceanos. Esses problemas ameaçam a subsistência de três bilhões de pessoas em todo o mundo. Acontece que escolher frutos do mar sustentáveis é mais difícil do que parece. Existem muitos fatores: de onde os peixes vêm, como são capturados (ou criados) e como o ambiente local é protegido (ou não). Caso ainda tenha peixe em sua dieta, o ideal é consumir aqueles dos quais você tem ciência da procedência. Não sendo fruto de pesca fantasma e ilegal. Opte pelo consumo sustentável! A agricultura industrial é o meio de produção dominante de muitos países. Esse setor de negócios depende fortemente do uso de produtos químicos sintéticos, como herbicidas, pesticidas e fertilizantes para atingir sua escala maciça. Isso com base na monocultura, a prática do cultivo intensivo de culturas únicas em escalas de massa. Esses sistemas de uso intensivo de água e combustível resultam na destruição da biodiversidade essencial e da terra agriculturável. Além de depender de combustíveis fósseis e contribuir para o declínio da biodiversidade, essas práticas podem levar a uma infinidade de outros riscos ambientais. Por exemplo, a agricultura de monocultura requer o uso de fertilizantes sintéticos. E o escoamento de fertilizantes contribui para a poluição da água. Para fortalecer alternativas ao agronegócio industrial é de suma importância apoiar pequenos agricultores que utilizam a água com sabedoria, minimizam a poluição, promovem a biodiversidade e mantêm a saúde do solo. Menos resíduos Uma maneira negligenciada, mas incrivelmente importante, de adotar uma dieta mais amigável ao clima é simplesmente desperdiçar menos comida. De 30 a 40% de todos os alimentos são desperdiçados. 40% do que os agricultores produzem são jogados fora. O desperdício de alimentos em aterros produz uma quantidade substancial de metano, que é 21 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Recomenda-se que os consumidores evitem comprar em excesso, planejem melhor as refeições e corte as compras por impulso. Os consumidores também podem reduzir o desperdício de produtos comprando frutas e legumes imperfeitos. Outro método que ajuda muito na correria do dia a dia é congelar ingredientes não utilizados e entender melhor as datas de validade. Clima favorável, você mais saudável Estas são apenas algumas das muitas maneiras pelas quais você pode fazer sua parte, apoiando um sistema alimentar mais sustentável. A maioria dessas sugestões também acompanha o cultivo de um estilo de vida saudável em geral. Acontece que o que é bom para o planeta também é bom para sua saúde. Ao adotar esses hábitos, podemos abrir caminho para um sistema alimentar ecológico. Fonte: Public Goods
5 recursos que podem acabar em pouco tempo na Terra

Segundo a terceira Lei de Newton, para toda ação há uma reação. Isso se dá para absolutamente tudo em nossa vida. Por isso falamos tanto por aqui em gerar impacto positivo, pois, se vamos gerar impacto no planeta, que ele seja positivo! Muito já se explorou dos recursos da Terra. O Dia de Sobrecarga da Terra firma isso e a cada ano, nos mostra que regredimos mais e mais. Essa data, marca o dia em que os recursos naturais e renováveis do planeta disponíveis para um ano, se esgotam. Essa data em 2019 foi 29 de julho. Ou seja, um pouco mais da metade do ano, utilizamos todos os recursos que a Terra é capaz de produzir para os 365 dias. Nós consumimos muito mais rápido do que o planeta consegue se regenerar. E as consequências disso? Comprometamos a vida na Terra para as futuras gerações. Adiantamos cada vez mais essa marca, que em 2018 foi em 1º de agosto, em 2017 foi no dia 2 de agosto, em 2016 no dia 8 de agosto e em 2015 no dia 13 de agosto. Quem faz esse cálculo é a Global Footprint Network. Há décadas ouvimos falar sobre a escassez de recursos naturais e a importância de cuidar e economizá-los. Exemplo maior disso é a água. Mas também entram o petróleo e, recentemente, a extinção das abelhas e seus impactos expressivos. No entanto, há recursos que a gente nem imaginava que correm tanto risco quanto esses citados acima. E podem transformar a vida de todos os seres na Terra. Citamos aqui 5 deles: 1. ESPAÇO EM ÓRBITA Existem mais de 500 mil objetos em órbita ao redor do planeta Terra. Sendo que desses, apenas 2 mil são utilizados: satélites que usamos a cada dia para comunicações, GPS e internet, televisão, entre outros. O grande número que sobra são restos de lançamentos de foguetes e colisões que ficam em órbita. E esse número refere-se apenas aquilo que é possível rastrear, ou seja, esse número pode ser ainda maior! Não existe controle de tráfego para esses objetos que sobrevoam a Terra, e ainda não tem tecnologia para limpar os elementos que não são utilizados e se acumulam no espaço. A tecnologia, no entanto, se limita e avança para facilitar o envio de novos objetos para órbita. Com o espaço cada vez mais ocupado, amplia-se o risco de que os objetos se colidam e causem impactos sérios. E as consequências podem ser o não funcionamento das redes, dos mapas, dos telefones e sistemas de monitoramento do clima. 2. AREIA Nós utilizamos areia em maior escala e mais velocidade do que ela consegue se renovar. Nem as imensidões desérticas darão conta, se o consumo se mantiver neste ritmo. Os grãos de areia se formam por meio da erosão, mas para isso, demoram milhares de anos. E a areia é utilizada todos os dias em escalas gigantescas para construção, recuperação de terras, filtragem de água, para fazer vidro etc. A escassez da areia compromete ecossistemas e os modos de vida na Terra. 3. BANANA Já imaginou uma vida sem bananas? Nós nem queremos (e podemos!) imaginar! A banana que consumimos está ameaçada por um fungo chamado mal-do-Panamá. Nossa produção, na verdade, é de clones. O que facilita a propagação dos fungos nas plantações. Pois, em 1950, aconteceu essa mesma ameaça, que quase acabou com a produção mundial de bananas. Nessa época, mudaram a variedade de banana da Gros Michel para a Cavendish, que hoje está ameaçada. 4. TERRA AGRICULTURÁVEL Ainda que terra dificilmente falte, a terra considerada boa e agriculturável já se configura em escassez. Isso se dá pelo fato de cuidarmos muito mal da camada superior da terra, a qual utilizamos para plantar alimentos e da qual a vida vegetal em geral retira os principais nutrientes e água. A erosão, a agricultura intensiva e venenosa, o alto índice de desmatamento e o aquecimento global contribuem, diretamente, para a perda dessa camada superior do solo. Por isso a importância dos projetos agroflorestais que têm como princípio, além da reestruturação das florestas e plantio de alimentos, a regeneração dos solos. 5. GÁS HÉLIO A gente associa gás hélio aos balões e àquela voz fina e engraçada, que ele gera, não é? Mas ele não é utilizado apenas para isso. O gás hélio é muito importante para a medicina, pois é o responsável pelo funcionamento de muitos equipamentos de exames de imagens. Retirado do subterrâneo e finito, estima-se que entre 30 e 50 anos ele se esgote. Fonte: BBC
10 Livros Que a POSITIV.A Recomenda!

O ano já está acabando e começam a surgir listas e mais listas, tanto as de tarefas cumpridas quanto as por cumprir no próximo ano! Uma das listas que mais rolam é a de livros, mas – infelizmente – pouquíssimas pessoas conseguem alcançar seus objetivos literários anuais. Quiçá traçarem objetivos. A pesquisa mais recente do Instituto Pró-Livro indica que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. O baixo indicador de leitura é uma de nossas heranças de um país colonizado, que ganhou dimensões econômicas globais, tendo investido pouco em educação e mantendo-se sempre em condições subdesenvolvidas. Os livros contribuem para o pensamento crítico do ser humano. Enriquecem uma sociedade, tornando-a mais esclarecida e, por sua vez, mais ativa. Pensando nisso e querendo que muitas pessoas tiquem as leituras do ano (sim! Ainda dá tempo!), organizamos uma lista de recomendações literárias, que permeiam o universo da POSITIV.A! Senta, que lá vem história! 1 – Guia Prático da Autossuficiência, de John Seymour Esse livro nos ensina que a autossuficiência é viver com autenticamente e propõe a libertação das tarefas superespecializadas dos escritórios e das fábricas. Além disso fará você sentir que está revivendo, seu corpo se habituará de novo aos alimentos frescos e naturais, e seus músculos se desenvolverão. 2 – Corantes naturais da flora brasileira – Guia Prático de Tingimento com Plantas, de Eber Lopes Ferreira Esse guia trata dos motivos de se utilizarem plantas no tingimento de fibras têxteis naturais. Também relata a história dos corantes naturais no mundo e no Brasil, explicando o quê eles são. Apresenta os elementos necessários para realizar o tingimento das fibras. Traz informações adicionais sobre as formas de misturar cores, modelo para reproduzir novas receitas e diferentes formas de lavar as fibras têxteis. E expõe receitas em fichas anexadas à obra, mostrando o processo de tingimento simples, a frio, quente e com mordentes. 3 – Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp Livro inédito, resultado de 10 anos de trabalho dos autores Valdely Kinupp e Harri Lorenzi – dois dos maiores estudiosos de plantas no Brasil. Apresenta plantas nativas e exóticas (espontâneas e cultivadas no Brasil), consumidas no passado e ou em alguma região do país e do mundo. 4 – Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. 5 – O Grande Livro das Plantas Medicinais, de Andrew Chevallier Uma visão global do uso da botânica como recurso da medicina em tradições de todos os continentes. Das surpreendentes descobertas em tumbas pré-históricas às sociedades da Antiguidade. Dos aiurvedas a Paracelso, dos primeiros compêndios volumosos sobre o assunto na Idade Média à proibição das práticas fitoterápicas no século XIX. Até chegar ao resgate das curas holísticas nos dias atuais. 6 – Frutas brasileiras Nativas e Exóticas, de Harri Lorenzi Trata-se da maior obra sobre frutíferas já publicada. Abrangendo cerca de 1.020 tipos diferentes de frutas cultivadas no Brasil (nativas e exóticas). Cada planta é mostrada em uma página inteira do livro, com a descrição de suas características morfológicas, origem, época de floração e frutificação, formas de uso e propagação. 7 – Algumas Plantas Indicadoras: Como Reconhecer os problemas de um Solo, de Ana Maria Primavesi Neste livro, Primavesi ensina, de modo simples e profundo, a observar a natureza e compreender os elementos que compõem a vida do solo. As chamadas “plantas invasadoras” são apenas as plantas que estão adaptadas ao solo e foram retiradas pelo manejo para agricultura. Sempre que possível, essas plantas voltarão a ocupar o solo em que viviam. Com elas, é possível saber como tratar as deficiências do solo para a produção agroecológica. 8 – O Renascer da Agricultura, de Ernst Götsch A obra traz uma apresentação sistematizada dos princípios que regem os sistemas de agrossilvicultura ou agroflorestais. Em seu prefácio define o projeto como uma tentativa de harmonizar as atividades agrícolas humanas ao ecossistema natural do local. De forma a produzir um nível ideal de qualidade e de quantidade de materiais orgânicos. E tudo isto sem o uso de insumos ou de maquinário pesado. Sugere a necessidade de transformação das práticas convencionais de cultivo de plantas, resultando em um novo paradigma. 9 – Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”. Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo. 10 – A Revolução das Plantas, de Stefano Mancuso Para o autor, o verdadeiro potencial para a solução dos problemas que nos afligem está nas plantas. Sua autonomia energética, ligada a uma arquitetura cooperativa, distribuída, sem centros de comando, faz delas seres vivos capazes de resistir a repetidos eventos catastróficos. E de se