O plástico é um dos grandes desafios do planeta. De baixo custo e de praticidade altíssima, tornou-se, praticamente, onipresente no consumo diário de todas e todos. No entanto, de alguns anos para cá, passou-se a perceber que nem só do lado bom vive a substância. O plástico tem durabilidade muito longa, tornando-se assim um perigo ambiental, e também é considerado hoje em dia um dos maiores poluentes do mundo.
Ainda que se dê o destino certo ao plástico (= a reciclagem), existe um problema que ainda foge aos olhos das possíveis soluções: o microplástico.
Os microplásticos são, como o nome diz, minúsculas partículas plásticas, que medem entre 1 e 5 milímetros. Os polímeros relacionados à sua formação são, principalmente: polietileno tereftalato (PET), polipropileto (PP), poliestireno (PS), poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC) e náilon (PA).
Sua origem é o mau descarte de material plástico, que vai se decompondo com os efeitos naturais soltando as micropartículas (quebra mecânica), escape de embalagens de aterros por meio do vento e da chuva; lavagem de roupas de fibras de plástico como o poliester; vazamento de matéria primária de plástico, tintas, cosméticos esfoliantes industriais, glitter, entre muitos outros.
Onde está o microplástico?
Estudos mostram que existe uma enorme quantidade de microplásticos nos oceanos. E esse microplástico está sendo ingerido por animais marinhos, prejudicando toda a cadeia alimentar e colocando diversas espécies em perigo: de plânctons a baleias.
Há microplásticos no ar que respiramos, na água que bebemos, nas roupas que vestimos e, para aqueles que comem peixes e frutos do mar, podem ser ingeridos diretamente, uma vez que, nos oceanos, eles estão se alimentando por essas substâncias. Um pesquisador austríaco chamado Philipp Schwabl confirmou isso que muitos já atestavam: “o plástico chega ao intestino humano”.
Os impactos
A presença de microplásticos no organismo humano pode afetar diretamente sua saúde. As pequenas substâncias são acumuladas no trato gastrointestinal, e interferem na resposta imunológica do intestino – além do risco de se absorver produtos químicos tóxicos e patógenos por meio delas.
“Existem estudos com animais que mostram que partículas de microplástico são capazes de entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e de atingir até o fígado. Além disso, estudos com animais também demonstraram que os microplásticos podem causar danos intestinais, alteração nas vilosidades intestinais, distorção da absorção de ferro e estresse hepático.”, afirma o médico pesquisador.
O plástico no oceano
A poluição dos oceanos por estes pequenos fragmentos é extremamente preocupante devido à alta quantidade, resistência, e por serem um potencial vetor de exposição e transferência de compostos orgânicos de elevada toxicidade. A dispersão e acumulação de plásticos é um problema crescente e afeta todos os ambientes marinhos. Podemos encontrar plástico nas praias, na superfície do mar, em suspensão e no fundo dos oceanos. Eles estão por toda parte e vão durar muito, ou melhor, por toda a existência dos que leem esse texto.
Diante disso tudo, o que podemos fazer?
1) Diminua o consumo de plástico.
2) Busque alternativas para o uso de plástico diário. Escova de dente de bambu, sacola retornável, garrafinha de vidro, canudo de inox, cotonete de papel etc.
3) Troque os tecidos de fibra sintética, por algodão orgânico.
4) Priorize cosméticos naturais.
5) Reutilize tudo que puder. Ressignifique embalagens!
6) Sempre que possível, utilize transporte alternativo como bicicleta e transporte público ou peça e dê carona!
7) Opte por bioplásticos.
8) Recicle!
9) Fiscalize empresas e governos para que garantam o retorno do plástico à cadeia de produção e deem destino certo ao plástico
10) Utilize POSITIV.A! Que, além de serem produtos naturais, incentiva o uso de galões (gerando menos embalagem) e possui os frascos de plástico de oceano!
Muito bom o artigo !!!
cada vez se faz mas necessário que todos se conscientizem a respeito do meio ambiente!!!