Você já Ouviu Falar em Pesca Fantasma?

Pesca Fantasma é o termo utilizado para se referir à todas as consequências geradas pela pesca, ou seja, aquilo que a ação de pescar deixa para o oceano, como restos de redes de pesca, anzóis, linhas, varas, armadilhas e muitas outras. Tudo isso tem impacto direto na vida marinha e na poluição das águas como um todo. Milhares de espécies são brutalmente afetadas, por vezes, ocasionando a morte. E isso não se limita aos mares, mas também em importantes rios do país. Entre os animais mais afetados estão baleias, tartarugas marinhas, toninhas, tubarões, raias, garoupas, pinguins, caranguejos, lagostas e aves costeiras. Segundo o Relatório inédito da Proteção Animal Mundial (World Animal Protection), lançando este mês (dezembro/2018), o impacto negativo de petrechos de pesca perdidos ou abandonados na costa brasileira podem impactar até 69 mil animais marinhos por dia. Ainda neste relatório consta que mais de 6 mil toneladas de redes de pesca são produzidas ou importadas por ano no Brasil. A partir disso, estima-se que mais de meia tonelada desses materiais acabam perdidos nos mares do país diariamente. O estudo ainda apontou casos de pesca fantasma em 70% do litoral brasileiro, inclusive em áreas protegidas. O relatório Maré Fantasma foi realizado com colaboração da ONU Meio Ambiente, Instituto Baleia Jubarte e WWF-Brasil. A pesca é ainda uma atividade pouco pesquisada e controlada no Brasil. Quase não existem dados e regulamentação; de forma que esse estudo inédito chega com tamanha importância como uma estimativa e, por isso, devemos considerar que esses números sejam ainda maiores e seus efeitos ainda mais graves, a curto, médio e longo prazo. O PROBLEMA É (QUASE) SEMPRE ELE: O PLÁSTICO A pesca fantasma tem tamanho impacto pois os petrechos são comumente feitos de material plástico, que tem alto impacto ambiental e sua decomposição é muito, muito lenta. E mesmo quando em processo final de decomposição, o plástico vira microplástico e ainda se mantém uma ameaça às espécies marinhas menores, comprometendo toda a cadeia e o ecossistema marinho. AÇÕES Como tentativa de frear e por que não (?) reverter essa situação, a Proteção Animal Mundial promove a campanha Sea Change, que propõe trazer a pauta para conhecimento público, da população geral e do governo, para que medidas e políticas sejam tomadas de forma cada vez mais eficaz e urgente. IMPACTO POSITIVO PELA POSITIV.A Com a produção dos esfregões ecológicos da POSITIV.A transformamos 1 tonelada de redes de pesca perdidas nos mares em novos produtos altamente duráveis e eficientes. Saiba mais sobre o esfegão e os impactos do plástico nos oceanos em nosso blog: https://positiva.eco.br/solucao-para-o-plastico/ Além do esfregão, a nova linha de produtos POSITIV.A vem em frascos feitos de plástico de oceano. Ou seja, plástico recolhido das praias por Cooperativas, e reciclados até se transformarem em novas embalagens. Com isso, retiramos 3 toneladas de plástico do litoral de São Paulo. Saiba mais: https://positiva.eco.br/oceano-limpo-uma-exposicao-sobre-a-problematica-do-plastico/ Oceano Limpo é nosso compromisso! E faremos o possível para ser o compromisso de todos!
Mutirão POSITIV.A Oceano Limpo

No dia primeiro de setembro nós da POSITIV.A, junto com a Boomera e a ONG Ecosurf, realizamos um importante encontro na praia de Guaraú, em Peruíbe (SP): o primeiro mutirão POSITIV.A OCEANO LIMPO! A ação também contou com o apoio institucional da campanha Mares Limpos, da ONU. Saímos cedo da capital em um ônibus com nossa equipe e alguns voluntários. Lá encontramos a equipe da Boomera, da Ecosurf, o pessoal da filmagem e moradores locais que passeavam pela praia e se juntaram a nós ao ver a agitação. Ao todo foram 57 voluntários dispostos a dedicar uma manhã de sábado para retirar resíduos de uma praia que, à primeira vista, parecia limpa. Infelizmente, não podemos nos deixar enganar por essa aparência. Em pouco tempo, fomos surpreendidos pela quantidade (e variedade) de lixo recolhido. O PROCESSO Antes de começar os trabalhos, fizemos uma grande roda na areia e todos de mãos dadas, simulamos uma onda, orquestrada pelo João Malavolta (fundador da Ecosurf) para entrarmos em sintonia com o mar. Foi lindo ver todas as pessoas conectadas umas às outras e com o propósito de lutar e fazer o oceano voltar a ser limpo! Depois disso e algumas palavras de ordem, partimos para a ação de fato. Cada um com seu balde e luva, caminhamos do ponto de encontro até onde o mar encontrava o rio, na ponta da praia, recolhendo quaisquer vestígios de resíduos não naturais. Alguns fizeram mais de uma volta, outros só uma; baldes cheios, nem tão cheios. O importante foi ver o quão urgente é pensarmos e repensarmos sobre o consumo e descarte de objetos que tem grande durabilidade e resistência, como é o caso do plástico. Todos os resíduos foram colocados em uma lona e separados por categorias, sendo elas: plástico rígido, plástico mole, brinquedos, chinelos, talheres, sacolas, escovas de dentes, hastes de cotonetes, isopor, redes de pesca, copos plásticos, canetas, lâminas, pinos utilizados para consumo de drogas e muito, muito mais! Depois de tudo separado, contamos e pesamos cada item. O RESULTADO Com isso, em cerca de uma hora e meia de coleta, em uma área de 729 metros, recolhemos 83 quilos de resíduos sólidos, em 5.027 unidades. Dentre os itens mais significantes estão: 663 tampas de garrafa PET 924 hastes flexíveis e de pirulitos 871 pedaços isopor 388 bitucas de cigarro 223 canudos 163 pinos de plástico Eppendorf, usados para consumo de cocaína 70 garrafas PET 20 escovas de dentes 27 latas de alumínio Confira abaixo o infográfico disponibilizado pela ECOSURF: Essa ação mexeu muito com a gente e esperamos sensibilizar ainda mais cada um dos 57 voluntários que estiveram conosco e cada um que acompanhar nosso conteúdo. E fazer transformar todo esse sentimento em propostas de ação. Que sejam pequenas e individuais, mas que no futuro terão impacto gigantesco para todos! Vamos juntos pelo OCEANO LIMPO! [block id=”cta-elimine-plastico”]
A Solução para o Plástico

SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO Buscando uma solução para o plástico a POSITIV.A lançou em abril de 2018 um produto inovador: o ESFREGÃO feito a partir de redes de pesca retiradas do oceano por Cooperativas. Uma parceria com Nara Guichon, lá de Itajaí (Santa Catarina), nos trouxe a possibilidade de chegar ainda mais perto de algo muito importante para nós: TORNAR O OCEANO LIMPO! O ESFREGÃO é um produto confeccionado artesanalmente pelo projeto Águas Limpas, a partir das sobras de redes de pesca industrial recicladas. Esse material é encontrado nas praias ou coletado junto a pescadores locais. Tem durabilidade infinita, pois as redes, que são muito resistentes, levam milhares de anos para se decompor nos oceanos, representando uma ameaça à fauna e a flora marítima. Tem alto poder de limpeza, removendo a sujeira com facilidade de superfícies em geral. Nara visita frequentemente o Galpão onde são armazenadas sobras das malhas das redes que são retiradas dos mares ou entregues diretamente pelos pescadores. A seguir vamos contar um pouco sobre os efeitos do PLÁSTICO e seus impactos no meio ambiente. PLÁSTICO SEM FIM Há 150 anos o plástico foi criado como uma incrível solução: leve, resistente e de baixo custo. Desde 1950, sua produção passou a ser mais relevante e hoje em dia, amplamente utilizado, foi a alternativa perfeita para hospitais, meios de transporte, indústrias entre muitos outros. Contudo, sua produção foi cada vez mais crescente e sua indestrutibilidade passou a se mostrar um problema e não uma solução. Todo plástico já produzido, desde sua invenção em 1862 ainda está na Terra. E se continuarmos a produzi-lo nesse ritmo, sem refletir sobre seu ciclo de vida, em 50 anos, haverá mais plástico do que peixe nos oceanos. O MAR VAI VIRAR PLÁSTICO E O PLÁSTICO NÃO VAI VIRAR MAR Os resíduos plásticos escapam da cadeia que seria a maneira correta de descarte e acabam no ambiente aquático. Segundo relatório do ISWA (International Solid Waste Association) estima-se que entre 4,8 e 12,7 milhões de toneladas de resíduos plásticos foram lançados no meio marinho a partir de populações costeiras em 2010. Os resíduos plásticos representam 50 a 80% dos resíduos da costa e são frequentemente captados como os itens mais comuns coletados em mutirões de limpeza de praias. De acordo com a Ocean Conservancy (2012), cerca de 0,5 a 5,9 milhões de toneladas de plásticos entram nos oceanos a partir de fontes marítimas a cada ano. Por volta de 80% dos resíduos plásticos presentes nos oceanos tem origem nas grandes cidades, com destinação inapropriada. Atribui-se a essa alta porcentagem, a inabilidade das instituições governamentais, responsáveis pela gestão de resíduos sólidos, de regularizar seus ciclos de vida e da população de manter o consumo desenfreado desse material. Os plásticos, quando expostos às ações naturais – ventos, água, altas temperaturas –, se fragmentam em partículas minúsculas, as quais chamamos de microplásticos secundários (resultante da quebra de macroplástico. Diferentemente dos microplásticos primários, esses muito utilizados pela indústria de cosméticos). Esses microplásticos (que medem menos de 5 milímetros) se acumulam e afetam fortemente o ecossistema, invadindo a cadeia alimentar dos animais marinhos e gerando impacto negativo na pesca e no turismo. Os destinos principais dos resíduos plásticos atualmente são: Se enterra nos sedimentos dos rios, estuários e oceanos Se prende à vegetação ribeirinha e se degrada nas margens dos rios Se transporta para o estuário e depois para nas praias Se transporta para o oceano É ingerido por animais terrestres e aquáticos A VIDA MARINHA Os microplásticos estão hoje do lado de dentro de praticamente toda fauna aquática. Mais precisamente, 700 espécies de animais marinhos já ingeriram ou ficaram presas em resíduos plásticos. As pequenas partículas são absorvidas por algas e até plânctons e esses são ingeridos por peixes maiores e maiores, como baleias, até chegarem no topo da cadeia: os seres humanos. O plástico no oceano é comumente confundido por comida pelas espécies marinhas e esse, obviamente, não sacia a fome, estimulando os animais a comerem ainda mais plástico. “Tartarugas e aves são os animais que mais consomem plásticos, embora já tenham sido observados golfinhos, peixes e até crustáceos microscópicos com plásticos em seus estômagos. Tartarugas parecem preferir sacolas plásticas por confundi-las com águas-vivas, um de seus principais alimentos. Já as aves são mais atraídas por esférulas plásticas, pequenos grânulos ovais usados como matéria-prima para a fabricação de diversos utensílios.”, segundo Isaac Rodrigues Santos, do Departamento de Oceanografia, da Universidade do Estado da Flórida. O PLÁSTICO DE ÚNICO USO Se você tirar um dia para analisar todo o plástico a que você é exposto em atividades comuns, verá quanto resíduo gera. E o mais impactante são os números dos plásticos de uso único: canudos, cotonetes, papel filme, copinhos de café etc. Esses representam mais de 40% do plástico produzido. Esses são os principais vilões do ecossistema, mas também o mais fácil de solucionar. Felizmente, para a imensa maioria deles existem alternativas ecológicas. Como o canudo de alumínio ou vidro, o cotonete de papel, tecido de cera de abelha ou vegetal, copos e garrafas de vidro e alumínio, para citar as soluções dos casos acima mencionados. Um canudo plástico leva 500 anos para se decompor e ele representa, hoje em dia, 4% do lixo no mundo. Outro exemplo é a sacola plástica, que tem vida útil de apenas 15 minutos. SOLUÇÕES Que não existe “fora” no mundo todos sabem, mas no dia a dia, acabamos esquecendo e consumindo plásticos desnecessários, cujas alternativas são de fácil acesso e consumo. Acabar com o plástico de uso único seria um importante e gigante passo para caminharmos rumo ao oceano limpo. No entanto, mudanças estruturais, para além das individuais, se fazem também necessárias. Transformar a linearidade do consumo plástico em um sistema circular, fazendo com que o resíduo plástico retorne à cadeia como matéria prima para outros materiais. Além de aprimorar a gestão dos resíduos sólidos e recursos, monitorando todos os processos para que o destino final não seja jamais os oceanos.
Economia Circular

Economia Circular é uma forma de pensar os processos de relacionamentos entre seres humanos, consumo, meio ambiente, sociedade e economia. Isso pensando no bem-estar e na preservação dos recursos. Sendo assim, os materiais são aproveitados em cadeia de forma cíclica. Também regenerativa e integrada, de vários modos diferentes, sem gerar resíduos. De maneira inteligente, reaproveitar os recursos no processo produtivo de novos materiais. Os resíduos tornam-se matéria prima para novos produtos e materiais. Essa forma de pensar, busca imitar a natureza, replicando a lógica do em processos industriais e de consumo Além dos problemas associados à extração insustentável de recursos, ocorre também a contaminação decorrente da produção e descarte de produtos. O modelo linear – extração, transformação, consumo e descarte – gera um volume sem precedentes de resíduos inutilizados. Esses resíduos são potencialmente tóxicos para os seres humanos e os sistemas naturais. Segundo Rodrigo Bautista, responsável pelo Programa Design do Forum For The Future, cerca de 80% do impacto de um produto na natureza está relacionado ao design dele e de toda a cadeia logística. É preciso rever os tipos de materiais que estamos produzindo. Repensar suas formas para que seu destino final, seja o começo de um novo ciclo e não os aterros sanitários e os oceanos. Esse é o principal objetivo da economia circular: acabar com os resíduos, ou seja, não gerar desperdício. Se continuarmos com o modelo linear prevalecendo, os recursos minerais e naturais ficarão cada vez mais caros e até se esgotarão. A POSITIV.A É CIRCULAR Nossos produtos não são como os produtos de limpeza convencionais (você pode conferir aqui). Todo o processo de produção se preocupa com a saúde das pessoas, animais e meio ambiente. Nos baseamos na economia circular e rastreamos toda nossa cadeia. Nosso óleo de coco tem certificação internacional de manejo sustentável. Temos testes de rápida biodegradabilidade e base vegetal para não poluirmos nossa água e, com alguns dos produtos, devolvemos nutrientes para o solo. Nossas embalagens são de papel, quando possível, e também temos embalagem de vidro, com rótulo serigrafado em tinta orgânica. Os demais rótulos são feitos com papel reciclado. Temos orgulho de fazer parte dessa cadeia circular, valorizando o consumo consciente e os produtos naturais que geram impacto positivo no meio ambiente.
Jardim de Chuva

Jardins de chuva são jardins rebaixados que captam, limpam e infiltram água de captação de chuva de telhados, pisos e vias. Normalmente têm entre 15 a 25cm de profundidade e têm como objetivo final reidratar a paisagem urbana com água de chuva. No final do ano passado, um grupo de ambientalistas desenvolveu o primeiro jardim de chuva instalado em praça pública. Esse jardim coleta água de chuva das sarjetas de São Paulo. Localizado em Pinheiros, ao lado do Largo da Batata, o Largo das Araucárias faz uma homenagem à espécie nativa da região e hoje é um ponto verde a mais na cidade. A área era ocupada por um posto de gasolina, que há tempos não existia mais. Tapumes e entulho eram o que ocupavam o espaço público até o dia em que foram removidas toneladas e mais toneladas de resíduo e, depois de feitos os testes necessários para comprovar que o terreno não estava contaminado, no dia 16 de dezembro, centenas de pessoas se reuniram em um mutirão para revitalizar a área e dar um sentido ecológico ao espaço. “Os jardins de chuva acolhem 100% do total de água de chuva captado nas áreas de contribuição, eliminando a necessidade da rede de drenagem para o trecho atendido. Assim, o volume é integralmente retido, tratado, e infiltrado, abastecendo o lençol freático e aumentando a vazão de base do Rio Verde, córrego local que desagua no Rio Pinheiros a 650m de distância do largo.” Jardim de Chuva na Cidade Em uma cidade que ao longo dos anos, escondeu grande parte de seus rios e córregos embaixo de asfalto e concreto, a construção de um jardim de chuva se torna um importante ato para a construção de um novo paradigma, quando falamos em drenagem urbana. O plantio foi feito de forma totalmente coletiva, com o intuito de mobilizar a sociedade para a temática do cuidado com a água e com as espécies arbóreas da região. Hoje, o Largo das Araucárias se tornou um aconchegante refúgio, com mobiliário público e áreas dedicadas às espécies do cerrado e da várzea nativas de São Paulo. As plantas nativas dispensam o uso de insumos externos e colaboram na remoção de poluentes, além de oferecerem alimento e habitat para pássaros, borboletas e outros polinizadores. A área de captação do jardim de chuva possui 900m² e a previsão anual de captação de chuva é de 871m3. O substrato formado pela mistura da areia, solo fértil e composto, melhora a qualidade da água de escoamento e auxilia o desenvolvimento das 60 araucárias plantadas, das palmeiras, dos jerivás de três metros, das pitangueiras, das cerejeiras brasileiras, dos araçás amarelos e das guarirobas. Um respiro no meio do cinza paulistano e a tentativa de resgate à antiga dívida com a espécie que nomeou o Largo das Araucárias! Que seja o primeiro de muitos!
Uma Casa Consciente

CASA CONSCIENTE Dentre os primeiros projetos em solução ambiental da POSITIV.A está uma casa em Moema, onde vive um casal com os ideais bem parecidos com os nossos. Praticantes de yoga, os dois são ligados ao meio-ambiente e já utilizavam nossos produtos de limpeza consciente quando decidiram investir em sistemas que minimizassem a pegada ecológica da residência onde moram. Para isso, chamaram a POSITIV.A que, ao lado do arquiteto André Vainer, viabilizou um projeto que nos orgulha até hoje! (E foi tema de matéria da revista Arquitetura & Construção) ENERGIA PRÓPRIA A casa possui sistema de energia solar, aquecimento de água e reuso de água, além de uma horta agroecológica. O sistema fotovoltaico emprega 18 placas postas no telhado, que aproveita a insolação das faces norte e nordeste da casa para produzir energia. Por meio do sistema conhecido como on-grid, a rede da casa se conecta à rede pública de distribuição. O rendimento dos paineis fotovoltaicos é contabilizado, jogado na rede e considerado no cálculo da conta de luz. Veja mais sobre aqui. As 18 placas geram uma média mensal de 470 kWh, 81% do total consumido na morada. O retorno do investimento do sistema de energia está previsto em até 8 anos. REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA Dentro do conceito de permacultura, o projeto da casa não poderia desconsiderar a captação e reuso da água. Além da água de chuva, o sistema implantado abarca a água proveniente das pias dos banheiros, chuveiros, máquina de lavar roupa e máquina de lavar louça. A coleta é utilizada para lavagem dos pisos externos, irrigação da horta e demais plantas e descargas. Estamos falando em 80% de água de reuso. O tratamento dessa água que chamamos de água cinza tem todo o processo natural, por meio de tanques sob o deck da cobertura da edícula. A água passa primeiro por um filtro de areia, depois por raízes de plantas aquáticas. Seguido de mais duas etapas, que ocorrem em um canteiro, até que a água chegue à cisterna de 12 mil litros enterrada embaixo da edícula. ESPÉCIES No paisagismo da casa compõe: Palmito Juçara, Grumixama, Pitangueira, Nêspera, Maçã, Lichia, Bananas Prata e Nanica, Mamão, Taboa, Taioba, Papirus, Inhame Roxo, Heliconia, Veloziana, Gengibre, Abacaxi, Costus, Gigante, Costela de Adão, Primavera, Ora Pro Nóbis, Maracujá doce e azedo e muitas outras, Na horta agroecológica ainda tem espécies para alimentar o casal com muita fartura e diversidade! Um exemplo a ser seguido, a casa caminha no sentido da autossuficiência, gerando impacto positivo para o meio-ambiente. E consciente do mundo que deixa como legado para as próximas gerações.
Os Recifes de Corais estão Morrendo

OS RECIFES DE CORAIS ESTÃO MORRENDO: VOCÊ SABE POR QUÊ? Os corais são animais marinhos invertebrados. Minúsculos pólipos com exoesqueletos rígidos, que formam espetaculares recifes e são considerados um dos ecossistemas mais importantes do planeta, pois abrigam aproximadamente um quarto das espécies marinhas, entre peixes e algas. Os recifes de corais são as florestas dos oceanos. As estruturas hipercomplexas dos corais servem muito bem para hospedar algas e os dois seguem em uma relação mutualística, ou seja, ambos se beneficiam da presença um do outro. Essa interação é feita para proteção e obtenção de nutrientes. As algas produzem – por meio da fotossíntese – um açúcar chamado glicerol. O açúcar em excesso sintetizado pelas algas é a principal fonte de alimento dos corais. Essa relação para acontecer de forma satisfatória exige determinadas condições ambientais e é sobre as quebras dessas exigências que vamos falar. Além dos benefícios para os agentes dos oceanos, os recifes de corais funcionam como barreira física entre a costa e o mar violento. EFEITO ESTUFA: O GRANDE VILÃO DOS CORAIS Os recifes de corais servem como um sistema de alerta para nós, devido a sua alta sensibilidade. O efeito estufa tem impacto direto no chamado branqueamento dos corais, que funciona como um desses alertas. Isso se dá, pois com o aumento da temperatura dos oceanos, as algas saem do hospedeiro, em um fenômeno que ainda não se sabe ao certo se passiva ou ativamente. As algas com suas inúmeras colorações são as responsáveis por colorir os corais, sendo assim, com sua saída, os deixam brancos. De 2014 a 2016 foi registrado o maior branqueamento de corais do mundo. Mas foi em 2019 que os termômetros marcaram as maiores temperaturas dos oceanos desde o início da medição, em 1955. Sem as algas abrigadas, os corais não têm como se alimentar e ficam suscetíveis à doenças. E as algas, se não acham outro hospedeiro, tornam-se mais vulneráveis e podem morrer. Você sabia que temos mais informações sobre Marte do que sobre o fundo do mar? Pois é. Isso é bastante sintomático. Corremos o risco de perdermos aquilo que nem conhecemos direito, tampouco temos noção do tamanho real de sua importância para a vida na Terra. Só sabemos que é enorme! DEMAIS CAUSAS Aumento da temperatura da água do mar, com a formação de fenômenos climáticos como o El Niño e a La Niña; Acidificação dos mares pelo aumento do CO2 na atmosfera e na água do Oceano. O gás acumulado nas águas reage formando o ácido carbônico. Além de desestabilizar os corais e algas, o ácido age com efeito corrosivo no calcário dos corais Pesca excessiva Turismo muitas vezes irresponsável Aumento na intensidade dos raios UV pela redução da camada de Ozônio; Elevação do nível do oceano pelo degelo dos polos e gelos externos das montanhas; Mudança na salinidade do mar; Alterações nas correntes marinhas e na oxigenação dos oceanos; Maior contaminação de algumas regiões costeiras com a irradiação de microondas das antenas celulares; Aumento de tempestades, furacões e tsunamis, no mar; Aumento das chamadas zonas mortas, com perda da oxigenação do mar, decorrentes do excesso de poluição causada por agrotóxicos agrícolas. Você sabia que os oceanos absorvem 90% do calor do efeito estufa? Entendemos que todas essas causas estão ligadas a ações dos seres humanos na Terra e, a maior parte delas, está ligada umas às outras devido, principalmente, às grandes emissões de gases que contribuem para o Efeito Estufa. Está tudo interligado. O nosso impacto no meio terrestre contribui massivamente para a degradação de todo o ecossistema. É preciso frear essas ações para salvar os recifes de corais nos oceanos. Como você pode fazer isso? Precisamos transformar nossa maneira de estar no mundo. Basicamente: Mudar a maneira como produzimos energia Mudar as formas de transporte Repensar nosso consumo Reajustar nossos descartes Regenerar florestas e plantar novas Parar o desmatamento E por aí vai… Cada um fazendo sua parte, o resultado será gigante. Mas cobrar governos e empresas também entra na lista! Saiba de quem você está comprando. Seu consumo é um manifesto e um voto. O oceano não é só diversão nas férias de verão. A saúde do oceano é a saúde do planeta, sem ele, nada seremos. Nós estamos nessa de proteger os oceanos. E você? Para quem é de podcast, recomendamos ouvir A Terra é Redonda, da Revista Piauí.
Praça dos Incas

A Praça dos Incas, localizada no Jardim América, em São Paulo, foi adotada pelos moradores do seu entorno. Em uma concessão da Prefeitura Regional de Pinheiros, envolvendo o trabalho de uma grande equipe no sentido de torná-la mais acessível para a população e, por que não, produtiva. A POSITIV.A esteve a frente do processo durante todo o acordo que durou cerca de dois anos até a liberação oficial da Prefeitura para nossa intervenção. Esta ação, pautada em uma metodologia participativa, tem como principais objetivos: fortalecer e empoderar competências locais da comunidade, contribuindo para o estímulo do protagonismo comunitário e a disseminação de boas práticas, a fim de potencializar o ambiente urbano e a convivência cidadã. O projeto prevê um parquinho orgânico, mesa de bambu, além de outras instalações em bioconstrução, paisagismo agroflorestal, horta mandala e muito mais! Praça dos Incas – Como foi o projeto A Praça é dividida em duas partes. A primeira delas foi revitalizada no último mês de dezembro e, como desfecho, foi organizado um mutirão para o plantio das espécies propostas. O Mutirão reuniu cerca de 50 pessoas e foi coordenado pelo permacultor Peter Webb. Foi um dia intenso, de muito trabalho e aprendizado. Aproveitamos para fazer um pic nic colaborativo e houve também troca de sementes entre os participantes. (Peter Webb durante o Mutirão Agroflorestal) Nessa primeira etapa foi concluída a Agrofloresta com diversas espécies de árvores entre nativas e frutíferas, a Horta Mandala com verduras e PANCs. Também temos temperos e flores, além de um caminho, que convida as pessoas a passarem pelo meio da praça, que antes não existia. Ao todo, foram mais de 100 mudas plantadas em um dia! A segunda etapa teve início nesta semana. Seguiremos o trabalho nos próximos dias, para a criação de um banco de Superadobe (técnica de “terra ensacada”). Além disso, também um parquinho orgânico, que consistirá em um pequeno circuito de arvorismo com corda bamba (slack-line), trave de equilíbrio, pirâmide de bambu e uma ponte pênsil. A Praça já tem outra cara e não temos dúvidas de que será muito melhor aproveitada pelos moradores do entorno. Isso potencializa o ambiente urbano e a convivência cidadã. Recomendamos a visita e, em breve, traremos novidades do término da segunda etapa
A Solução da Compostagem

O que é Compostagem? Compostagem é o nome dado ao processo de “reciclagem” do lixo orgânico. É um sistema natural no qual fungos, bactérias e outros micro-organismos decompõe o lixo, transformando-o em composto orgânico, rico em húmus e nutrientes. Os produtos do sistema de decomposição são: matéria orgânica compostada, gás carbônico, calor e água. O material orgânico resultante pode ser utilizado como adubo em hortas, jardins e grandes plantações, substituindo os fertilizantes sintéticos por composto natural. Além do benefício de ser livre de substâncias químicas, o adubo compostado é absorvido pelas plantas em graduação maior. Ou seja, o beneficiado pela adubagem consegue absorver no tempo ideal seus nutrientes, da forma mais natural possível. São duas as formas de entrega da compostagem: o biofertilizante, que é o líquido resultante em poucos dias de compostagem, e o húmus, que o composto ogânico riquíssimo em nutrientes (e se parece com terra). São perfeitos para usar em hortas, vasos de plantas, jardins e terrenos em geral. As composteiras têm ganhado cada vez mais espaço na vida de quem busca alternativas sustentáveis para o dia a dia. Isso é uma forma de reduzir a quantidade de resíduos orgânicos que são encaminhados para aterros. Além de contribuir para o aumento da vida útil desses locais e aproveitar ao máximo a funcionalidade dessas substâncias. Porém, o número ainda é expressivamente baixo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos representam 50% do lixo gerado nas cidades. Agora, menos de 2% disso vai para a compostagem. Tipos de Compostagem São 4 os tipos de compostagem mais comuns: por leiras, a vegana, a vermicompostagem e a elétrica. As leiras são linhas cobertas por matéria orgânica ou materiais biodegradáveis. Estas, sob condições ideais de temperatura e umidade, decompõem os resíduos. A vegana e a vermicompostagem funcionam da mesma forma, porém a primeira não faz uso das minhocas, que atuam na digestão da matéria orgânica. Já a elétrica, como o nome diz, processa os resíduos orgânicos eletricamente em até 24 horas, sem utilizar produtos químicos. Os resíduos compostáveis, quando não devidamente cuidados, podem se tornar grandes inimigos do meio ambiente. Isso porque seu “chorume” (líquido excesso gerado pelo lixo) libera gases que estão diretamente ligados ao efeito estufa. Quando deixados expostos ao ambiente, os lixos orgânicos dão condição para a proliferação de animais potenciais transmissores de doenças e pragas. A compostagem é um método extremamente sustentável para dar fim ao lixo orgânico produzido em casa e que, muitas vezes, tem destino desconhecido por nós, e, por sua vez, dar início a produção de adubo. Economia Circular Essa lógica de economia circular, de reutilização, transforma os resíduos de uma cadeia produtiva em componentes para outras. Esses são princípios da permacultura. Entender que o mundo não tem fora e que tudo que é produzido, poderia e deveria ter um fim, que seja começo para outro processo e assim por diante. Concluímos, no entanto, que ainda é necessário investir em políticas públicas que incentivem a separação de resíduos orgânicos – assim como foram e são feitas ações em cima de materiais recicláveis secos – e a compostagem, com o intuito de fomentar a produção orgânica de alimentos e dar fim ao lixo de forma ambientalmente sustentável e segura. Nós recomendamos a todos visitarem usinas de compostagem para ver de perto o processo. Aqui nesse link: https://www.hagah.com.br/categoria/sp/sao-paulo/usinas-de-compostagem é possível encontrar os locais em São Paulo. Depois, conte para a gente como foi a experiência! Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Sistema agroflorestal: o que é e quais são as vantagens?

Você já ouviu falar em sistema agroflorestal? Esta é uma forma de uso da terra que reúne interesses agronômicos às plantas que integram o ambiente. Além disso, este tipo de sistema é um sistema de plantio de alimentos que é sustentável, sem mencionar que faz a recuperação e conservação vegetal e do solo. Vamos conhecer mais sobre ele? Boa leitura! O que é um sistema agroflorestal? Um sistema agroflorestal, ou SAF, propõe, por meio da confluência entre plantas agrícolas e arbóreas, um sistema muito abundante. Falamos em abundância, pois os consórcios entre diversos tipos de plantas, de diferentes estratos (baixo, médio, alto e emergente), aumentam o grau de diversidade e densidade da plantação. Entre elas desenvolve-se um mutualismo: troca de fluidos, água, nutrientes e, dessa forma, elas se protegem de pragas e atraem organismos vivos indispensáveis para a terra. Gera-se um novo ecossistema, com solo mais saudável e rico em matéria orgânica, dispensando o uso de agrotóxicos e insumos externos, melhorando a qualidade dos alimentos produzidos e do ar a sua volta. Quais são as vantagens do sistema agroflorestal? No início do texto, mencionamos que o sistema agroflorestal é capaz de recuperar e conservar a vegetação e o solo – e isso, por si só, já é uma grande vantagem. Mas os benefícios não param por aí! Selecionamos mais outras vantagens que esse sistema apresenta. Semelhança aos padrões ecológicos naturais; Reciclagem de nutrientes; Controle dos processos erosivos; Controle biológico; Fixação e incorporação de nitrôgenio – no caso das leguminosas. Leia também: Dia da Proteção às Florestas: 8 dicas para preservação! Nosso serviço de implantação de SAF Neste serviço prestado pela Consultoria positiv.a foi implantado em solo altamente degradado e arenoso, um sistema agroflorestal em área equivalente a 500m², no início de agosto. 45 dias depois, em nova visita à fazenda, localizada em Itu (interior de São Paulo), tem-se um resultado que comprova a eficiência da agrofloresta e mais! Nos surpreende positivamente. Legumes e verduras em grande quantidade e qualidade, revitalizando o solo e superando qualquer barreira de infertilidade. O sistema agroflorestal é um ciclo completo, que favorece o bem-estar das pessoas, recupera as florestas, produz alimentos, além de contribuir para a melhoria do ecossistema. Desacelerar e aprender com o tempo da natureza, plantar aquilo que a estação permite, colher o que a natureza pôde produzir e comer aquilo que a terra nos dá. A segredo da abundância está aí!